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Fifa/Getty Images

A vitória mexicana mais cedo obrigava a Alemanha a vencer a Suécia, para que a classificação não saísse do controle na última rodada, com o empate entre os dois concorrentes resultando na eliminação da atual campeã mundial. Antes do jogo, fiz uma rápida enquete no twitter, com 75% dos 313 votos sendo favoráveis à Suécia, numa secadinha clássica. Afinal, o risco alemão era real e foi vivido até o último lance da eletrizante partida disputada em Sochi, com a qualidade técnica dos germânicos premiada com um triunfo libertador.

O time sueco não teve qualquer pudor em atuar totalmente na defesa, como vem sendo recorrente entre seleções de menor nível nesta edição. Não se trata de uma crítica, até porque entendo essa proposta como uma forma de obter competitividade. Portanto, estudou o adversário e tentou ser eficiente. Para isso, precisaria engatar contragolpes de 40/50 metros, com extrema rapidez. Conseguiu três vezes, sendo eficiente apenas na terceira. Aos 32 minutos, após um passe errado de Kroos, a jogada terminou com Toivonen batendo por cima de Neuer, golaço.

A Alemanha jogava melhor e continuaria jogando melhor – terminaria com 71% de posse e 16 x 8 em finalizações. Porém, jogou também contra o relógio, pois era preciso virar o placar, algo raro neste Mundial. A situação só começou a clarear após o intervalo, logo aos 3, com Marco Reus escorando um cruzamento. A partir daí, os tetracampeões povoaram a área sueca, inclusive com Mario Gomez, mas sem abusar da bola aérea. Cruzou, mas também tentou a troca de passes na entrada da área, num velocidade elevada e precisa, com as chances aparecendo. Teve bola raspando a trave, bola na trave, milagre de goleiro.

No fim, já com um a menos, após a expulsão de Boateng, a Alemanha colocou mais um atacante. O empate era sinônimo de eliminação precoce – o que nunca ocorreu numa fase de grupos. Tudo ou nada. Nos descontos, em mais uma falta próxima à área, cometida infantilmente por Durmaz, Kroos acertou o ângulo, 2 x 1. Que vitória, amigos… A ‘camisa’ naturalmente não joga só, mas inibe o rival e injeta confiança em quem a veste. Até o fim.

Obs. Uma vitória simples sobre a Coreia classifica a Alemanha. A chave virou…

Alemanha na Copa do Mundo
1934 – Semifinal (3V, 0E e 1D)
1938 – 1ª fase (Oitavas) (0V, 1E e 1D)
1954 – Campeã (5V, 0E e 1D)
1958 – Semifinal (2V, 2E e 2D)
1962 – Quartas (2V, 1E e 1D)
1966 – Vice (4V, 1E e 1D)
1970 – Semifinal (5V, 0E e 1D)
1974 – Campeã (6V, 0E e 1D)
1978 – 2ª fase (1V, 4E e 1D)
1982 – Vice (3V, 2E e 2D)
1986 – Vice (3V, 2E e 2D)
1990 – Campeã (5V, 2E e 2D)
1994 – Quartas (3V, 1E e 1D)
1998 – Quartas (3V, 1E e 1D)
2002 – Vice (5V, 1E e 1D)
2006 – Semifinal (5V, 1E e 1D)
2010 – Semifinal (5V, 0E e 2D)
2014 – Campeã (6V, 1E e 0D)
2018 – Em andamento (1V e 1D)

Fifa/Getty Images


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