O jogo começou à tarde, com 31 graus, e terminou à noite, com festa. Foto: Petrolina/Instagram.
Pela 1ª vez em 12 participações, o Petrolina chega entre os quatro melhores colocados do Campeonato Pernambucano. Nas quartas de final, numa disputa em jogo único contra o Santa Cruz, a fera avançou e colocou o Sertão do São Francisco na reta final, sendo o 5º clube sertanejo no G4. Antes, chegaram lá Itacuruba (pioneiro em 2004), Serrano, Salgueiro e Afogados. Em 23 jogos contra os tricolores, os petrolinenses venceram apenas 3, com o último há 11 anos. Dito isso, acredite: a maior festa do clube neste duelo foi após um empate
No caso, o jogo desta terça-feira no Estádio Paulo Coelho, devido ao tenso desfecho nas penalidades, com o goleiro Alan pegando duas cobranças e garantindo o time do interior na semifinal. É algo inimaginável até pouco tempo, uma vez que o clube só conquistou o acesso após uma decisão do STJD em 28 de dezembro, estreando apenas duas semanas semanais.
A reação da Fera na campanha
Em 2023, o time começou mal, mas engatou uma série invicta de sete jogos e passou em 4º lugar na 1ª fase. Isso garantiu o mando no mata-mata, onde está bem ambientado. Diante do Santa, no tempo normal, o time empatou em 1 x 1. E olhe que o tricolor jogou com um a mais desde os 30/1T, após a expulsão de Dener. Mais do que isso, pois viu o Petrolina abriu o placar com Acauã, num cruzamento que foi direto para o gol. A reação coral só veio aos 32/2T, com Anderson Paulista também de fora da área, esse mais consciente.
Mesmo com um a menos, o mandante conseguiu controlar as ações depois da igualdade, forçando o desempate nos pênaltis. Seguiu com o triunfo por 5 x 4, assegurando o melhor resultado na história do Petrolina Social Futebol Clube, fundado em 1998. Tricampeão da A2 em 2001, 2010 e 2018, a “Fera” agora disputará a semifinal contra o Sport, também em jogo único, na Sexta-Feira Santa, dia 7 de abril, novamente às 16h30. Assim como nas quartas, ao vivo na Globo Nordeste, deixando mais conhecidos nomes como o do goleiro Alan, o do zagueiro e capitão Maílson e o do atacante Emerson Galego, o artilheiro do PE com 6 gols.
Petrolina no Pernambucano A1
2002 (27º), 2003 (7º), 2004 (8º), 2005 (9º, caiu), 2008 (8º), 2009 (12º, caiu), 2011 (6º), 2012 (5º), 2013 (8º), 2019 (8º), 2020 (9º, caiu) e 2023 (semifinalista)
Consumado o fiasco do Santa no Estadual
Quanto ao Santa Cruz, o revés confirmou a má campanha nesta edição, terminando com 4V, 7E e 2D. Assim, o clube do Arruda chega a sete anos sem conquistar o título estadual. Desde a taça em 2016, o melhor resultado foi o vice em 2020, quando foi superado pelo Salgueiro. À parte disso foram quatro eliminações na semifinal e duas nas quartas. E o pior de tudo, já pensando já mais à frente: o Santa está virtualmente fora da Copa do Brasil de 2024.
Fora do G4, a única matemática possível para classificar os corais às próxima copa depende do título do Náutico na Copa do Brasil associado ao título do Sport no Nordestão ou na Série B. Neste cenário, acho que já dá pra contar com o desfalque de no mínimo R$ 750 mil em cotas na próxima temporada. Isso sem contar o risco no Brasileiro. Caso não suba este ano, na Série D, poderá ficar sem calendário nacional – aí, dependeria do acesso do Retrô.
Escalação do Petrolina
Alan; Denner, Heverton (Alailson), Mailson e Igor Tavares; Kiko, Vinicinho (Raykar) e Eduardo (Marquinhos Bahia); Acauã (Igor), Emerson Galego e Everton Felipe (Brendon). Técnico: William Lima
Escalação do Santa Cruz
Michael; Jadson (Anderson Paulista), Guedes, Ítalo Melo e Marcus Vinícius (Gabriel Cardoso); João Erick (Anderson Ceará), Arthur (Felipe Gedoz) e Chiquinho; Lucas Silva, Dayvid (Ariel) e Pipico. Técnico: Felipe Conceição
Histórico geral de Petrolina x Santa Cruz
23 jogos (todos os mandos
15 vitórias tricolores (65,2%)
5 empates (21,7%)
3 vitórias da fera sertaneja (13,0%)
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Abaixo, assista à comemoração dos jogadores e torcedores do Petrolina após a classificação.
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