Ex-jogador e agora apresentador, Henry “ficou” com o troféu. Imagem: Fifa/divulgação.
Aos 36 anos, consagrado e campeão mundial por sua seleção, Lionel Messi foi eleito mais uma vez como o melhor jogador de futebol do mundo. Foi a 8ª vez em 15 anos que o craque argentino foi apontado, oficialmente, como o melhor da temporada. Trata-se de um recorde absoluto, abrindo três prêmios sobre Cristiano Ronaldo, o segundo maior vencedor, e cinco sobre Ronaldo e Zidane. Entretanto, essa vitória também foi, de longe, a mais controversa na eleição do “The Best”, o prêmio organizado anualmente pela Fifa.
O período de análise sobre a performance dos candidatos foi de 19 de de dezembro de 2022 a 20 de agosto de 2023. Ou seja, começou um dia após a final da Copa do Mundo no Catar, cujo desempenho sensacional de Messi contou para a sua eleição no The Best anterior. Nesta edição de “2023”, então, valeram basicamente os jogos pelo PSG, que sege sendo um clube longe do domínio continental, e pelo Inter Miami, a sua incursão atual nos EUA.
Tríplice coroa não ajudou o concorrente
Ainda que a plasticidade de dribles e finalizações siga elevada, além da visão de jogo surreal, o ano foi dominado por outro jogador. Vencedor do prêmio individual da Uefa, o atacante norueguês Erling Haaland fez 34 gols em 41 jogos no período avaliado, sendo campeão da Champions League (como artilheiro), da Premier Lague (marcando 36 gols, o novo recorde da liga) e da Copa da Inglaterra. Talvez o próprio Messi saiba disso, pois numa coincidência daquelas o argentino sequer viajou para Londres, onde aconteceu a cerimônia da Fifa.
Ele preferiu ficar nos Estados Unidos dando sequência à pré-temporada do seu time. A sua ausência na Inglaterra não parece ter sido um ato de mau perdedor, esperando uma hipotética vitória de Haaland, mas sim o constrangimento sobre um resultado surpreendente, construído pela enorme (e justa) admiração do público. No caso, do júri, composto por jornalistas, capitães, técnicos e torcedores – cada um com 25% dos votos. O vazio no palco após o anúncio do resultado pode ter sepultado esse sistema de votação…
Os melhores do mundo em mais de um ano
8 vezes – Messi (2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019, 2022 e 2023)
5 vezes – Cristiano Ronaldo (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017)
3 vezes – Ronaldo (1996, 1997 e 2002)
3 vezes – Zidane (1998, 2000 e 2003)
2 vezes – Ronaldinho (2004 e 2005)
2 vezes – Lewandowski (2020 e 2021)
Ranking de prêmios de melhor do mundo (1991-2023)
1º) 7-7-1: Messi (ARG)
2º) 5-6-2: Cristiano Ronaldo (POR)
3º) 3-1-2: Zidane (FRA)
4º) 3-1-1: Ronaldo (BRA)
5º) 2-0-1: Ronaldinho (BRA)
6º) 2-0-0: Lewandowski (POL)
7º) 1-1-0: Figo (POR), Romário (BRA) e Weah (LBR)
10º) 1-0-1: Rivaldo (BRA) e Roberto Baggio (ITA)
12º) 1-0-0: Cannavaro (ITA), Kaká (BRA), Matthaus (ALE), Modric (CRO) e Van Basten (HOL)
17ª) 0-2-0: Beckham (ING), Stoichkov (BUL) e Thierry Henry (FRA)
20º) 0-1-1: Iniesta (ESP) e Mbappé (FRA)
22º) 0-1-0: Haaland (NOR), Lampard (ING), Maldini (ITA), Oliver Khan (ALE), Papin (FRA), Roberto Carlos (BRA) e Van Dijk (HOL)
29º) 0-0-3: Xavi (ESP)
30º) 0-0-2: Bergkamp (HOL), Neymar (BRA) e Salah (EGT)
33º) 0-0-1: Alan Shearer (ING), Batistuta (ARG), Benzema (FRA), Eto’o (CAM), Fernando Torres (ESP), Griezmann (FRA), Klinsmann (ALE), Liniker (ING), Neuer (ALE), Raúl (ESP), Ribéry (FRA), Shevchenko (UCR), Suker (CRO) e Thomar Hassler (ALE)
* Lista no formato olímpico, com ouro, prata e bronze; ao todo, 46 jogadores de 17 países
Ranking de prêmios por país (1991-2023)
1º) 8-7-2: Argentina
2º) 8-3-5: Brasil
3º) 6-7-2: Portugal
4º) 3-5-6: França
5º) 2-1-1: Itália
6º) 2-0-0: Polônia
7º) 1-1-3: Alemanha
8º) 1-1-2: Holanda
9º) 1-1-0: Libéria
10º) 1-0-1: Croácia
11º) 0-3-2: Inglaterra
12º) 0-2-0: Bulgária
13º) 0-1-6: Espanha
14º) 0-0-2: Egito
15º) 0-0-1: Camarões, Noruega e Ucrânia
* Lista no formato olímpico, com ouro, prata e bronze; ao todo, 17 países
Abaixo, a publicação oficial da Fifa com a pontuação dos três finalistas do The Best 2023.
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