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Os dez principais Estaduais de 2019 somam R$ 308.553.000 em cotas de transmissão na tevê e premiações, numa receita repartida entre 118 clubes. Repasses de R$ 75 mil a R$ 17 milhões.

Entre as competições levantadas pelo blog, nove têm contrato amarrado com a Rede Globo (ou suas filiadas), com R$ 305,3 milhões deste bolo, ou 98,9%. A exceção fica por conta do Pará, cujo campeonato chega a onze temporadas consecutivas na tela da TV Cultura, emissora estatal com aporte do governo do estado. Ainda vale destacar outros dois campeonatos com valores mais baixos, Goiás e Alagoas, que contam com representantes na Série A desta temporada. Ambos firmaram com a Globo, mas com cotas calculadas a partir do nº de jogos transmitidos.

Sobre o top ten, não há surpresa no topo, com a verba concentrada no eixo Rio-SP, com 214,2 milhões, ou 69,4%. Indo além, os clubes do chamado ‘G12′ (?) recebem pelo menos 12,3 mi, considerando os valores nominais dos respectivos contratos – uma vez que existem cláusulas de reajustes anuais através de índices do mercado. Em Minas, por exemplo, Galo e Cruzeiro devem receber 12,7 mi, com 400 mil de aumento sobre os dados presentes nesta publicação.

Saiba mais sobre os contratos de TV dos Estaduais
—> BACEMGPAPEPRRJ, RSSC e SP

A audiência de cada competição justifica, em tese, o investimento da televisão, que tem 200,9 milhões de telespectadores potenciais, segundo o atlas da Globo. E o estado de São Paulo é, de fato, o principal mercado do país, com 44,2 milhões de telespectadores potenciais (22% do total), além da maior renda per capita, fator importante para atrair anunciantes. Já o torneio do Rio de Janeiro é exibido ‘nacionalmente’, chegando a 15 estados, com alcance de 56 milhões de telespectadores (27%) – porém, com renda inferior. A partir disso, ocorrem distorções como a cota do Bangu equivaler ao Campeonato Pernambucano inteiro ou a Ponte Preta ganhar mais que os vinte times inscritos no Cearense e no Baiano, juntos. E o Red Bull ganhando mais que o Paraense? O Guarani ‘vale’ o mesmo que o Catarinense? E por aí vai.

O alerta serve apenas como base para reflexão, uma vez que a grana depositada nos campeonatos estaduais vai além do dia 21 de abril, a data reservada pela CBF para as decisões – influenciando nas divisões nacionais, sobretudo nas Séries C e D, ainda sem cota. Para este levantamento, com a análise de cada torneio e os dados de todos os times envolvidos, o blog reuniu as informações mais atuais (jornais, rádios e canais de outros estados) sobre as principais competições, três delas no Nordeste (Pernambucano, Baiano e Cearense). Por sinal, essas três apresentam valores bem abaixo, expondo a importância do Nordestão, que distribui R$ 26,4 milhões em 2019 – o regional seria o 4º  lugar na lista. Dos números apresentados, a maior diferença está entre SP e CE, com R$ 120,8 milhões – o Paulistão paga 64x mais. Curiosamente, no Brasileirão de 2019 a relação na representatividade aponta 4 x 2…

As cotas absolutas dos Estaduais de 2019*
1º) R$ 122,79 mi – Paulista (111 mi de cota fixa)
2º) R$ 91,50 mi – Carioca (83,6 mi de cota fixa)
3º) R$ 37,00 mi – Gaúcho (36 mi de cota fixa)
4º) R$ 35,15 mi – Mineiro
5º) R$ 5,40 mi – Paranaense
6º) R$ 5,00 mi – Catarinense
7º) R$ 4,00 mi – Pernambucano
8º) R$ 3,204 mi – Paraense
9º) R$ 2,604 mi – Baiano
10º) R$ 1,905 mi – Cearense
* Apenas SP, RJ e RS têm cotas fixas e premiações oficias por colocação

As cotas fixas dos Estaduais de 2019 (valores nominais)
R$ 17 milhões (4 times) – Corinthians-SP, Palmeiras-SP, Santos-SP e São Paulo-SP

R$ 15 milhões (4 times) – Botafogo-RJ, Flamengo-RJ, Fluminense-RJ e Vasco-RJ

R$ 12,5 milhões (2 times) – Grêmio-RS e Internacional-RS

R$ 12,3 milhões (2 times) – Atlético-MG e Cruzeiro-MG

R$ 5 milhões (2 times) – Ponte Preta-SP e Guarani-SP

R$ 4 milhões (4 times) – Bangu-RJ, Boavista-RJ, Cabofriense-RJ e Portugues-RJ

R$ 3,3 milhões (10 times) – Botafogo-SP, Bragantino-SP, Ferroviária-SP, Ituano-SP, Mirassol-SP, Novorizontino-SP, Oeste-SP, Red Bull-SP, São Bento-SP e São Caetano-SP

R$ 2,9 milhões (1 time), América-MG

R$ 2 milhões (2 times) – Madureira-RJ e Volta Redonda-RJ

R$ 1,5 milhão (1 times) – Brasil de Pelotas-RS

R$ 1,055 milhão (9 times) – Aimoré-RS, Avenida-RS, Caxias-RS, Juventude-RS, Novo Hamburgo-RS, Pelotas-RS, São Luiz-RS, São José-RS e Veranópolis-RS

R$ 1 milhão (3 times) – Náutico-PE, Santa Cruz-PE e Sport-PE

R$ 850 mil (11 times), Bahia-BA, Boa Esporte-MG, Caldense-MG, Guarani-MG, Tombense-MG, Patrocinense-MG, Tupi-MG, Tupynambás-MG, URT-MG, Villa Nova-MG e Vitória-BA

R$ 800 mil (2 times) – Americano-RJ e Resende-RJ

R$ 654 mil (2 times) – Paysandu-PA e Remo-PA

R$ 650 mil (5 times) – Avaí-SC, Chapecoense-SC, Criciúma-SC, Figueirense-SC e Joinville-SC

R$ 600 mil (2 times) – Ceará-CE e Fortaleza-CE

R$ 500 mil (4 times) – América-RJ, Goytacaz-RJ, Macaé-RJ e Nova Iguaçu-RJ

R$ 450 mil (12 times) – Athletico-PR, Cascavel Recreativo-PR, Cascavel-PR, Cianorte-PR, Coritiba-PR, Foz do Iguaçu-PR, Londrina-PR, Maringá-PR, Operário-PR, Paraná Clube-PR, Rio Branco-PR e Toledo-PR

R$ 350 mil (5 times) – Brusque-SC, Hercílio Luz-SC, Marcílio Dias-SC, Metropolitano-SC e Tubarão-SC

R$ 237 mil (8 times) – Águia-PA, Bragantino-PA, Castanhal-PA, Independente-PA, Paragominas-PA, São Francisco-PA, São Raimundo-PA e Tapajós-PA

R$ 180 mil (1 time) – Ferroviário-CE

R$ 143 mil (7 times) – Afogados-PE, América-PE, Central-PE, Flamengo-PE, Petrolina-PE, Salgueiro-PE e Vitória-PE

R$ 113 mil (8 times), Atlético de Alagoinhas-BA, Bahia de Feira-BA, Fluminense de Feira-BA, Jacobina-BA, Jacuipense-BA, Jequié-BA, Juazeirense-BA e Vitória da Conquista-BA

R$ 75 mil (7 times) – Atlético-CE, Barbalha-CE, Floresta-CE, Guarani de Juazeiro-CE, Guarany de Sobral-CE, Horizonte-CE e Iguatu-CE

Obs. O blog só considerou as verbas dos clubes, sem os custos operacionais.

Abaixo, um gráfico traçando as distâncias entre as cotas dos 118 clubes nas competições.


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