Pela 7ª vez, a decisão da Liga dos Campeões da Uefa será “caseira”, com os finalistas do mesmo país. Após os jogos de ida da semifinal, porém, soava improvável a formação inglesa com Liverpool e Tottenham Hotspur, ambos derrotados. Uma semana depois, duas viradas sensacionais, pra lavar a alma de quem tanto gosta de futebol, como a gente.
Começando pelo Liverpool. O time vermelho havia sido goleado pelo Barcelona no Camp Nou, com um show de Messi. Com o gol qualificado no regulamento, a reversão de um 3 x 0 diante de um timaço necessitava de um rendimento perfeito de sua força máxima. E não foi o que ocorreu, pois os atacantes Salah e Firmino foram vetados por lesão. Ainda assim, no embalo do “you’ll never walk alone”, o Liverpool atropelou, fazendo 4 x 0 com uma atuação absurda do meia Wijnaldum.
No dia seguinte, em Amsterdã, o Tottenham foi dominado no 1T. Após o revés por 1 x 0, em Londres, ainda foi para o vestiário com mais dois gols no confronto. No 2T, na base do tudo ou nada, com ocupação de espaço e velocidade, como o Liverpool já havia feito (embora com técnica mais apurada), o visitante partiu para a virada através de Lucas Moura. Sem o centroavante Harry Kane, machucado, coube ao meia-atacante brasileiro a aura artilheira, com o hat-trick definido aos 50 minutos, 2 x 3 – ele só havia feito 1 gol nos 10 jogos anteriores pela Champions. Na arena do Ajax, provavelmente fez a atuação de sua vida.
A decisão inglesa será relativamente perto, na Espanha. Em 1º de junho, as duas torcidas vão dividir o Wanda Metropolitano, o moderno estádio do Atlético de Madrid, numa partida imprevisível depois do tanto que vimos na semifinal. Não por acaso, já gera expectativa.
O Liverpool chega à 9ª final e quer o hexacampeonato europeu, que escapou na última edição, diante do Real Madrid – lembrando, o clube já venceu em 1977, 1978, 1981, 1984 e 2005. Além disso, a taça faria justiça a uma temporada de muito futebol. Já o Tottenham superou a sua melhor campanha na Champions. Antes, havia alcançado a semifinal em 1962, há 57 anos! Agora, tornou-se o 40º time a chegar na decisão. Obviamente, quer ser o 23º a ficar com a orelhuda. No banco, Jürgen Klopp x Mauricio Pochettino, incansáveis…
– Tottenham: tirou Borussia Dortmund (2V), Manchester City (1V e 1D) e Ajax (1V e 1D)
– Liverpool: tirou Bayern de Munique (1V e 1E), Porto (2V) e Barcelona (1V e 1D)
– Pitaco: Liverpool
As “finais caseiras” na Champions League
1ª) 2000 (ESP) – Real Madrid 3 x 0 Valencia
2ª) 2003 (ITA) – Milan (3) 0 x 0 (2) Juventus
3ª) 2008 (ING) – Manchester United (6) 1 x 1 (5) Chelsea
4ª) 2013 (ALE) – Bayern de Munique 2 x 1 Borussia Dortmund
5ª) 2014 (ESP) – Real Madrid 4 x 1 Atlético de Madrid
6ª) 2016 (ESP) – Real Madrid (5) 1 x 1 (3) Atlético de Madrid
7ª) 2019 (ING) – Tottenham x Liverpool
Nº de “finais caseiras”
3 – Espanha
2 – Inglaterra
1 – Itália e Alemanha
Mais finais disputadas na Champions de 1956 a 2019* (+8)
1º) 16 – Real Madrid (ESP)
2º) 11 – Milan (ITA)
3º) 10 – Bayern de Munique (ALE)
4º) 9 – Juventus (ITA) e Liverpool (ING)
6º) 8 – Barcelona (ESP)
* Ao todo, 40 clubes diferentes já chegaram à decisão
Mais títulos conquistados na Champions de 1956 a 2018* (+5)
1º) 13 – Real Madrid (ESP)
2º) 7 – Milan (ITA)
3º) 5 – Barcelona (ESP), Bayern de Munique (ALE) e Liverpool (ING)
* Ao todo, 22 clubes diferentes já ergueram a taça
Nº de títulos por país de 1956 a 2019
18 – Espanha
13 – Inglaterra
12 – Itália
7 – Alemanha
6 – Holanda
4 – Portugal
1 – Escócia, França, Romênia e Sérvia