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Para jamais esquecer, a história registra que o River Plate venceu o Boca Juniors numa final da Libertadores. Ganhou o Superclássico de virada, por 3 x 1, na primeira decisão argentina na maior competição sul-americana, na última final em ida e volta, cujo desfecho no Santiago Bernabéu tende a ficar em segundo plano. Em primeiro, o River, tetracampeão.

O motivo do jogo na Espanha foi a violência de um grupo de torcedores do River, que arremessou pedras no ônibus do Boca, na chegada ao Monumental de Nuñez, na volta. Jogadores ficaram feridos, com a partida adiada. Foram quatro novas datas, com quase um mês de intervalo e uma solução questionável por parte da Conmebol. Ainda assim, as torcidas dos dois gigantes compareceram, com 62 mil pessoas na casa do Real Madrid, o possível adversário no Mundial.

O hiato foi bem aproveitado pelo time “xeneize”, que recuperou os seus atletas e ganhou mais conjunto, ao contrário do rival “millonario”, que vivia um melhor momento. Em campo, finalmente, o Boca foi melhor durante os 90 minutos, sobretudo no 1T, quando abriu o placar com Darío Benedetto. Apesar da posse de bola bem maior, na casa de 60%, o River encontrou dificuldades para armar jogadas, mas a triangulação saiu no 2T, com o também centroavante Lucas Pratto empatando. Até 2018, apenas uma final do torneio havia tido um jogador de cada clube marcando lá e lô, em 1963, com Sanfilippo (Boca) e Coutinho (Santos).

E a “Final do Mundo”, teimando em não acabar, se estendeu à prorrogação. Mas começou a ser definida com 1min40s, quando o colombiano Barrios recebeu o segundo amarelo e deixou o Boca com um a menos. O levante da torcida do River se justificou, pois o time estava fisicamente melhor. Com a vantagem numérica, foi pra cima. Martelou, martelou e virou no segundo tempo extra, com outro colombiano sendo determinante – desta vez a favor de sua equipe. Após outra bela troca de passes, Quintero acertou um chutaço. No desespero, até com o goleiro Andrada lá na frente, o Boca ainda acertou a trave no último minuto. Porém, tomou um contragolpe mortal, na alma, com Pity Martínez atravessando o campo para empurrar a bola para o gol vazio, bem diante da torcida do Boca, que também não esquecerá jamais.

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River Plate, campeão em 1986, 1996, 2015 e 2018
O River passou na liderança do grupo D, de forma invicta (3V e 3E). No mata-mata, tirou os conterrâneos Racing (oitavas) e Independiente (quartas), seguindo com uma ‘remontada’ histórica na semi sobre o Grêmio, então campeão. Derrotado em casa, virou o jogo na arena tricolor com gols aos 36 e aos 49 do 2T. Na decisão, 8 gols em 210 minutos e 5 x 3 para o River no agregado.

Time na decisão
Armani; Montiel (Mayada), Maidana, Pinola e Casco; Fernández (Zuculini), Ponzio (Quintero), Enzo Pérez e Palacios (Álvarez); Pity Martínez e Lucas Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo

Campanha
14 jogos, com 7 vitórias, 6 empates e 1 derrota; 19 GP e 9 GC

Abaixo, um rescaldo histórico com 25 campeões de 7 países diferentes…

Os campeões da Libertadores (1960-2018)
7 – Independiente
6 – Boca Juniors
5 – Peñarol
4 – Estudiantes e River Plate
3 – Nacional, Olimpia, São Paulo, Santos e Grêmio
2 – Cruzeiro, Internacional e Atlético Nacional
1 – Racing, Flamengo, Argentinos Juniors, Colo Colo, Vélez Sarsfield, Vasco, Palmeiras, Once Caldas, LDU, Corinthians, Atlético-MG e San Lorenzo

Ranking de títulos entre países (entre parênteses, o número de vices)
25 – Argentina (11)
18 – Brasil (15)
8 – Uruguai (8)
3 – Colômbia (7)
3 – Paraguai (5)
1 – Chile (5)
1 – Equador (3)
0 – México (3)
0 – Peru (2)

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