O slogan da nova campanha de sócios do Sport, “Abraço de tao forte não tem separação”.
O Sport recriou um pacote de “Season Ticket” visando o Campeonato Brasileiro. A primeira experiência do clube, nesta área, foi em 2017, na Série A, com a adesão de cerca de 2 mil pessoas, que garantiram ingressos para todos os jogos no Recife. Para 2019, na Série B, o clube relançou a ideia, agora com pacotes para três setores, valendo para os 19 jogos do leão na Ilha do Retiro.
A venda do “carnê de temporada” vai até a véspera da estreia do leão na competição, diante do Oeste, agendada para a Ilha do Retiro, em 26 de abril. Na prática, o carnê será um cartão-ingresso, carregado com todas as partidas. A vantagem na compra antecipada está ligada ao desconto no valor dos ingressos – abaixo, a média considerando os pacotes. Por parte do clube, a venda de pacotes deve servir para amenizar, um pouco, a drástica redução na cota de televisão (de R$ 35 mi para R$ 6 mi). O objetivo é justamente evitar receitas flutuantes, pois, neste formato, a receita estará garantida mesmo que o torcedor não vá, eventualmente, aos jogos.
Para sócios
Sociais: R$ 266 (média de R$ 14/jogo)
Arquibancada frontal: R$ 266 (R$ 14/jogo)
Para não sócios
Arquibancada frontal: R$ 475 (R$ 25/jogo)
Arquibancada da sede: R$ 190 (R$ 10/jogo)
A novidade do “Season Ticket” foi apresentada no lançamento da campanha de sócios do Sport, voltada para 2019. O projeto abordou novos planos, novos produtos/projetos, calendário de atividades e melhora na comunicação institucional. Deste balaio, também destaco a criação de uma categoria de sócio para pessoas cadastradas no programa social Bolsa Família. Ao custo de uma mensalidade de R$ 10, o “Sócio Nação” terá direito a ingresso a qualquer jogo na arquibancada da sede, com disponibilidade de 300 entradas por partida.
Esse modelo, o mais barato dos 8 planos do clube (antes, eram 4), lembra o plano “Sou Nação”, do Náutico, lançado em dezembro – no caso, ao custo de R$ 11 mensais com limitação de 600 inscritos, também beneficiários do Bolsa Família. Na versão leonina, a limitação está no número de ingressos a cada partida. Trato esse ponto como algo bem importante no futebol local, pois vai em busca de uma parcela enorme da população – infelizmente, a mais pobre. Segundo a última pesquisa de torcida feita na capital pernambucana, incluindo um perfil dos moradores, 41% dos rubro-negros recebem no máximo 1 salário mínimo, um indicativo considerável de que essa carga de 300 bilhetes/jogo não deverá dar conta.
Divisão da torcida do Sport no Recife por renda familiar*
41,5% – Até 1 salário mínimo (36%; 241.466)
31,3% – De 1 a 2 salários mínimos (33%; 182.064)
27,0% – Acima de 2 salários mínimos (41%; 156.956)
* Via Plural Pesquisa, com dados divulgados em junho de 2015. Os percentuais consideram o público total do clube na cidade, a partir da população estimada de 1.608.488 habitantes. Ao todo, o Sport teria 580.486 torcedores, o que corresponde a 36% da cidade.
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