Rodriguinho jogou 69 minutos, com ótimo toque de bola. Foto: Felipe Oliveira/Bahia.
Entre os clubes pernambucanos na noite, o Náutico tinha de fato a missão mais difícil, mesmo largando dentro do G4. Afinal, para não depender de outros resultados, sendo a maioria factível, o timbu precisava vencer o Bahia em Salvador. Como se não bastasse enfrentar o time com a maior folha da região (R$ 3,5 milhões x R$ 600 mil), o timbu ainda foi a campo bastante desfalcado, tanto na zaga quanto na criação, com Jean Carlos ainda vetado após ter testado positivo para a Covid-19. Neste cenário, a estratégia alvirrubra apontava para um jogo mais travado nos primeiros momentos, tentando encaixar um contragolpe mais à frente. Nem deu tempo.
Com apenas 3 minutos o tricolor de aço já estava em vantagem, após um golaço de Elber, num chutaço de longe, já candidato a gol mais bonito desta edição. Enquanto o Náutico jogava sem seu principal jogador, o Bahia viu a primeira grande atuação de Rodriguinho, com um futebol frio e objetivo. Foi assim aos 27 minutos, no segundo gol baiano. Após a roubada de bola, a execução da jogada de pé em pé, com Rodriguinho marcando com tranquilidade. Pelo lado timbu, uma ou outra escapada com Thiago e Kieza – Erick esteve apagado. Pouquíssimo para a desvantagem até então. No início do 2T o visitante ainda diminuiu com Kieza, de pênalti – bem questionável, em cima de Jorge Henrique, em sua primeira jogada. Ficou nisso.
Até porque pouco depois, aos 12, Fernandão, acionado na vaga de Gilberto, concluiu um contragolpe e brecou qualquer reação. Nos minutos finais, em outro contragolpe eficiente, Nino transformou o triunfo em goleada, 4 x 1. O Bahia, que já estava classificado, voltou mostrando futebol para competir à vera nesta final da Lampions, justificando o investimento feito. Pegará o Botafogo da Paraíba nas quartas com amplo favoritismo. Quanto ao timbu, a 5ª eliminação na fase de grupos em 6 campanhas nesta volta oficial do torneio, em 2013. É um desempenho muito abaixo do que o clube representa no cenário regional.
Escalação do Bahia (melhores: 1 Elber, 2 Rodriguinho, 3 Juninho Capixaba)
Anderson; João Pedro (Nino Paraíba, 15/2T), Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba; Flávio (Daniel, 15/2T), Ronaldo e Rodriguinho (Marco Antônio, 24/2T); Élber (Elton, 31/2T), Gilberto (Fernandão, intervalo) e Clayson. Técnico: Roger
Escalação do Náutico (piores: 1 Luanderson, 2 Erick, 3 Bryan)
Jefferson; Hereda, Carlão, Rafael Ribeiro e Willian Simões (Erick Daltro, 34/2T); Luanderson (Rhaldney, intervalo), Jhonnatan (Lucas Paraíba, 24/2T) e Bryan (Jorge Henrique, intervalo); Thiago, Kieza e Erick (Salatiel, 37/2T). Técnico: Gilmar Dal Pozzo
Histórico de Bahia x Náutico (todos os mandos)
70 jogos
31 triunfos tricolores (44,2%)
19 empates (27,1%)
20 vitórias alvirrubras (28,5%)
Campanhas do Náutico na volta do Nordestão (entre parênteses, a premiação acumulada)
2013 – não participou
2014 – Fase de grupos (R$ 350 mil)
2015 – Fase de grupos (R$ 365 mil)
2016 – não participou
2017 – Fase de grupos (R$ 600 mil)
2018 – Fase de grupos (R$ 750 mil)
2019 – Semifinal (R$ 2,41 milhões)
2020 – Fase de grupos (R$ 1,7 milhão)
Total de cotas do timbu (6 edições): R$ 6,175 milhões
Já o Bahia, que começou a edição com R$ 2,2 milhões, no grupo de maior cota, recebe mais R$ 300 mil pela passagem às quartas de final. Ou seja, já totaliza R$ 2,5 milhões na campanha.
A análise do Podcast 45 Minutos (Cascio Cardoso, Fred Figueiroa, João de Andrade, Lucas Liausu e Rodolpho Moreia), do minuto 74 ao 106:
Abaixo, assista aos melhores momentos da partida, num vídeo do perfil da Copa do Nordeste.