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Da entrada “tímida” no mercado da bola, com 4 clubes, ao domínio do patrocínio-master no futebol brasileiro, com 26 times nas Séries A e B, a Caixa Econômica Federal já investiu R$ 723,9 milhões para expor a sua marca nos uniformes. O montante, em valor nominal, representa a soma de todos os repasses do terceiro maior banco do país de 2012 a 2018.

Nessas sete temporadas, 35 clubes diferentes já foram patrocinados pela Caixa, alguns por anos, como é o caso de Athletico Paranaense, presente desde o começo, outros por poucos meses, caso do Fluminense, apenas no último trimestre de 2016. Além disso, cada clube foi avaliado de uma forma, mensurando torcida e representatividade. Sport, Bahia e Vitória, por exemplo, ficaram no mesmo patamar do Athletico. Já o Corinthians conseguiu um acordo maior que o do Flamengo, que em 2015 firmou só a parte frontal da camisa (reduzindo em R$ 9 milhões, de 25 mi para 16 mi), com o objetivo de negociar os demais espaços com outras empresas.

No levantamento do blog, com todas as cifras já divulgadas, pelo banco ou pela imprensa, incluindo bônus por resultados em competições (título ou acesso), o Flamengo é o clube que mais recebeu da Caixa. Em tese, deveria ser o Corinthians, mas a parceria com o alvinegro foi encerrada no fim de 2016. Assim, o rubro-negro carioca tomou a dianteira nos dois anos seguintes, ao abocanhar R$ 50 milhões – virando de 91 mi x 121 mi para 141 mi x 121 mi.

Investimento da Caixa Econômica nos clubes brasileiros
2012 – R$ 9,4 milhões (4 clubes)
2013 – R$ 95,9 milhões (11 clubes), +86,5 mi
2014 – R$ 111,9 milhões (15 clubes), +16,0 mi
2015 – R$ 98,9 milhões (12 clubes), -13,0 mi
2016 – R$ 134,3 milhões (21 clubes), +35,4 mi
2017 – R$ 145,7 milhões (26 clubes), +11,4 mi
2018 – R$ 127,8 milhões (25 clubes), -17,9 mi

No Nordeste, doze clubes já foram patrocinados, da inclusão de Vitória e CSA, em 2013, à entrada de Fortaleza, Sampaio Corrêa e CSA, em 2018. Neste recorte regional, o ranking acumulado é o seguinte: 1º Vitória, 2º Sport, 3º Bahia, 4º Ceará, 5º ABC, 6º CRB, 7º Náutico, 8º Fortaleza, 9º Sampaio, 10º América de Natal, 11º ASA e 12º CSA. O Santa só não figurou porque não conseguiu as certidões negativas junto à Receita Federal, uma exigência contratual do banco. Em 2016, quando o tricolor disputou a primeira divisão, o valor programado seria de R$ 3,5 milhões. Pelo mesmo motivo, o Sport deixou de receber R$ 3,2 mi em 2018, ao atrasar em oito meses a entrega dos documentos – assim, em vez de R$ 6 mi, recebeu só R$ 2,8 mi.

Na última temporada, oito times da região contaram com a marca. Entretanto, é bom essa turma toda ficar de olho com a possível guinada no mercado – no mau sentido. Em entrevista à repórter Maria Luíza Filgueiras, do jornal Valor Econômico, o novo presidente do banco, Pedro Duarte Guimarães, deu a entender que a torneira deve mesmo fechar em 2019.

“Isso (fim do patrocínio) já está acontecendo por uma questão do TCU (Tribunal de Contas da União), que publicou acórdão suspendendo e vamos respeitar. Teremos um alinhamento muito grande com o TCU”

De cara, a recomendação sugere um maior rigor no controle dos gastos através do banco federal, que há pelo menos dois anos dá indícios de redução no futebol. Em 13 de dezembro, já eleito presidente da república, Jair Bolsonaro comentou em seu perfil no twitter sobre a redução no gasto com publicidade e patrocínio em órgãos federais, incluindo a Caixa, durante o seu mandato, de 2019 a 2022. Embora o martelo ainda não tenha sido batido quanto ao fim, a tendência de que o quadro abaixo seja definitivo torna-se cada vez maior. Se houver a renovação, ótimo (para os respectivos clube). Porém, é bom ir logo articulando o plano B…


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