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Léo Lemos/Náutico

O investimento do Náutico foi escasso, com o início da gestão de Edno Melo numa caminhada ainda mais longa no âmbito nacional, dois degraus abaixo do histórico do clube. Não por acaso, o clube teria que obter um elevado nível de acertos em 2018 – no futebol, não é algo simples. E o primeiro foi apostar na permanência do técnico Roberto Fernandes, que ficou à frente da remontagem de um elenco de R$ 200 mil mensais. A cobrança da torcida seria imediata, com mata-mata na fase preliminar da Copa do Nordeste, eliminatórias seguidas na Copa do Brasil e um Pernambucano pela frente, com um rival endinheirado. No entanto, a resposta também seria imediata.

Embora pressionado pelo longo jejum, de quase 14 anos, o Náutico foi construindo a sua campanha com vitórias na Arena Pernambuco. Como mandante, venceu as oito partidas disputadas, feito que não acontecia no futebol local há vinte anos. A presença modesta na arquibancada durante o turno classificatório deu lugar a um massivo apoio no mata-mata do Estadual, com 18 mil torcedores diante do Afogados, nas quartas, 20 mil contra o Salgueiro, na semi, e 42 mil pessoas na finalíssima contra o Central, o recorde do estádio em jogos de clubes.

Nessas três apresentações, partidas nervosas e vitórias pela diferença mínima, com uma entrega em campo que orgulhou o alvirrubro – resultado de um encaixe além do imaginado há quatro meses. Aliás, essa campanha cativou a timbuzada, descrente pelas últimas temporadas. Numa simbiose final, entre time e torcida, a taça dourada erguida pelo capitão Negretti simbolizou uma sensação há tempos adormecida. Além do presente pelos 117 anos do timbu, comemorados na véspera.

Léo Lemos/Náutico

Na grande decisão, com o alvinegro caruaruense fazendo justiça à condição de finalista, numa organização tática impressionante, o Náutico chegou ao triunfo no oportunismo do principal nome do seu elenco: Ortigoza. No Lacerdão, no empate sem gols no jogo de ida, o atacante paraguaio exigiu duas grandes defesas do goleiro França. Em São Lourenço, na maior oportunidade que teve, guardou. Foi decisivo, valendo o investimento (caro é jogador ruim).

Àquela altura, já estava no finzinho de um primeiro tempo dominado pela patativa, com direito a um gol (mal) anulado. Mas ali, aos 43 minutos, Ortigoza pavimentou uma tarde distinta. Na retomada, Jóbson ampliou e deixou o título quase assegurado. É verdade que o Central diminuiu, com o atacante Leandro Costa, e ainda acertou a trave, mas o Náutico garantiu o 2 x 1 e sacramentou uma campanha de reconstrução de identidade. Justamente na última final antes da volta aos Aflitos. Agora, maior do que nunca… Como campeão pernambucano de 2018.

Parabéns aos leitores alvirrubros!

A campanha do título
14 jogos
8 vitórias
5 empates
1 derrota
23 gols marcados
13 gols sofridos
69% de aproveitamento

Os 22 títulos estaduais do timbu
1934, 1939, 1945, 1950/1951/1952, 1954, 1960, 1963/1964/1965/1966/1967/1968, 1974, 1984/1985, 1989, 2001/2002, 2004 e 2018

Léo Lemos/Náutico


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