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Anderson Stevens/Sport Club do Recife

A saída de Milton Cruz, com apenas sete jogos, pegou o Sport de surpresa, pois ele foi peça essencial na montagem do elenco. Em relação ao comando técnico, porém, não deixou uma grande lacuna. E foi rapidamente preenchida por um nome, creio, melhor para este trabalho.

Guto Ferreira chega com o mesmo custo do antecessor – ou seja, diminuiu o seu patamar financeiro neste momento de Série B. Campeão da Copa do Nordeste de 2017, quando comandou o Bahia contra o próprio Sport, Guto tem como característica a organização defensiva, com equipes com papéis bem definidos dentro do campo – em alguns momentos, isso causa um “engessamento” de alguns jogadores. Em termos de resultado no campo, é competitivo como mandante e extremamente conservador como visitante, com poucas vitórias fora de casa.

No Sport, ainda “iniciando” 2019, embora já em crise, Guto encontra um time tecnicamente aceitável para a segunda divisão nacional, mas sem conjunto e rotação, tendo como dúvida, também, o cenário financeiro, com a luta para manter os salários em dia. Embora seja oito anos mais novo que Milton Cruz, Guto tem muito mais jogos como treinador (350 x 130).

Entre as declarações na sua coletiva de apresentação, em 21/02, destaco as seguintes:

“Para o trabalho se encaixar, demanda um tempo. Existe uma fase de adaptação e eu espero que esses jogos mais espaçados nos permitam ter o período de adaptação para que a gente coloque nossa maneira de jogar o mais rápido possível”

—> A tal maturação é uma característica do seu trabalho. Neste caso, ocorreria na Série B.

“E depois vamos buscar as peças pontuais que podem fazer a diferença. Já trabalhei com Thyere, Guilherme Lazaroni, Charles e Hernane. Contra, eu enfrentei o plantel quase todo. São jogadores de qualidade que podem fazer o Sport ser uma grande equipe”

—> No dia do seu acerto, veio à tona a negociação com Diego Souza, cuja volta surpreenderia.

“Já assumi em situação financeira pior. Na Série A, na Portuguesa, e nós conseguimos nos manter na Série A com três meses de salário atrasado graças ao nível de comprometimento dos jogadores”

—> A permanência foi em 2013. Porém, a Lusa caiu devido à escalação irregular de Heverton.

A análise do Podcast 45 Minutos (Fred Figueiroa e Cascio Cardoso):

Anderson Stevens/Sport Club do Recife


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