O arquipélago de Fernando de Noronha foi integrado ao estado de Pernambuco em 5 de outubro de 1988. Desde então, em tese, passou a ficar ao alcance da FPF. No entanto, em três décadas, não houve qualquer participação oficial, tanto de times quanto na realizações de competições de futebol. Em 2019, enfim, haverá o primeiro torneio insular com chancela.
A federação pernambucana firmou um acordo para dar suporte técnico a um campeonato juvenil na ilha, junto à administração distrital. Com seis times, a “Copa Noronha” será formada pelas vilas e empresas locais – semelhante à disputa adulta. Ao todo, 90 ilhéus de até 17 anos envolvidos na disputa, com tabela (turno único, semi e final) e arbitragem sob responsabilidade da centenário entidade da Boa Vista. Pela regra no estado, os jogos da categoria duram 80 minutos.
O torneio, entre fevereiro e março, será no Pianão, o único estádio oceânico do país.
A ideia de promover o futebol na ilha surgiu com metas a médio prazo. Além da regularidade da competição, há a possibilidade de a seleção noronhense ser filiada à FPF para a disputa de campeonatos com nível semiprofissional – hoje, é um time totalmente amador. Assim, poderia vislumbrar uma participação na terceira divisão local, que será reativada. Em 2020 ou 2021. Naturalmente, o custo com passagens aéreas seria um grande empecilho. Daí, a necessidade de firmar parcerias – inclusive para facilitar a vida dos rivais, com o mesmo deslocamento.
A nova estrutura divisional do futebol pernambucano
1ª divisão (A1) – 10 times (2 descensos)
2ª divisão (A2) – 10 times (2 acessos e 2 descensos)
3ª divisão (A3) – nº a definir (2 acessos)
Obs. Caso o plano avance e um dia, num futuro ainda distante, Noronha chegue à primeira divisão, ainda assim não será localidade menos povoada na história da competição. Entre 2003 e 2005, Itacuruba, da cidade de mesmo nome, disputou o Estadual. Na época, tinha 2,4 mil moradores.