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Entre 2003 e 2016, o Troféu Lance Final foi a premiação oficial sobre os melhores jogadores do Campeonato Pernambucano, numa parceria entre a Rede Globo e a FPF. Em 2017, numa competição mal organizada, com 52 dias intervalo entre os jogos finais, a emissora acabou não realizando o evento. Em 2018, após contato do blog, o foco deve ser apenas na escolha do craque. Por sinal, após desfecho desta edição, com o título estadual do Náutico, a eleição do paraguaio Ortigoza como maior destaque parece praxe – e concordo bastante.

Já que uma ‘seleção’ oficial deve ficar à parte, listo aqui a minha – nas versões anteriores do prêmio, durante a minha passagem no Diario de Pernambuco, participei regularmente das votações oficiais. Em vez de uma formação 4-4-2, a mais tradicional, faço aqui uma escalação num 4-3-3, acomodando um trio ofensivo que considero justo. Dos onze listados, são 5 jogadores do Náutico, 4 do Central, 1 do Sport e 1 do América.

Goleiro: Bruno (Náutico) – A revelação
Era o reserva de Jefferson, também oriundo da base. Com a lesão do titular, foi de 3º a 1º goleiro em pouquíssimo tempo, numa missão pesada, com direito a uma falha em seu primeiro jogo (pelo Nordestão). Porém, Bruno se refez e tornou-se um dos destaques da equipe, inclusive nas outras frentes, como a Copa do Brasil – no PE, superou o tricolor Machowski, que caiu nas quartas.

Lateral-direito: Thiago Ennes (Náutico)
Na minha visão, as duas laterais seriam os pontos mais questionáveis na composição. Ainda assim, é possível destacar Thiago, jovem de 22 anos emprestado pelo Flamengo. Encaixou num esquema de contragolpes, sendo um vetor na marcação, dando espaço para os companheiros à frente.

Zagueiro: Camutanga (Náutico)
O jogador chegou em dezembro para fazer um teste no Náutico – cujo elenco estava sendo remontado para a C. Acabou ficando e aos poucos encontrou o seu lugar no time, uma vez que a zaga teve desfalques por lesão (como Breno Calixto). Na reta final, já era uma peça-chave na defesa timbu.

Zagueiro: Negretti (Náutico)
Negretti…?! Pois é. O volante e capitão do Náutico mostrou bom futebol, mas a concorrência no seu setor de origem foi grande. Contudo, encontrar um lugar para o defensor não parece impossível, ainda mais considerando uma competição sem grandes nomes na zaga. Cabe lá.

Lateral-esquerdo: Charles Maceió (Central)
O ala teve um bom desempenho no turno classificatório, com direito a um gol olímpico anotado em Pesqueira. Porém, o alvinegro caiu de produção nos dois jogos finais. Pela média geral, manteve o seu lugar na seleção do campeonato.

Volante: Anselmo (Sport)
O capitão rubro-negro foi, também, o melhor jogador do time no campeonato – a exceção numa campanha bem irregular. Marca forte (de vez em quando até demais) e no Estadual acabou mostrando uma faceta ofensiva, com quatro gols marcados. 

Volante: Douglas Carioca (Central)
Foi o condutor da patativa, com uma saída de bola qualificada, da intermediária defensiva até a intermediária ofensiva. Forte, o jogador ajudou bastante o time a time a ganhar as disputas no meio-campo – como se viu em boa parte da decisão. 

Meia: Júnior Lemos (Central)
O rápido jogador começou como maior destaque do alvinegro, mas se lesionou após uma entrada duríssima de Anselmo, em Caruaru. Recuperado, manteve o ritmo, tanto na armação quanto nas finalizações de média distância. Ganhou a disputa para Marlone, que, apesar do nível técnico acima, não fez muito

Atacante/ponta: Leandro Costa (Central)
O jogador foi o artilheiro da patativa e o vice-artilheiro da competição, com 7 gols. E não joga como centroavante, mas nas pontas – o técnico Mauro Fernandes o utilizou nos dois lados. Leandro termina o Estadual em alta, com a permanência em Caruaru mais difícil.

Atacante/centroavante: Caxito (América)
O jogador saiu da competição ainda nas quartas de final, mas conseguiu terminar como artilheiro, com 8 gols. Fez história no Mequinha, que não tinha o goleador máximo do Pernambucano há 66 anos, quando Hamilton marcou 16 gols. Ao todo, foi o 5º artilheiro do clube (1918, 1939, 1944, 1952 e 2018).

Atacante/ponta: Ortigoza (Náutico) – O craque
O paraguaio foi anunciado como a principal contratação alvirrubra no ano. No Recife, precisou se recondicionar, estreando no Estadual apenas na 8ª rodada. E começou sendo decisivo. Ao todo, jogou 6 vezes e marcou 4 gols, um deles na finalíssima. Ortigoza fez mais, com uma boa movimentação, abrindo espaços e sofrendo faltas perigosas.

Técnico: Roberto Fernandes (Náutico)
O treinador da competição seria um ‘Fernandes’, apesar da inexistência do parentesco. O título seria determinante, pois os trabalhos de Roberto, no alvirrubro, e de Mauro, no alvinegro, foram excelentes. Em ambos os casos, tanto na montagem do time quanto na obediência sobre a estrutura tática implantada. Com a taça, Roberto se sobressaiu. 

Concorda com a lista?

Na sua opinião, qual seria a seleção do Campeonato Pernambucano de 2018? Comente…


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