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Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Mesmo sem atuar bem, o Sport lutou bastante e venceu um Santos bem desfalcado na Ilha. À parte do 2 x 1, precisava de dois resultados paralelos, mas veio apenas um, a derrota do América. Com a vitória da Chape e o empate do Vasco, o leão acabou em 17º lugar, rebaixado à Série B pela 5ª vez em sua história. Desta vez, creio que o time possa ser eximido, pois foi mal formado, tendo sérias limitações técnicas. E ainda assim, analisando a competição inteira, com três meses de salários atrasados. somou 42 pontos. Na verdade, isso até depõe “a favor” de uma equipe tão inconstante – com Milton Mendes tendo 5V, 3E e 4D na reta final.

O foco, então, vai de forma direta para a gestão de Arnaldo Barros, num biênio de R$ 213 milhões, mas com uma clara incompetência administrativa no futebol – com decisões questionáveis como a saída da Copa do Nordeste, seguidas trocas de técnico, fluxo de caixa travado devido a negociações complicadas e patrocínio sem repasse etc. O saldo é a uma queda à segunda divisão justamente num momento de mudança na distribuição das cotas de transmissão na tevê – uma receita vital no Sport. A partir de 2019 acaba a cláusula “para-quedas”, que garantia a cota integral a 18 clubes do país no primeiro ano fora da elite (Sport, Bahia e Vitória entre eles).

Consumado o descenso, o clube receberá a mesma cota fixa dos demais – em 2018, o repasse na B foi de R$ 7 milhões, enquanto na A o rubro-negro pernambucano recebeu $ 35 milhões. A única diferença será no pay-per-view, passando de R$ 7,8 mi para R$ 15,6 mi. Ainda assim, numa subtração básica, o saldo negativo é enorme. Considerando as cifras desta temporada, R$ 20,2 mi a menos no caixa. O orçamento enxuto tende a dificultar ainda mais o caminho de volta, de um clube que não se preparou para esta situação, com poucos ativos no elenco e a confiança em baixa no mercado. Num viés esportivo, de rebaixamento no campo, o cenário financeiro do Sport é ainda mais grave em 2019. Infelizmente, não surpreende.

Escalação do Sport (melhores: 1 Rogério e 2 Marlone; piores: 1 Fellipe e 2 Andrigo)
Mailson; Andrigo, Adryelson, Ernando e Raul Prata; Marcão, Fellipe Bastos (Marlone, 10/2T) e Neto Moura (Rogério, intervalo)); Gabriel, Matheus Peixoto (Brocador, intervalo) e Mateus Gonçalves

Histórico geral de Sport x Santos (todos os mandos)
47 jogos
12 vitórias pernambucanas (25,5%)
15 empates (31,9%)
20 vitórias paulistas (42,5%)

Histórico de Sport x Santos pela Série A (todos os mandos)
38 jogos
11 vitórias pernambucanas (28,9%)
11 empates (28,9%)
16 vitórias paulistas (42,1%)

Rebaixamentos do Sport (5)
1989 – A pra B (21º lugar de 22 times; caíram 4)
2001 – A pra B (28º lugar de 28 times; caíram 4
2009 – A pra B (20º lugar de 20 times; caíram 4)
2012 – A pra B (17º lugar de 20 times; caíram 4)
2018 – A pra B (17º lugar de 20 times; caíram 4)

Acessos do Sport (4)
1990 – B pra A (1º lugar de 24 times; 2 vagas)
2006 – B pra A (2º lugar de 20 times; 4 vagas)
2011 – B pra A (4º lugar de 20 times; 4 vagas)
2013 – B pra A (3º lugar de 20 times; 4 vagas)

Sport na Série B
295 jogos (419 GP e 323 GC, +96)
126 vitórias (42,7%)
84 empates (28,4%)
85 derrotas (28,8%)
11 participações (80, 84, 90, 02, 03, 04, 05, 06, 10, 11 e 13)

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Celso Ishigami e Fred Figueiroa)

Williams Aguiar/Sport Club do Recife


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