As bandeiras na abertura da 1ª edição em solo norte-americano. Imagem: Conmebol/reprodução.
Em 2024, a Copa América será disputada nos Estados Unidos, que receberão torneio, novamente em caráter especial, pela segunda vez. Na anterior, em 2016, numa edição fora do calendário original, pois a ordem era 2011, 2015 e 2019, foi celebrado o centenário da competição de seleções mais antiga do mundo. Na ocasião, com os 10 filiados da Conmebol e 6 convidados da Concacaf, que, afinal, também estão na “América”. A média de público foi de 46.370, recorde. Desta vez, além de repetir a fórmula de disputa e o viés comercial, a ideia é “estratégica”, pois a próxima Copa América será no país-sede da Copa do Mundo de 2026.
O período será o mesmo previsto para o Mundial, no verão norte-americano, o inverso do Brasil, no inverno. De forma precisa, o Mundial de 2026 terá três sedes, tendo ainda México e Canadá, mas a maioria dos jogos será mesmo disputada nos EUA, incluindo todas as partidas das quartas de final em diante. Ou seja, a próxima Copa América valerá tanto para a aclimatação dos times sul-americanos, que viveram isso lá 30 anos antes deste torneio, em 1994, e para a própria organização dos EUA, em termos de logística, uma vez que o próximo torneio máximo da Fifa será o maior da história, com 48 seleções.
Inicialmente, seguindo o rodízio entre os filiados sul-americanos, a 48ª edição da principal competição da Conmebol seria no Equador, mas a mudança já vinha sendo especulada devido aos problemas do país com custo e segurança. Coincidentemente ou não, a disputa de 2016 foi para os States por motivo parecido. Independentemente da escolha, me agrada a junção das seleções das duas confederações da América num só torneio. Deveria ser regular.
Paridade no calendário de seleções
Esse anúncio oficial da Conmebol dá início, enfim, ao calendário de seleções com paridade ao da Uefa, com a Copa América e a Eurocopa ocorrendo na mesma temporada, de quatro em quatro anos – com 2024, 2028, 2032 e assim sucessivamente. Ainda que tenha ocorrido a jornada dupla entre junho e julho de 2021, os torneios ocorreram com um ano de atraso por causa da pandemia, com portões fechados na edição sul-americana. Além de evitar o esvaziamento em caso de proximidade à Copa do Mundo, a paridade possibilitou a criação da “Finalíssima”, a taça entre os dois vencedores, com o jogo único, aí sim, ocorrendo na preparação mundialista. Na primeira edição, em Londres, a Argentina goleou a Itália.
Nº de vezes como país-sede da Copa América
9 vezes – Argentina (1916, 1921, 1925, 1929, 1937, 1946, 1959*, 1987 e 2011)
7 vezes – Uruguai (1917, 1923, 1924, 1942, 1956, 1967 e 1995)
7 vezes – Chile (1920, 1926, 1941, 1945, 1955, 1991 e 2015)
6 vezes – Peru (1927, 1935, 1939, 1953, 1957 e 2004)
6 vezes – Brasil (1919, 1922, 1949, 1989, 2019 e 2021)
3 vezes – Equador (1947, 1959* e 1993)
2 vezes – Bolívia (1963 e 1997)
2 vezes – Estados Unidos (2016 e 2024)
1 vez – Paraguai (1999)
1 vez – Colômbia (2001)
1 vez – Venezuela (2007)
* Foram 2 edições oficiais na mesma temporada
** 3 edições não tiveram sede fixa (1975, 1979 e 1983)
A parceria entre as direções da Conmebol e da Concacaf, começando em 2024, também se estendeu à Copa Ouro Feminina, esta organizada pela entidade das Américas Central e Norte, e a um novo torneio de clubes no estilo “final four”, como ocorre com a fase final da Liga das Nações da Uefa – com semifinal e final. Abaixo, o vídeo com mais detalhes. O que você achou?
Buscando siempre la competitividad y excelencia, firmamos una alianza con la @Concacaf en torneos a nivel de selecciones y clubes, tanto masculinos como femeninos 🌎👏🏼 #CreeEnGrande pic.twitter.com/xlau7N7knH
— CONMEBOL.com (@CONMEBOL) January 27, 2023