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Lucas Merçon/Fluminense FC

O confronto entre Fluminense e Santa Cruz projetava uma grande diferença técnica (e tática), mas o jogo no Maracanã foi além da conta. Basicamente, só o time carioca jogou. A atuação do tricolor pernambucano no jogo de ida da 4ª fase da Copa do Brasil foi totalmente inoperante. Na minha visão, apenas o goleiro Anderson se salvou, evitando um placar ainda mais elástico. Até porque, no fim, o 2 x 0, esse sim, ficou em conta.

Para ilustrar o cenário, eis alguns dados do 1T. O scout de finalizações apontou 14 tentativas do mandante, incluindo 9 chances reais. Nenhuma do visitante. Sim, “14 x 0”. O time treinado por Fernando Diniz tem como característica a posse de bola. Em 2019, quase todos os jogos ficaram acima de 70%. Não foi diferente desta vez, com a troca de passes envolvendo o time coral, com a linha defensiva bem acuada. Com 15 minutos o número de passes certos já apontava 128 x 19. Até o intervalo, o Santa terminou com 98. Haja distância. Pior, poucos passes à frente, com Pipico bem isolado.

Sobre os gols, as chances apareceram cedo. Com 23 segundos o Flu já tinha desperdiçado duas, numa chegada com Yony, no chute e no rebote. Com tranquilidade, o time balanço as redes com o lateral Gilberto, desviando em Charles, e com Luciano, num golaço de fora da área – o atacante chegou a 5 gols e assumiu a artilharia do torneio. A vantagem estabelecida não diminuiu a intensidade do Flu, que fez uma boa partida, segura.

No 2T, Diniz fez as três mudanças antes dos 15 minutos – incluindo a volta do centroavante Pedro, após 234 dias. Rodou o time, tentando manter o estilo. Leston também mexeu, sobretudo para reforçar o meio-campo, e passou a ter a bola um pouco mais. E enfim conseguiu finalizar, com a primeira tentativa ocorrendo somente aos 21 minutos, com Luiz Felipe, que acabara de entrar. No fim, o Flu ainda teve um gol mal anulado – Luciano não estava adiantado. O revés por dois gols de diferença deixa a possibilidade de reversão aberta, mas a diferença no futebol foi gritante. Na volta, dentro de oito dias, o Arruda terá que pulsar.

Finalizações (Flu x Santa)
1T: 14 x 0
2T: 14 x 5
Total: 28 x 5 (diferença de 23)

Passes certos (Flu x Santa)
1T: 352 x 98
2T: 292 x 85
Total: 644 x 183 (diferença de 461)

Escalação do Santa (melhor: Anderson; piores: 1 Charles, 2 Allan Dias, 3 Pipico)
Anderson; Marcos Martins, João Victor, William Alves e Carlos Renato; Charles, Ítalo e Allan Dias (Lorenzi, intervalo); Dudu (Luiz Felipe, 20/2T), Pipico e Augusto (Elias, 26/2T). Técnico: Leston Júnior

Escalação do Fluminense (melhores: 1 Luciano, 2 Allan, 3 Everaldo)
Rodolfo; Gilberto, Matheus Ferraz, Nino e Caio Henrique; Airton (Léo Artur, intervalo), Allan e Ganso (Dodi, 15/2T); Everaldo, Luciano e Yony Gonzáçez (Pedro, 6/2T). Técnico: Fernando Diniz

Histórico geral de Fluminense x Santa Cruz
30 jogos
3 vitórias do Santa (10,0%)
11 empates (36,6%)
16 vitórias do Flu (53,3%)

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro):

Lucas Merçon/Fluminense FC


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