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Botafogo 3 x 1 Atlético-MG

Com 10 kg e 99 cm, a Taça Libertadores enfim chega a General Severiano. Foto: Conmebol/Twitter.

Se fosse um filme, teria sido um roteiro forçado. Pra acreditar, só vendo mesmo, como quase todo mundo que gosta de futebol viu. Em sua primeira final na Libertadores, o Botafogo teve um jogador expulso com apenas 35 segundos. Sim, 35. Numa entrada imprudente, o volante Gregore recebeu o vermelho direito e deixou o time favorito com dez. A expectativa de um volume ofensivo do Bota viraria uma posse de bola dominante do Atlético Mineiro até o fim. Só que o Galo, apesar da situação favorável, acabou ansioso demais, sem criar grandes chances. Bem postado em campo, sem precisar de substituições do técnico Arthur Jorge, o Botafogo foi suportando, suportando… e mudou o rumo da decisão em Buenos Aires.

Com o atacante Luiz Henrique brilhando, o Fogão marcou dois gols ainda no 1º tempo. O placar, pelo que foi o jogo, era impactante. Tanto que o time de Belo Horizonte voltou com três mudanças para o 2º tempo. E descontou logo no primeiro minuto, com o Botafogo tendo que suportar ainda mais De fato, virou uma final duríssima, pois o Atlético melhorou e teve duas chances cara a cara com Vargas, que mandou por cima. Aos 52 minutos, no último minuto de acréscimo, Júnior Santos, o goleador carioca nesta Liberta, foi até a linha de fundo, passou pelo defensor, cruzou, pegou o próprio rebote e conseguiu ampliar: 3 x 1.

Em mais de 90 minutos, o Fogão teve apenas 20% de posse bola e só finalizou três vezes na barra. Mas foram três gols no sábado, os três da vitória mais importante da história do Botafogo. Copeiro, o Glorioso volta a ganhar um título de expressão após quase 30 anos – a lacuna vinha desde o Brasileirão de 1995. E ganhou uma disputa cujo apelido parece remeter ao próprio clube. Afinal, alcançou a “Glória Eterna”. Sendo a primeira SAF a conquistar a América, o Botafogo de John Textor já coloca na galeria histórica um time com reforços milionários e outros achados incríveis do seu scout. É, realmente, tempo de Botafogo.

Invasão carioca em Buenos Aires

O Monumental de Nuñez se vestiu de uniformes alvinegros como nunca se viu. Na maior invasão da torcida brasileira em outro país, Botafogo e Atlético Mineiro fizeram uma final insana na Copa Libertadores da América de 2024. A decisão na capital da Argentina contou com cerca de 60 mil torcedores nas arquibancadas, com as duas camisas tradicionais dando o mesmo tom em todos os setores. Aproximadamente 45 mil delas saíram do Brasil.

A quantidade foi suficiente para deixar cheio o maior estádio da América do Sul – hoje, a “cancha” do River Plate pode receber até 84.567 pessoas. Vale destacar que a maioria da torcida foi do Botafogo, cuja invasão no exterior vai dar trabalho para ser superada. E olhe que o novo campeão ainda encheu o seu próprio estádio. No Nilton Santos, 50 mil pessoas viram pelo telão um script que, aparentemente, só seria possível com esse clube mesmo.

Fogão garantiu vaga em dois Mundiais de Clubes

Com a nova taça, o Botafogo tornou-se o 27º vencedor diferente da Libertadores, sendo o 12º do país – que inclusive chegou ao “hexa”. Ou seja, todos os nomes do velho “G12” agora têm ao menos um título do principal torneio sul-americano. No caso, os grandes do RJ, SP, MG e RS. Tem mais. A volta olímpica no Monumental ainda rendeu “dois bilhetes” para o Mundial de Clubes! O primeiro será já em dezembro, na Copa Intercontinental da Fifa.

Trata-se do novo nome da tradicional disputa anual, cuja decisão de 2024 será contra o Real Madrid. Contudo, a estreia do representante sul-americano será nas quartas de final, contra o Pachuca do México, no dia 11, no Catar. Já a outra vaga será para a revitalizada Copa do Mundo de Clubes, que será realizada nos EUA entre junho e julho de 2025. Terá nada menos que 32 clubes, sendo quatro brasileiros. Palmeiras, Fla e Flu já estavam garantidos, também via títulos da Libertadores. Restava um lugar. Com méritos, esse lugar é do Botafogo.

Abaixo, assista ao apito final na decisão da Libertadores direto da arquibancada superior. A vitória da Estrela Solitária valeu uma premiação de US$ 23 milhões, ou R$ 137,3 milhões.

Ranking da Libertadores entre brasileiros

1º) 3 títulos: São Paulo (3 vices), Palmeiras (3), Grêmio (2), Santos (2) e Flamengo (1)
6º) 2 títulos: Cruzeiro (2) e Internacional (1)
8º) 1 título: Fluminense (1), Atletico-MG (1), Vasco (0), Corinthians (0) e Botafogo (0)
13º) Nenhum: Athletico-PR (2) e São Caetano (1)

Ranking da Libertadores entre países

1º) 25 títulos: Argentina (13 vices)
2º) 24 títulos: Brasil (19)
3º) 8 títulos: Uruguai (8)
4º) 3 títulos: Colômbia (7) e Paraguai (5)
6º) 1 título: Chile (5) e Equador (3)
8º) Nenhum: México (3) e Peru (2)

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