Como o empate em 1 x 1, o Leão está a 7 pontos do 16º colocado. Foto: Ricardo Duarte/Inter.
Apesar da pior largada na história dos pontos corridos na Série A, a torcida atendeu ao chamado. Foram 22 mil rubro-negros na Ilha do Retiro na tarde deste domingo. Essa gente encheu a arquibancada e depositou alguma confiança num time esfarelado na competição. O contexto até foi promissor. Focado na Libertadores, tendo um jogo-chave contra o Bahia na próxima quarta, o Internacional poupou cinco titulares. Sequer viajaram, com várias opções no banco sendo do Sub 20. Ainda assim, o Sport foi incapaz e amargou o empate. Por sinal, a última vitória do clube foi em 22 de março, diante do Retrô, ainda pelo Estadual.
Leão até abriu o placar desta vez
Mesmo montado com três zagueiros, o Sport começou pressionando e abriu o placar logo aos 6 minutos. Num cruzamento rasteiro, o goleiro Anthoni soltou a bola e Chrystian Barletta aproveitou bem. O time pernambucano ainda seguiu no ataque por algum momento, mas depois recuou e deu a bola ao adversário. Até o intervalo, o Inter teve 73% de posse de bola, com 12 x 4 nas finalizações. Neste recorte, a diferença foi a efetividade, já que o mandante teve 3 x 1 no número de chutes certos. O ferrolho defensivo, mesmo com peças questionáveis, evitou chances claras do visitante dentro da área.
O Sport voltou com a mesma formação, mas foi a vez do time gaúcho balançar as redes rapidamente. Aos 3 minutos, Gustavo Prado, de 19 anos, recebeu na ponta esquerda e mandou no ângulo. Caíque não chegou na bola – vem fazendo falta um nível com “defesas difíceis” neste Brasileirão. A partir dali, a falta de confiança do Sport pesou e o jogo ficou mais perigoso. Afinal, o Leão nem atacava bem e nem defendia bem. E o técnico Antônio Oliveira só mexeu aos 25 minutos. Pra surpresa de quem estava assistindo ao jogo, ele sacou Sérgio Oliveira e Barletta, os mais lúcidos, e colocou Du Queiroz e Tití Ortiz. Não só não abriu mão do trio defensivo como reduziu consideravelmente o poder ofensivo.
Treinador sem senso de urgência
Sem vitória num torneio de que dá poucas chances de recuperação, o senso de urgência passou longe. Conforme dito pelo próprio português, que citou Xabi Alonso (!) para justificar o ofensividade com três zagueiros, não era questão de abrir mão para reforçar o ataque. Era mais simples. Era ver que cabia, diante da descaracterização do adversário, um ajuste pensando na campanha. O empate já não era negociável. Enfim, as trocas não funcionaram e só nove minutos colocou um atacante no lugar de um zagueiro. A escolha foi por Romarinho, que vive péssima fase e foi “redescoberto” pelo treinador. Mas ainda não justificou o motivo.
Para completar, o adversário ficou com um a menos após o vermelho direito para Ronaldo, via VAR. Com nove minutos de acréscimos, o Sport até teve um bom tempo para tentar vencer, mas a desorganização já estava estabelecida – a partir de um ideal voltado apenas para o 3-5-2, dando certo ou não. O Sport acabou empatando com o Inter em 1 x 1 e chegou a dez rodadas sem vitória na primeira divisão. Atualizando a campanha: 0V, 3E e 7D. Apenas 3 pontos em 30 disputados. Parece bastante claro que o elenco do Sport é desnivelado, tanto para competir quanto numa análise individual, mas esse curto trabalho de Antônio Oliveira está piorando o que já era ruim. Fica difícil até mobilizar tanta gente mais uma vez…
Escalação do Sport, 1 (melhores: Sergio e Zé Lucas; piores: Caíque e Pablo)
Caíque França; Lucas Cunha (Romarinho), Antônio Carlos, Chico, Hereda; Sérgio Oliveira (Titi Ortíz), Zé Lucas (Rodrigo Atencio), Lucas Lima e Igor Cariús (Dalbert); Chrystian Baretta (Du Queiroz) e Pablo. Técnico: António Oliveira
Escalação do Internacional, 1
Anthoni; Aguirre, Juninho, Clayton Sampaio, Bernabéi; Ronaldo, Thiago Maia (Luis Otávio), Gustavo Prado (Raykkonen), Óscar Romero (Vitinho), Bruno Tabata (Yago Noal); Ricardo Mathias (Lucca). Técnico: Roger Machado
Histórico geral de Sport x Internacional
47 jogos (todos os mandos)
10 vitórias rubro-negras (21,2%)
18 empates (38,2%)
19 vitórias gaúchas (40,4%)
* Ainda houve um W.O. a favor do Sport em 24/01/1988
Pela Série A: 41 jogos, com 9V do Leão, 15E e 17V do Colorado
Os 10 maiores públicos do Sport em 2025
1º) 26.324 pessoas: Sport 1 x 2 Palmeiras (Série A, 06/04)
2º) 24.884 pessoas: Sport (4) 1 x 2 (2) Retrô (Estadual, 02/04)
3º) 21.921 pessoas: Sport 1 x 1 Internacional (Série A, 25/05)
4º) 18.044 pessoas: Sport 2 x 0 Santa Cruz (Estadual, 08/03)
5º) 16.006 pessoas: Sport 0 x 4 Cruzeiro (Série A, 11/05)
6º) 13.515 pessoas: Sport 0 x 0 Fortaleza (Série A, 26/04)
7º) 13.023 pessoas: Sport 1 x 2 Náutico (Estadual, 15/02)
8º) 12.621 pessoas: Sport 0 x 1 Bragantino (Série A, 16/04)
9º) 11.200 pessoas: Sport 0 x 2 Fortaleza (Nordestão, 04/02)
10º) 10.014 pessoas: Sport 4 x 1 Jaguar (Estadual, 29/01)
* Dados até 25 de maio
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Abaixo, assista ao gol rubro-negro, anotado por Barletta aos 6 minutos do 1º tempo.
É GOL DO SPORT! É GOL COM A ILHA DO RETIRO FERVENDO. É A NOSSA FORÇA! pic.twitter.com/VgnuhN8PBQ
— Sport Club do Recife (@sportrecife) May 25, 2025