Anúncio da Betnacional
Compartilhe!

Os clubes mais valiosos do Nordeste

A evolução do “valuation” dos oito clubes nordestinos presentes no estudo de 2024.

A quinta versão do estudo produzido pela Sports Value aponta uma avaliação econômica de R$ 42,8 bilhões sobre os 40 maiores times do país. Em relação ao ano passado, o aumento foi de R$ 8,4 bilhões, com alta 24,4%. Esta atualização considera a inflação e o câmbio da moeda brasileira, assim como a chegada de investimentos nas SAFs. Antes, eram 11 clubes avaliados em mais de R$ 1 bilhão. Hoje são 13. Sem surpresa, a lista é liderada pelo Flamengo, ponteiro nas cinco edições. Na verdade, o Fla já se aproxima da casa dos R$ 5 bilhões. Atualmente vale R$ 4,8 bi, tendo R$ 923 milhões a mais que o segundo colocado, o Palmeiras. Somados, os dois clubes mais valiosos, que ganharam quatro das últimas seis edições da Libertadores, estão estimados em R$ 8,8 bilhões, ou 20,6% do “Top 40”. Falando em Liberta, o Botafogo, campeão em 2024, teve a maior valorização. Subiu R$ 1,2 bilhão e passou de 14º para 9º.

Bahia reassume a liderança da região

Em relação ao futebol do Nordeste, o estudo traz oito clubes pela segunda vez seguida. Além do “G7”, com os grandes do Recife, Salvador e Fortaleza, o CRB também chegou à marca de R$ 100 milhões, o piso deste novo ranking. O clube de Maceió fechou a lista nacional tanto em 2023 quanto em 2024. Portanto, esses times (Bahia, Fortaleza, Sport, Ceará, Santa Cruz, Vitória, Náutico e CRB, nesta ordem) estão avaliados em R$ 3,355 bilhões. Em um ano, o aumento deste pelotão ano foi de R$ 653 milhões, com alta de 24,1%. Creio que a tendência seja aumentar ainda mais em 2025, já que cinco deles disputarão a primeira divisão.

Desses oito nomes em 2024, cinco tiveram aumento bruto no “valuation”, com destaque absoluto para o Bahia. Líder regional neste quesito em 2020, 2021 e 2022, o Baêa caiu para 3º lugar no NE em 2023. Agora, ultrapassou Fortaleza e Sport e reassumiu a ponta. Impulsionado pela SAF junto ao Grupo City, o clube praticamente dobrou a sua avaliação econômica, indo de R$ 459 milhões para R$ 875 milhões. A estimativa da Sports Value subiu em 90,6%! Caminhando assim, poderá ser o primeiro nordestino a bater em R$ 1 bilhão. O curioso é que Fortaleza e Sport também cresceram bem nesta temporada, com R$ 118 mi e R$ 133 mi, respectivamente, mas não conseguiram impedir a mudança no pódio.

Quem também mudou de patamar foi o Vitória. Com dois acessos seguidos, indo da Série C pra Série A, o leão baiano subiu 94,5% e chegou a R$ 249 milhões. Ganhou sete posições no ranking nacional e virou Top 30. No viés nordestino, passou o Náutico e está em 6º lugar. Porém, segue atrás do Santa, que ficou fora da pirâmide do Campeonato Brasileiro após 55 anos. A avaliação consistente dos corais está no patrimônio, com o Arruda sendo um enorme diferencial. O mesmo ocorre com o Náutico e o estádio dos Aflitos, ainda que o timbu tenha tido a pior desvalorização da região em 2024, com queda de R$ 66 milhões, ou -26,8%.

Como se chega ao “Valuation”

A projeção da consultoria Sports Value é feita em quatro pilares, com ativos (caixa no banco, aplicações, estádio, centro de treinamento e edificações), direitos econômicos de jogadores (não foi informada a origem deste cálculo), valor da marca (torcida/mercado consumidor, engajamento e distribuição geográfica) e direitos esportivos (receitas garantidas nas competições, TV e premiações). Ou seja, a avaliação anual é flutuante, como ficou claro no comparativo entre os nordestinos. Confira os rankings anteriores: 2020, 2021, 2022 e 2023.

Abaixo, a lista com os 40 clubes mais valiosos do país até dezembro de 2024, de acordo com a Sports Value, com o valor absoluto de cada um. Entre parênteses e em sequência, a variação em reais sobre o “valuation” de 2023 e a mudança sobre a respectiva colocação anterior.

Do 1º ao 10º lugar

1º) R$ 4,879 bi: Flamengo (+363 mi; igual)
2º) R$ 3,956 bi: Palmeiras (+383 mi; igual)
3º) R$ 3,702 bi: Corinthians (+631 mi; igual)
4º) R$ 3,387 bi: Atlético-MG (+434 mi; igual)
5º) R$ 2,869 bi: São Paulo (+655 mi; igual)
6º) R$ 2,524 bi: Internacional (+400 mi; igual)
7º) R$ 2,293 bi: Athletico-PR (+203 mi; igual)
8º) R$ 2,162 bi: Fluminense (+713 mi; igual)
9º) R$ 1,857 bi: Botafogo (+1,259 bi; +5)
10º) R$ 1,839 bi: Grêmio (+802 mi; +1)

Do 11º ao 20º lugar

11º) R$ 1,472 bi: Cruzeiro (+706 mi; +1)
12º) R$ 1,438 bi: Red Bull Bragantino (+251 mi; -3)
13º) R$ 1,207 bi: Vasco (+704 mi; +4)
14º) R$ 925 mi: Santos (-259 mi; -4)
15º) R$ 875 mi: Bahia (+416 mi; +4)
16º) R$ 754 mi: Fortaleza (+118 mi; -3)
17º) R$ 638 mi: América-MG (+56 mi; -2)
18º) R$ 601 mi: Sport (+133 mi; igual)
19º) R$ 464 mi: Goiás (+125 mi; +3)
20º) R$ 449 mi: Atlético-GO (-1 mi; igual)

Do 21º ao 30º lugar

21º) R$ 416 mi: Coritiba (-149 mi; -4)
22º) R$ 371 mi: Cuiabá (+60 mi; +1)
23º) R$ 341 mi: Ceará (-79 mi; -2)
24º) R$ 334 mi: Criciúma (+200 mi; +10)
25º) R$ 301 mi: Guarani (+8 mi; -1)
26º) R$ 265 mi: Avaí (+3 mi; igual)
27º) R$ 255 mi: Santa Cruz (-8 mi; -2)
28º) R$ 251 mi: Ponte Preta (+10 mi; igual)
29º) R$ 249 mi: Vitória (+121 mi; +7)
30º) R$ 221 mi: Juventude (+3 mi; -1)

Do 31º ao 40º lugar

31º) R$ 185 mi: Paysandu (+21 mi; +1)
32º) R$ 183 mi: Chapecoense (+88 mi; +5)
33º) R$ 180 mi: Náutico (-66 mi; -6)
34º) R$ 176 mi: Portuguesa (-8 mi; -4)
35º) R$ 173 mi: Remo (+1 mi; -4)
36º) R$ 146 mi: Vila Nova (+2 mi; -3)
37º) R$ 140 mi: Botafogo-SP (+50 mi; +1)
38º) R$ 130 mi: Paraná Clube (igual; -3)
39º) R$ 114 mi: Mirassol (n/d)
40º) R$ 100 mi: CRB (+18 mi; igual)

A seguir, o histórico de “valuation” dos clubes do Nordeste listados nos cinco anos do estudo da Sports Value, num ordenamento a partir do ranking atual. Entre parênteses, as colocações nos rankings nacional e regional. À direita, a letra correspondente à divisão no Brasileirão.

Bahia

2020: R$ 550 milhões (14º BR e 1º NE), Série A
2021: R$ 459 milhões (15º BR e 1º NE), Série A
2022: R$ 594 milhões (15º BR e 1º NE), Série B
2023: R$ 459 milhões (19º BR e 3º NE), Série A
2024: R$ 875 milhões (15º BR e 1º NE), Série A
2025: Série A

Fortaleza

2020: R$ 254 milhões (24º BR e 6º NE), Série A
2021: R$ 351 milhões (18º BR e 2º NE), Série A
2022: R$ 545 milhões (16º BR e 2º NE), Série A
2023: R$ 636 milhões (13º BR e 1º NE), Série A
2024: R$ 754 milhões (16º BR e 2º NE), Série A
2025: Série A

Sport

2020: R$ 412 milhões (16º BR e 2º NE), Série A
2021: R$ 345 milhões (19º BR e 3º NE), Série A
2022: R$ 408 milhões (21º BR e 4º NE), Série B
2023: R$ 468 milhões (18º BR e 2º NE), Série B
2024: R$ 601 milhões (18º BR e 3º NE), Série B
2025: Série A

Ceará

2020: R$ 259 milhões (23º BR e 5º NE), Série A
2021: R$ 292 milhões (24º BR e 5º NE), Série A
2022: R$ 445 milhões (20º BR e 3º NE), Série A
2023: R$ 420 milhões (21º BR e 4º NE), Série B
2024: R$ 341 milhões (23º BR e 4º NE), Série B
2025: Série A

Santa Cruz

2020: R$ 292 milhões (20º BR e 3º NE), Série C
2021: R$ 295 milhões (23º BR e 4º NE), Série C
2022: R$ 272 milhões (26º BR e 6º NE), Série D
2023: R$ 263 milhões (25º BR e 5º NE), Série D
2024: R$ 255 milhões (27º BR e 5º NE), sem série
2025: Série D

Vitória

2020: R$ 204 milhões (26º BR e 7º NE), Série B
2021: R$ 155 milhões (30º BR e 7º NE), Série B
2022: R$ 112 milhões (35º BR e 7º NE), Série C
2023: R$ 128 milhões (36º BR e 7º NE), Série B
2024: R$ 249 milhões (29º BR e 6º NE), Série A
2025: Série A

Náutico

2020: R$ 263 milhões (22º BR e 4º NE), Série B
2021: R$ 287 milhões (25º BR e 6º NE), Série B
2022: R$ 277 milhões (25º BR e 5º NE), Série B
2023: R$ 246 milhões (27º BR e 6º NE), Série C
2024: R$ 180 milhões (33º BR e 7º NE), Série C
2025: Série C

Financiamento coletivo
Pesquisa do Datafolha aponta as 18 maiores torcidas do Brasil em 2024; veja o ranking


Compartilhe!