A vitória em Bragança Paulista valeu mais um feito para o FEC. Foto: Felipe Cruz/Fortaleza.
Entre 2003 e 2018, o Fortaleza só disputou a primeira divisão nacional em três oportunidades. Era um histórico duro na era dos pontos corridos, com outros clubes tradicionais da região enfrentando dificuldades para estabelecer boas sequências. Naquele ano, por sinal, o Sport chegou a cinco participações consecutivas, estabelecendo a maior marca. E parou ali, pois foi rebaixado. Enquanto isso, o tricolor cearense fez o caminho inverso, ganhando o título da segunda divisão. Começava a época mais vencedora do “laion”.
Além de engatar um pentacampeonato estadual e dois títulos da Copa do Nordeste, o clube ficou três vezes no “G10” da Série A, incluindo o 4º lugar em 2021, a melhor colocação nordestina neste formato, chegou à semifinal na Copa do Brasil no mesmo ano e ainda foi vice-campeão da Copa Sul-Americana em 2023. Neste caso, ficou a um triz. A volta pra casa, remoendo os pênaltis, acabou coincidindo com um jejum no Brasileirão. O baque natural acabou se transformando em nove rodadas sem vencer. Entretanto, estamos falando de um clube extremamente resiliente, além do bom potencial técnico do elenco.
Zerou o risco de queda na 36ª rodada
A recuperação veio, enfim, em 30 de novembro. Jogando no Nabi Abi Chedid, o time treinado por Vojvoda venceu o Red Bull Bragantino por 2 x 1 e assegurou, matematicamente, a permanência na elite. O risco caiu para 0% com duas rodadas de antecedência, pois o FEC chegou a 48 pontos e abriu 7 sobre o Bahia, hoje no Z4. Depois daquele Sport em 2018, Bahia (2021) e Ceará (2022) também chegaram a cinco anos seguidos na Série A, terminando no Z4 no quinto ano. Em 2023 o Fortaleza vivia este cenário, mas foi diferente, de novo.
Em 2024, o Leão do Pici disputará a Série A pela sexta vez consecutiva, o novo recorde do Nordeste. Essa marca, considerando os concorrentes atuais, Vitória, de volta em 2024, e Bahia, ainda brigando para chegar ao segundo ano, demorarão um pouquinho. Ainda vale destacar que nesta temporada o Fortaleza estimou uma receita de R$ 208 milhões, com os resultados no ano gerando otimismo para um faturamento até maior. A tendência, portanto, é a manutenção deste patamar econômico em 2024, mesmo sem SAF. Parabéns!
Saiba mais sobre o assunto
Vídeo: A ascensão do Fortaleza e o seu novo lugar entre os maiores do Nordeste
A seguir, veja o balanço de participações dos nordestinos na Série A do Campeonato Brasileiro considerando apenas os pontos corridos. De 2003 até 2023 foram 56 campanhas, mas a lista já contabiliza Fortaleza e Vitória em 2024, restando a dúvida sobre o Bahia – hoje em 17º lugar.
Mais participações seguidas nos pontos corridos
1º) 6 anos – Fortaleza (2019-2024)*
2º) 5 anos – Sport (2014-2018)
2º) 5 anos – Bahia (2017-2021)
2º) 5 anos – Ceará (2018-2022)
5º) 4 anos – Bahia (2011-2014)
6º) 3 anos – Náutico (2007-2009)
6º) 3 anos – Sport (2007-2009)
6º) 3 anos – Vitória (2008-2010)
6º) 3 anos – Vitória (2016-2018)
* Sequência em andamento
Total de participações nos pontos corridos
1º) 11 vezes – Bahia*, Sport e Vitória
4º) 9 vezes – Fortaleza
5º) 7 vezes – Ceará
6º) 5 vezes – Náutico
7º) 2 vezes – Santa Cruz
8º) 1 vez – América de Natal e CSA
* Situação a definir sobre 2024