Somando as três principais divisões, a Topper é a fabricante mais presente no Campeonato Brasileiro de 2018, com dez clubes, ou 1/6 dos 60 participantes. Considerando as Séries A e B, com 38 rodadas, a marca manteve a liderança sobre o número de patrocinados em relação a 2017, mesmo com a diminuição de nove para oito equipes. Afunilando na elite, a Umbro aparece como a empresa de material esportivo mais presente no principal campeonato de futebol do país – repetindo o cenário anterior. Os 60 times estão divididos entre 21 fornecedoras tradicionais, com patrocínios/parcerias e produções terceirizadas.
Porém, vem crescendo outra vertente, com as marcas próprias. Aqui, considerei as marcas dos clubes como um grande grupo, visando a comparação com o mercado mais tradicional. Em 2016 era apenas um time, o pioneiro Paysandu. Em 2017 surgiram mais três, incluindo o Santa Cruz, através da Cobra Coral, que substituiu a Penalty, então com nove anos de casa – hoje, já está na 2ª coleção oficial. Agora, em 2018, são oito clubes ‘independentes’. Até aqui, contudo, nenhum na primeirona, embora o Bahia já tenha sinalizado a possibilidade ainda neste ano.
É preciso destacar algumas observações neste levantamento. O São Paulo iniciou o Brasileiro vestindo o padrão da Under Armour, mas rescindiu o contrato e lançou uma nova camisa, da Adidas, durante a parada para a Copa do Mundo. Caminho inverso ao do Sport, com a troca da Adidas pela Under Armour na volta do campeonato. Já na Série B o Sampaio começou a temporada vestindo o uniforme produzido pela Numer, mas acabou lançando a sua própria marca, Tubarão, que começou já com o título da Copa do Nordeste. Nos três casos, optei pelos novos padrões.
Em relação aos contratos, entre os divulgados, o Corinthians segue na dianteira, no embalo do acordo de 10 anos (!) com a Nike. São R$ 40 milhões anuais, 5 mi a mais que o Flamengo, líder até 2016. Quanto à exposição das marcas, os 760 jogos das duas principais divisões estão na grade da televisão, incluindo o pay-per-view. Logo, o alcance depende da audiência de cada clube firmado. O que explica, em parte, o quadro fragmentado na Série C, com transmissão limitada – não para Náutico e Santa, com todos os jogos na tevê por assinatura.
Série A
Umbro (6) – Atlético-PR, Bahia, Chapecoense, Cruzeiro, Grêmio e Santos
Topper (5) – Atlético-MG, Botafogo, Ceará, Paraná e Vitória
Adidas (3) – Flamengo, Palmeiras e São Paulo
Nike (2) – Corinthians e Internacional
Under Armour (2) – Fluminense e Sport
Diadora (1) – Vasco
Lupo (1) – América-MG
Série B
Marca própria (5) – CSA (Azulão), Fortaleza (Leão 1918), Juventude (19Treze), Paysandu (Lobo) e Sampaio Corrêa (Tubarão)
Adidas (3) – Coritiba, Figueirense e Ponte Preta
Topper (3) – Brasil-RS, Goiás e Guarani
Embratex (2) – Boa Esporte e Criciúma
Rinat (2) – CRB e Vila Nova
Deka (1) – Oeste
Joma (1) – São Bento
Karilu (1) – Londrina
Numer (1) – Atlético-GO
Umbro (1) – Avaí
Série C
Kanxa (4): Botafogo-SP, Globo, Juazeirense e Luverdense
Marca própria (3): Joinville (Octo), Santa Cruz (Cobra Coral), Atlético-AC (sem nome)
Karilu (2): Botafogo-PB e Operário-PR
Topper (2): Náutico e Remo
Icone (1): Volta Redonda
Alluri (1): Salgueiro
Clanel (1): Ypiranga
ERK (1): ABC
GSport (1): Tupi
Numer (1): Confiança
Rhumell (1): Bragantino
Umbro (1): Cuiabá
Vettor (1): Tombense
Nº de marcas das Séries A, B e C
10 Topper, 8 marcas próprias, 8 Umbro, 6 Adidas, 4 Kanxa, 3 Karilu, 2 Embratex, 2 Nike, 2 Numer, 2 Rinat, 2 Under Armour, 1 Alluri, 1 Clanel, 1 Deka, 1 Diadora, 1 ERK, 1 GSport, 1 Ícone, 1 Joma, 1 Lupo, 1 Rhumell e 1 Vettor
Patrocínio/ano, entre os divulgados (entre parênteses, o fim do contrato)
R$ 40 milhões – Corinthians (2029)
R$ 37 milhões – Flamengo (2023)
R$ 20 milhões – Palmeiras (2018)
R$ 17 milhões – Grêmio (2018)
R$ 15 milhões – Internacional (2019)
R$ 13 milhões – Atlético-MG (2021) e Botafogo (2019)
R$ 10 milhões – Cruzeiro (2019)
R$ 8 milhões – Santos (2020)
R$ 5 milhões – Atlético-PR (2018)