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Google Maps/reprodução

A direção da Federação Pernambucana de Futebol publicou o Ato 08/2018, que trata da próxima assembleia geral da entidade, sobre a eleição para o mandato 2019/2022. O pleito em 25/09, que terá a participação de todos os filiados, vai eleger (ou reeleger) o presidente, os 1º, 2º e 3º vice-presidentes executivos e membros efetivos e suplentes do conselho fiscal.

Na última eleição, em 2014, Evandro foi aclamado, com votos de todos os clubes e ligas municipais. À frente da FPF desde 29 de agosto de 2011, após a morte do então mandatário, Carlos Alberto Oliveira, Evandro Carvalho deve encabeçar a chapa mais uma vez, até mesmo pela falta de movimentação nos bastidores. Entretanto, ao menos num discurso oficial, o dirigente desconversa.

Perguntei a Evandro se a sua candidatura à reeleição já era certa, mas ele jogou a bola para os clubes…

“Depende dos clubes, não de mim. Até agora, que eu saiba, os clubes ainda não informaram e não encaminham o ato (apoio à chapa), que é de exclusividade deles. Vamos aguardar” 

A tendência é que o atual presidente receba este apoio, por mais queixas que os dirigentes dos principais clubes da capital tenham feito durante a gestão. Na prática, os votos de Náutico, Santa e Sport, mesmo com peso 2, não têm influência alguma sobre o resultado do pleito – basta ter o apoio das ligas, que representam mais de 40 votos. Ou seja, uma candidatura ladeada pelos mandatários do trio de ferro é a política pela política. No cenário local, uma vitória da oposição na federação é ficção. E mesmo que alguém se interesse na disputa, é bem difícil passar pelo funil burocrático. Segundo o parágrafo 2º do artigo 22 do regulamento, é preciso contar com o apoio subscrito de pelo menos 10 filiados da FPF, numa regra que praticamente elimina o bate-chapa. De toda forma, a inscrição está aberta até 15/09.

Em jogo, o comando da entidade da Rua Dom Bosco, a 5ª federação estadual mais rica do país. Em 2017 o seu faturamento foi de R$ 6,3 milhões, só abaixo de paulistas, cariocas, mineiros e gaúchos. Na ocasião, registrou o 5º superávit seguido, com o patrimônio líquido chegando a R$ 15,4 milhões. Já em termos de desempenho nos gramados, o futebol pernambucano terá um cenário ruim em 2019. À parte da indefinição do Sport, entre A ou B, teremos Náutico e Santa na Série C e Salgueiro, América, Central e Vitória na Série D. Em caso de descenso do leão, será a pior representatividade da história local no Campeonato Brasileiro (0A, 1B e 2C).

As 10 federações de maior faturamento em 2017
1º) SP – R$ 54.613.000
2º) RJ – R$ 29.360.000
3º) MG – R$ 13.229.490
4º) RS – R$ 12.956.745
5º) PE – R$ 6.313.330
6º) PR – R$ 6.043.603
7º) SC – R$ 5.345.463
8º) BA – R$ 5.174.533
9º) SE – R$ 4.223.283
10º) CE – R$ 3.108.986

As competições oficiais organizadas pela FPF
Pernambucano Profissional – Série A1
Pernambucano Profissional – Série A2
Pernambucano Profissional – Série A3 (a partir de 2019)
Pernambucano Sub 20
Pernambucano Sub 17
Pernambucano Sub 15
Pernambucano Feminino
Copa do Interior (seleções municipais)
Pernambucano Amador

Abaixo, a última página do Ato 08/2018, definindo a criação da assembleia geral eletiva da FPF. O texto encerra com a nomeação da comissão eleitoral, que conta com o promotor Aguinaldo Fenelon e o juiz Ailton Alfredo, que participaram da criação do Juizado do Torcedor.


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