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A jogada do primeiro gol contra nos Aflitos. Seriam dois. Fotos: Anderson Stevens/Sport Recife.

O primeiro clássico do ano no futebol pernambucano, envolvendo as duas maiores folhas, terminou empatado. Mas numa história escrita de maneira bem incomum – particularmente, não lembro de algo parecido aqui. O Sport abriu o placar com um gol Salatiel e o Náutico empatou com um gol de Chico. Salatiel, alvirrubro. Chico, rubro-negro. Com dois gols contra (o plural é esse mesmo), o empate em 1 x 1 acabou de ficando de bom tamanho para o… Sport.

Punido pela Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), órgão da CBF, por uma dívida de R$ 645 mil junto a Mark González, o leão ficou impedido de registrar 13 jogadores no BID – entre renovações e reforços. Assim, mesmo contra a vontade interna, acabou tendo que usar um time de garotos – embora o motivo tenha sido vexatório, achei melhor a escalação com a base, neste momento. Dos 23 relacionados, 18 oriundos da base. No time titular, 8.

Apesar a formação bem mais jovem (28 x 24 na média de idade), o Sport começou sendo mais presente no campo ofensivo – mas sem ser contundente, é verdade. Se no alvirrubro as peças acionadas não aproveitaram a oportunidade no 1T (afinal, Kieza e Erick começaram no banco), no visitante a bola “de lá pra cá” parecia a prioridade. Elton até funcionou na distribuição, mas não finalizou. Juninho muito mal. Ainda assim, numa primeira etapa com cara de amistoso, o rubro-negro ficou em vantagem. Num gol contra – francamente, parecia a única possibilidade. Pablo Pardal cobrou um escanteio e Salatiel desviou para as próprias redes.

No 2T, devidamente cobrado pro Dal Pozzo, o Náutico voltou mais instigado. Tinha potencial para isso e acabou ajudado pelo próprio Sport, com a expulsão de Sander – dois amarelos matando contragolpes. Àquela altura, 8 minutos, o timbu já começava a assustar.

Logo depois, mandou uma bola no travessão – falta de Jean Carlos. Aos 15, Álvaro perdeu uma chance incrível. Aos 17, enfim, o empate. Com o zagueiro Chico desviando com o braço direito após uma bola na área. Empurrado pela torcida e com Erick (arisco) em campo, o Náutico se arrumou pra virada, mas Guto conseguiu travar com as mudanças. Cleberson reforçou o miolo de zaga e Ronaldo fez tabelinha com Willian Farias, com o time passando a ter contra-ataque – ainda teve um gol (bem) anulado e reclamou um pênalti. Até o apito final, contudo, nenhum ataque alvirrubro funcionou e nenhum ataque rubro-negro funcionou.

Escalação do Náutico (1 Jean Carlos, 2 Erick; pior: Álvaro)
Jefferson; Bryan, Rafael Ribeiro (Diego Silva, intervalo), Lombardi e Willian Simões; Josa, Rhaldney (Erick, 14/2T) e Jean Carlos; Matheus Carvalho, Salatiel e Álvaro (Jorge Henrique, 32/2T). Técnico: Gilmar Dal Pozzo

Escalação do Sport (melhores: 1 Willian, 2 Elton; pior: Sander)
Mailson; Ewerthon, Adryelson, Chico e Sander; Willian Farias, Alê Santos (Pedro Maranhão, 31/2T) e Pablo Pardal; Vicente (Cleberson, 18/2T), Elton e Juninho (Ronaldo, 21/2T). Técnico: Guto Ferreira

Histórico geral de Náutico x Sport (todos os mandos)
553 jogos
212 vitórias rubro-negras (38,3%)
158 empates (28,5%)
182 vitórias alvirrubras (32,9%)
1 placar desconhecido (em 1931)

A análise do Podcast 45 Minutos (Clauber Santana, Lucas Liausu, Fred Figueiroa e João de Andrade):


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