Esse clássico regional não acontecia há dois anos. Veja os gols abaixo. Foto: Paulo Paiva/Sport.
A arena em São Lourenço recebeu o maior público do futebol pernambucano neste início de temporada, com 25.005 torcedores. Foi o reencontro dos finalistas da Copa do Nordeste de 2022, com título tricolor no Castelão. Por sinal, o time cearense sendo comandado por Juan Pablo Vojvoda. Naquela decisão, o técnico do Sport foi Gilmar Dal Pozzo. Depois, passaram Lisca, Claudinei Oliveira e Enderson Moreira, até chegar o também argentino Mariano Soso, que se mostrou ousado nesta noite. O treinador rubro-negro escalou um time com um volante e apostou tudo na ofensividade. Isso diante de um rival eficiente e bem treinado.
Nesta temporada, este foi o segundo duelo do leão pernambucano contra um time da Série A. Na estreia da Lampions, o Bahia teve 35 x 8 no scout de finalizações. Um dado que assustou. Nesta noite, o esquema de Soso acabou funcionando, em boa parte dos 90 minutos, e o Sport teve 17 x 7. Chutou e jogou bem. No 1T, o Sport teve 60% de posse de bola, se movimentou bastante, ao contrário do que vinha fazendo, e tentou criar também. Só faltou pontaria, mas o scout de finalizações mostra a diferença no volume, com 8 x 3 a favor do rubro-negro, incluindo duas boas chances com Coutinho, que mandou pra fora.
Lei do Ex funcionou no fim
Dito isso, a qualidade técnica do adversário era considerável e subiu ainda mais após a entrada de Moisés, aos 35 minutos. Vojvoda nem esperou o intervalo para tirar o apagado Luquinhas. E coube justamente ao atacante, recomprado por R$ 18,4 milhões, a execução letal do contragolpe aos 45 minutos. Deixou o visitante em vantagem no único chute na barra. Apesar do baque, a torcida do Sport aplaudiu o time. No 2T, o laion começou mais perigoso. Acertou o travessão com Lucero e seguiu forçando o erro da dupla de zaga do leão – algo que, na minha visão, parecia iminente. Contudo, o Sport conseguiu retomar as rédeas e seguiu tentando. Sem o mesmo gás, sem a mesma profundidade.
Até que o mandante enfim conseguiu, num lance iniciado curiosamente na bola parada, num escanteio. Aos 39 minutos, o volante Zé Welison agarrou Coutinho na área. Pênalti. Comprado por R$ 7 milhões junto ao próprio Fortaleza, Gustavo Coutinho mandou o foguete e empatou. O centroavante chegou a 6 gols em 11 jogos no ano e definiu o animado empate em 1 x 1 na Arena Pernambuco. Este foi o melhor jogo do rubro-negro em 2024.
Escalação do Sport, 1 (melhores: Lucas Lima e Pedro Lima; piores: Romarinho e Thyere)
Caíque França; Felipinho, Rafael Thyere, Luciano Castán e Pedro Lima; Felipe, Fabricio Domínguez (Pedro Vilhena) e Alan Ruiz (Tití Ortíz); Gustavo Coutinho, Lucas Limas e Romarinho (Arthur Caíke). Técnico: Mariano Soso
Escalação do Fortaleza, 1 (melhor: Moisés; pior Luquinhas)
João Ricardo (Santos); Tinga, Brítez, Cardona e Escobar (Titi); Pedro Augusto, Pochettino (Zé Welison) e Luquinhas (Moisés); Yago Pikachu, Lucero e Machuca (Kauan). Técnico: Juan Pablo Vojvoda
Histórico geral de Sport x Fortaleza
47 jogos (todos os mandos)
21 vitórias rubro-negras (44,6%)
15 empates (31,9%)
11 vitórias tricolores (23,4%)
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Abaixo, veja o gol de Moisés, deixando o leão cearense em vantagem aos 45/1T.
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— Fortaleza Esporte Clube 🦁 (@FortalezaEC) February 22, 2024
Agora veja a penalidade convertida por Gustavo Coutinho aos 39/2T, definindo o empate.
VAAAAAAAAAAMOOOOOOO!!!! GUSTAVO COUTINHO! 9️⃣ pic.twitter.com/mfotOPMR1I
— Sport Club do Recife (@sportrecife) February 22, 2024