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Pela 6ª vez em 7 anos nesta década, a Federação Pernambucana de Futebol terminou a temporada com superávit, algo raro entre os seus clubes filiados – mesmo aqueles mais abastados. No entanto, desta vez o saldo foi o menor entre os positivos, fechando em R$ 279.246, ou 2 milhões a menos que o demonstrativo financeiro anterior, o maior da história da FPF. É um reflexo direto da queda na arrecadação, a menor em três anos. O faturamento de 2017 sofreu uma baixa de 25% em relação a 2016, fechando na casa de R$ 6,3 milhões.

Saldo do exercício (R$)
2011: +898.500
2012: -89.573
2013: +1.834.817
2014: +1.306.002
2015: +1.478.674
2016: +2.302.010
2017: +279.246

Sem o subsídio estatal do ‘Todos o com a Nota’, encerrado há quase três anos, a entidade passou a depender mais das rendas dos jogos, que caíram drasticamente. Para começar, o Pernambucano de 2017 registrou uma média de 2.402 torcedores, a segunda pior desde que a federação passou a contabilizar o dado, há 28 anos – ficou à frente apenas da competição de 1997. Menos gente na arquibancada, menos bilheteria. Nas últimas duas edições, a renda bruta do caiu de R$ 4,7 mi, um dado já fraco, para R$ 2,4 mi. Com direito a 8% sobre todos os borderôs do Estadual, a FPF abocanhou com 213 mil reais.

A federação também tem o seu percentual garantido no Campeonato Brasileiro (5%), mas os desempenhos de Náutico (803 mil), Santa (1,057 mi) e Sport (4,774 mi) não ‘colaboraram’, com o repasse ficando em 331 mil reais. A partir dos dados absolutos do trio entre 2013 e 2017, a última foi, disparada, a pior – estádios vazios com os rebaixamentos de alvirrubros e tricolores à Série C e com o rubro-negro lutando apenas para se manter na Série A.

Arrecadação do Trio de Ferro com bilheteria (todas as competições)
2013 – R$ 23,8 milhões (95 jogos)
2014 – R$ 25,1 milhões (96 jogos)
2015 – R$ 21,4 milhões (90 jogos)
2016 – R$ 16,7 milhões (96 jogos)
2017 – R$ 12,5 milhões (100 jogos)

Naturalmente, a saúde financeira dos clubes é mais importante que a da federação – por sinal, impressiona a ordem de importância com federações ainda à frente, mesmo sem uma contrapartida efetiva. E falando especificamente da entidade presidida por Evandro Carvalho, o baque interno veio no corte de 25% na folha administrativa, enxugando R$ 905 mil no ano – passou de R$ 2,57 mi para R$ 1,66 mi. Ainda assim, esse gasto segue elevado, na casa de R$ 130 mil – superior à folha de futebol de oito dos onze clubes que disputaram o Estadual de 2018, e olhe que neste caso, como se sabe, os salários são bem maiores. Vale destacar que FPF também constrói a sua receita através das várias taxas cobradas (e aplicadas), num verdadeiro ‘cartório do futebol’. Ao todo, existem 69 serviços administrativos possíveis, de R$ 30 a R$ 750 mil – em 2017, o Centro Limoeirense utilizou 34% de sua receita apenas com a inscrição de jogadores.

O relatório oficial, publicado no site oficial da FPF, aponta um aumento no patrimônio líquido, somando patrimônio social e o acumulado dos resultados positivos nos últimos anos. Em relação ao primeiro ponto, vale a imponente sede na Boa Vista, cujo valor foi congelado judicialmente durante vinte anos. Por decisão da própria federação, em 2014, já sob a gestão de Evandro Carvalho, o imóvel sofreu um ajuste do valor patrimonial, com a mutação presente no diagnóstico mais recente, com parecer da Ícone Contabilidade, Consultoria e Auditoria Eireli. No último exercício, o patrimônio teve um aumento de 1,8%, passando de 15,2 milhões para R$ 15.494.563.

Confira a íntegra do balanço oficial da FPF clicando aqui.


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