No scout de finalizações, Sport 18 x 12. No alvo, Ponte 6 x 4. Foto: Karen Fontes/Sport.
No Moisés Lucarelli, o Sport perdeu o 5º jogo consecutivo como visitante na Série B. Embora seja um ótimo mandante, com 73% de aproveitamento, a inoperância dos rubro-negros atuando fora de casa salta aos olhos. Com apenas 20%, breca rodada a rodada uma possibilidade concreta de acesso. Sob o comando de Claudinei, o time ainda nem pontuou longe da Ilha. E já não é algo circunstancial. Inclusive já dá pra dizer que ele faz um trabalho horroroso no leão, sendo pautado pela teimosia num critério particular que não surte efeito no campo.
Após as contratações ofensivas na última janela, o clube enfim passou a ter algumas boas opões no setor, como pontas, as maiores lacunas há mais de um ano. E as participações do atacante Gustavo Coutinho e dos pontas Labandeira (direita) e Wanderson (esquerda) passaram a ajudar o Sport nas vitórias no Recife. As duas últimas foram a partir das suas entradas. Porém, foi insuficiente para mudanças na escalação em Maceió, sábado passado, limitando a utilização desses jogadores ao 2º tempo. Em Campinas, contra a Ponte, foi pior.
As trocas previsíveis, tardias
Apesar de o 1º tempo ter sido até competitivo, mesmo sem tanta organização, com excesso de bolas esticadas, a demora nas alterações foi além do razoável. Perdendo por 1 x 0, num pênalti tolo cometido logo cedo por Sabino, em péssima fase, a estrutura ofensiva até poderia ser a mesma na volta – Kayke conseguiu, enfim, ser participativo. Só que a retomada ocorreu com um jogo bem diferente, com a Ponte mais recuada, sem dar espaço e dobrando a marcação, obrigando o Sport a ter mais mobilidade para atacar.
Kayke já não aparecia mais, Giovanni pregou e Juba segue em baixa. E o técnico do Sport, que não era muito diferente em sua passagem em 2018, na Série A, esperou 20 minutos para fazer o óbvio. Ou seja, promover a mudança tripla que qualquer pessoa que acompanhe o Sport já sabe, tanto quem sai quanto quem entra. E dali até o fim o time voltou a pressionar, desperdiçando chances, com Coutinho acertando a trave aos 44 e cabeceando pra fora aos 51.
O entendimento (ou não) da escalação
Então, qual é a justificativa para uma faixa de tempo tão curta com força? É p treino durante a semana? Acho que o “jogo” deveria pesar mais. É a gestão de grupo? Aí faz ainda menos sentido, pois a falta de resultados acelera qualquer processo de deterioração, fora a possível compreensão interna de que os melhores não estão jogando como deveriam. Por fim, com mais um revés fora de PE, o terceiro sem nem balançar as redes, o Sport só segue o olhando o G4 com atenção porque o Vasco também vem mal fora. Só que está 5 pontos à frente…
Sport em 29 rodadas na Série B de 2022
Mandante – 14 jogos; 9V, 4E e 1D (31 pts e 73.8%)
Visitante – 15 jogos; 1V, 6E e 8D (9 pts e 20.0%)
Escalação da Ponte Preta (melhores: Caíque, Mateus Silva e Élvis)
Caíque França; Igor Formiga (Norberto), Mateus Silva, Fábio Sanches e Artur (Jean Carlos); Felipe Amaral (Moisés Ribeiro), Wesley Fraga e Walisson (Bruno Alves); Élvis, Fessin e Lucca (Ribamar). Técnico: Hélio dos Anjos
Escalação do Sport (melhores: Saulo e Hernandez; piores: Sabino, Chico, Eduardo e Love)
Saulo; Eduardo (Ewerthon), Sabino, Chico e Lucas Hernández; Ronaldo Henrique (Denner), Fabinho e Giovanni (Labandeira); Luciano Juba (Wanderson), Vagner Love e Kayke (Gustavo Coutinho). Técnico: Claudinei Oliveira
Histórico geral de Ponte Preta x Sport (todos os mandos)
30 jogos
10 vitórias rubro-negras (33,3%)
9 empates (30,0%)
11 vitórias paulistas (36,6%)
Leia mais sobre o assunto
A tabela de jogos do Sport no Campeonato Brasileiro da Série B de 2022
Abaixo, assista ao gol de Lucca, carrasco do Sport. São 9 gols em 14 jogos contra o leão.
1T | 12 min: FAZ O L, NAÇÃOOO!!!!! 🦍#PONxSPT (1×0)#VamosPonte pic.twitter.com/pwAHpTmAiw
— Ponte Preta Oficial (@aapp_oficial) September 7, 2022