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Antes do ranking, um pouco sobre a história das maiores aquisições da região…

O perfil exportador do futebol nordestino é antigo, com craques negociados desde o início do profissionalismo, como o centroavante Ademir Menezes, do Sport para o Vasco em 1942 – e do clube carioca para a Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 1950. Os caminhos costumam ser apontados para o Sul-Sudeste, incluindo ainda algumas rotas internacionais. Ao menos também há o caminho inverso, iniciado pelo zagueiro Zago, do Atlético Mineiro para o Central de Caruaru, em 1937.

Por muito tempo, o roteiro teve como base a compra de atletas junto a clubes do interior e a times tradicionais do próprio Nordeste e alguns empréstimos de equipes maiores. O investimento “pesado” demorou, mas começou a acontecer, sobretudo com a estabilização da moeda nacional. Apesar de ocorrer numa rotação (bem) menor, os principais clubes da região vêm contratando jogadores com cifras milionárias nos últimos anos. Assim, o blog reuniu as negociações divulgadas no Plano Real, em circulação desde 1º de julho de 1994, a partir de R$ 1 milhão – independentemente do percentual adquirido sobre os direitos econômicos.

À parte dos últimos dez anos, surpreende o histórico do Vitória em 1997, com quatro compras seguidas, no embalo da parceria com o Banco Excel, que bancou R$ 10,8 milhões nos reforços, além de mediar o empréstimo de Túlio Maravilha, então no Corinthians, também patrocinado pelo banco. Na temporada seguinte, também respaldado por um banco, o Opportunity, o Bahia entrou na estatística. A partir de 2012, no início das supercotas da televisão, na Série A, seis clubes da região conseguiram realizar transações deste porte, entrando na conta Náutico, Ceará e Fortaleza, não cotistas e com quase todas as suas compras efetuadas em temporadas na elite.

Compras milionárias por clube, com 106 nomes

1º) 29 vezes – Fortaleza (CE)
2º) 28 vezes – Bahia (BA)
3º) 20 vezes – Ceará (CE)
4º) 15 vezes – Vitória (BA)
5º) 13 vezes – Sport (PE)
6º) 1 vez – Náutico (PE)
* Atualizado até 28/11/2024: Fabricio Domínguez (Racing-ARG/Sport)

Compras milionárias por estado

1º) 49 vezes – Ceará
2º) 43 vezes – Bahia
3º) 14 vezes – Pernambuco

Maiores transferências entre dois nordestinos

1º) R$ 14,5 milhões – Caio Alexandre (Fortaleza/Bahia, 2024)
2º) R$ 7,0 milhões – Gustavo Coutinho (Fortaleza/Sport, 2024)
3º) R$ 3,9 milhões – Marcos Vitor (Ceará/Bahia, 2022)
4º) R$ 2,5 milhões – Romarinho (Fortaleza/Sport, 2023)
5º) R$ 2,0 milhões – Bruno Pacheco (Ceará/Fortaleza, 2022)
6º) R$ 1,5 milhão – Cléber Santana (Sport/Vitória, 2004)
7º) R$ 1,3 milhão – Chiquinho (Sport/Vitória, 1997)
7º) R$ 1,3 milhão – Fernando Sobral (Sampaio Corrêa/Ceará, 2018)
9º) R$ 1,1 milhão – Ronaldo Alves (Náutico/Sport, 2016)
9º) R$ 1,1 milhão – Jean Carlos (Náutico/Ceará, 2022)
9º) R$ 1,1 milhão – David Ricardo (Fluminense-PI/Ceará, 2023/2024)
12º) R$ 1,0 milhão – Russo (Sport/Vitória, 1997)

Nota 1: A maior compra do Nordeste foi a do atacante uruguaio Luciano Rodríguez, adquirido pelo Bahia por R$ 67,92 milhões, considerando a cotação do dia do anúncio. O clube baiano pagou 12 milhões de dólares ao Liverpool, do Uruguai, por 70% dos direitos.

Nota 2: O volante Caio Alexandre foi adquirido pelo Bahia por R$ 24,3 milhões, em janeiro de 2024. Contudo, o valor no recorte da negociação entre os clubes nordestinos é menor, ficando em R$ 14,5 milhões, porque o Fortaleza só teve direito a 60% da negociação.

Observações sobre o ranking

O ranking é apresentado tanto em reais, em valores nominais, quanto em dólares. Isso porque, em mais de duas décadas, o valor da moeda nacional flutuou bastante. Se no início chegou a valer mais que o dólar, em determinado momento caiu para quase 1/6. Por sinal, apesar de o euro ser a versão mais utilizada, hoje, no futebol internacional, o blog opta pelo dólar pois a moeda europeia só foi criada em 1999, sendo impossível calcular valores anteriores. A pesquisa engloba valores oficiais e extraoficiais, esses divulgados na imprensa (jornais e sites), uma vez que os clubes raramente revelam as cifras– nem em seus balanços financeiros. Na maioria dos casos, cada compra foi informada em um valor (real, dólar ou euro), com o blog convertendo nas duas colunas abaixo de acordo com o câmbio de cada época, precisamente no dia da notícia. Ah, existe a chance de alguém ter sido esquecido. Caso lembre, comente no post e a lista será atualizada…

Para ver a lista com a correção através do IPCA, via Alexandro Andrade, clique aqui.

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