Finalmente, o “árbitro de vídeo” será utilizado numa Copa do Mundo. Em 2018, após alguns anos de testes, a estrutura será grande na Rússia. Mas ao contrário do que se imaginava, com uma sala especial para o ‘VAR’ em cada estádio, haverá uma central exclusiva em Moscou – semelhante ao modelo adotado no futebol americano, com a central da NFL em Nova York.
No Mundial, a estrutura de análise está no centro de transmissão, o Internacional Broadcast Centre. Em 2014, no Mundial do Brasil, o IBC ficou no Rio de Janeiro. A equipe será responsável pela checagem dos lances das 64 partidas. Cada jogo terá um árbitro de vídeo (VAR – sigla em inglês para ‘video assistant referee’) e três assistentes de vídeo (AVAR1, AVAR2 e AVAR3).
Em relação aos árbitros de vídeo, a Fifa selecionou 13 nomes que terão apenas essa função durante a Copa. Eis a lista: Al Jassim (QAT), Wilton Sampaio (BRA), Gery Vargas (BOL), Mauro Vigliano (ARG), Bastian Dankert (ALE), Artur Dias (POR), Pawel Gil (POL), Massimiliano Irrati (ITA), Tiago Lopes (POR), Danny Makkelie (HOL), Daniele Orsato (ITA), Paolo Valeri (ITA) e Felix Zwayer (ALE). O representante brasileiro, Wilton, foi o árbitro da polêmica final pernambucana entre Salgueiro e Sport, em 2017 – porém, ele foi o árbitro de campo, com Péricles Bassols na cabine.
Eis as funções de cada um, segundo a descrição oficial no site da Fifa:
VAR – O árbitro de vídeo observa a câmera principal no monitor superior e verifica os lances no monitor com o mosaico. É o líder da equipe e o único a se comunicar com o árbitro de campo.
AVAR1 – O primeiro assistente se concentra na câmera principal e mantém o VAR informado sobre o jogo ao vivo, caso algum lance esteja sendo checado ou revisado.
AVAR2 – O segundo assistente é focado nas câmeras com os ângulos na linha de impedimento das duas barras. Ele antecipa e verifica possíveis situações de impedimento.
AVAR3 – O terceiro assistente auxilia o VAR e o AVAR2.
O quarteto será auxiliado por quatro operadores de imagem, com dois deles focados na escolha dos melhores ângulos, um para a imagem escolhida pelo VAR e outra para a imagem escolhida pelo AVAR2. E haja imagens. Todos os jogos, distribuídos em 12 arenas, terão 33 câmeras de transmissão, com os vídeos liberados para o VAR, e mais duas especiais – no alto, a distribuição dos equipamentos. Nas fases eliminatórias, com 16 jogos das oitavas à decisão, serão instaladas mais duas câmeras de ultra-slow motion atrás das barras.
A divisão das câmeras em cada jogo na 1ª fase
33 câmeras de transmissão na TV, sendo:
25 câmeras regulares,
8 câmeras super slow-motion,
4 câmeras ultra slow-motion;
2 câmeras exclusivas para o VAR, nas linhas de impedimento das duas áreas
Decisões possíveis para o VAR
1) Gol (entrou ou não, em impedimento ou não)
2) Marcação de pênalti
3) Cartão vermelho direto
4) Erro de identificação nas jogadas
Abaixo, a análise do VAR a partir de Moscou para todas as arenas envolvidas na Copa 2018.