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Acima, a única arena erguida em Pernambuco, embora o projeto geral esteja incompleto…

Hoje, os estádios de alvirrubros, tricolores e rubro-negros oferecem 30.301 cadeiras, o que corresponde a apenas 29,5% dos 102.530 lugares liberados. Ou seja, são 72.229 marcações no cimento. Num futuro breve, não há previsão de mudança estrutural neste contexto.

Nessa era de “Padrão Fifa”, os três principais clubes do futebol pernambucano chegaram a lançar projetos de modernização e reconstrução nos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro. Considerando as três arenas, seriam 146.140 cadeiras, num aumento de 43.610 lugares sobre a capacidade máxima (+42,5%) e de 115.839 sobre o nº de assentos (+382,2%). Embora o Náutico não tenha revelado o valor do seu projeto na época, o blog apurou que o empreendimento ficaria entre R$ 250 mi e R$ 300 mi. Ou seja, o valor mínimo para tocar os três seria de R$ 840 milhões. E o máximo? Até R$ 1,24 bilhão.

O momento econômico mudou, investidores não chegaram (ou sumiram) e os respectivos projetos acabaram alimentando o histórico de “3D” – ao menos, bonitos. A seguir, imagens e dados do futuro deixado de lado e do presente defasado, apesar das melhorias.

Obs. Em ambos os casos (arenas e estádios), o nº de cadeiras soma cadeiras e camarotes.

Arena Aflitos

Lançamento do projeto: 12/12/2015
Capacidade: 32.640 (+15.692 lugares, ou +92%)
Complexo: centro comercial, 1 empresarial, 1 hotel e clube
Custo: R$ 250/300 milhões
Projeto: Múcio Jucá e Renato Feitosa (Z Arquitetura)

Estádio dos Aflitos
Inauguração: 08/04/1917
Última obra de ampliação: 2002
Capacidade atual: 16.948 (sendo 3.700 cadeiras)
Recorde de público: 31.613 pessoas (1970)

Situação do projeto do Náutico:
Inicialmente, vale destacar que esse não é o projeto da arena no Jiquiá – lá, o estádio teria outra cara. Este aqui, nos Aflitos, é o projeto que teve menos detalhes (e imagens) divulgados. A ideia surgiu como alternativa em caso de rompimento entre o Náutico (já insatisfeito) e o consórcio da Arena Pernambuco. O que de fato aconteceu, mas como consequência da rescisão unilateral do governo do estado com o consórcio. O mesmo arquiteto acabou fazendo o projeto de reforma dos Aflitos, com a reabertura do Eládio em 16 de dezembro de 2018.

Arena Coral

Lançamento do projeto: 28/06/2007
Capacidade: 68.500 (+12.918 lugares, ou +23%)
Complexo: estacionamento (2 mil vagas), ginásio e museu
Custo: R$ 190 milhões
Projeto: Silvio Andrade Lima e Reginaldo Esteves

Estádio do Arruda
Inauguração: 15/11/1943
Última obra de ampliação: 1982
Capacidade atual: 55.582 (sendo 12.982 cadeiras)
Recorde de público: 96.990 pessoas (1993)

Situação do projeto do Santa Cruz:
Assim como a Arena Recife-Olinda, também apresentada em 2007, a modernização da casa do Santa Cruz também surgiu no embalo da candidatura do estado para a Copa do Mundo de 2014. Apesar do custo menor em relação ao palco escolhido, a Arena Pernambuco (190 mi x 532 mi), o governo alegou a “inviabilidade estrutural” do Mundão para atender às reformas exigidas pela Fifa. Sem investimentos, a ideia não andou.

Arena Sport

Lançamento do projeto: 17/03/2011
Capacidade: 45.000 (+15.000 lugares, ou +50%)
Complexo: 1 shopping, 2 empresariais (35 andares), 1 hotel (18 andares) e clube
Custo da arena: R$ 400 milhões (considerando o complexo, R$ 750 milhões)
Projeto: Pontual Arquitetos

Estádio da Ilha do Retiro
Inauguração: 04/07/1937
Última obra de ampliação: 2007
Capacidade atual: 30.000 (sendo 13.619 cadeiras)
Recorde de público: 56.875 pessoas (1998)

Situação do projeto do Sport:
A ideia surgiu com a Arena Pernambuco já oficializada como palco local no Mundial de 2014. Mesmo sem assinar com o consórcio responsável, o Sport acabou levando adiante a ideia de sua própria arena, incluindo um centro empresarial e um shopping center no local – o complexo ocuparia os 11 hectares. Apesar da demora, o clube conseguiu receber o aval da Prefeitura do Recife, após várias mudanças no entorno, todas solicitadas pelo conselho de desenvolvimento urbano (CDU). O projeto parou de vez após a Engevix encerrar o contato – e a empresa acabaria investigada na Lava-Jato em 2014.


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