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Rodrigo Baltar/Santa Cruz

Superior tecnicamente e mais ajustado taticamente, o Bahia foi de fato mais efetivo e venceu o Santa Cruz por 3 x 1 na Arena Pernambuco, na segunda rodada da Copa do Nordeste. Este foi o 77º confronto na história do clássico regional, disputado desde a década de 1930. No entanto, em termos financeiros, nunca houve uma disparidade como agora. Considerando os orçamentos previstos nesta temporada, R$ 143 milhões para o Bahia e R$ 10 milhões para o Santa. Ou seja, 14x mais. Dificilmente não veríamos isso em algum momento da partida.

E fez, sim, diferença. Enquanto o Santa Cruz jogou mais uma vez sem Pipico, ainda se recuperando de lesão muscular, e com o lateral-esquerdo reserva, o Bahia já começa a utilizar as suas principais peças, como o lateral-esquerdo Moisés, contratado por R$ 1,75 mi – para citar uma mesma posição carente no time pernambucano. O substituto coral, Raphael Soares, não deu conta alguma no corredor, com Nino chegando com muito perigo no 1T. Na primeira tentativa, Ernesto fez ótima defesa. Na segunda, arriscou um cruzamento rasteiro e Marcos Martins fez contra.

É verdade que os corais tiveram um volume de jogo interessante na primeira etapa, com Douglas trabalhando. Por isso, foi o justo o gol de Elias. Aliás, um belo gol. Com lançamento de Jô e batida certeira de fora da área da promessa coral. Com a igualdade e jogando na base da vontade, o Santa acabaria brecado em 9 minutos no 2T, após dois gols de Gilberto, destaque no título pernambucano de 2011. Em boa fase, o centroavante fez um de cabeça e outro mostrando oportunismo, a se aproveitar de um chute desviado. Ali, o jogo esfriou, com o Baêa definindo o 3 x 1 – na verdade, desperdiçou a chance de golear. Ao tricolor do Arruda, a Lampions continuará, com duelos mais parelhos tecnicamente pela frente.

Escalação do Santa (melhor: 1 Elias; piores: 1 Raphael, 2 Augusto)
Ricardo Ernesto; Marcos Martins, Vitão, danny Morais e Raphael Soares; Diego Lorenzi, Charles e Allan Dias; Augusto (Cesinha, 14/2T), Elias (Silas, 31/2T) Carioca e Jô (Luiz Felipe, 16/2T). Técnico: Leston Júnior

Escalação do Bahia (melhores: 1 Gilberto, 2 Nino, 3 Artur; pior: Rogério)
Douglas; Nino, Jackson, Lucas Fonseca e Moisés; Gregore, Flávio e Guilherme (Douglas Augusto, 31/2T); Artur (Shaylon, 43/2T), Gilberto e Rogério (Elber, intervalo). Técnico: Enderson Moreira

Histórico geral de Santa Cruz x Bahia (todos os mandos)
77 jogos
23 vitórias pernambucanas (29,8%)
18 empates (23,3%)
36 vitórias baianas (46,7%)

Santa Cruz como mandante na Arena Pernambuco
18 jogos
8 vitórias
7 empates
3 derrotas
57,4% de aproveitamento

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Cascio Cardoso e Celso Ishigami):

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