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Com a derrota, o alvirrubro perdeu uma posição no BR. Foto: Figueirense/divulgação.

Uma chuva forte em Florianópolis deixou o campo do Orlando Scarpelli repleto de poças, dificultando bastante a condução da bola, sobretudo no segundo tempo, quando o cenário se intensificou. Por isso, chama a atenção a demora dos alvirrubros em compreender a forma alternativa de jogar, demorando além da conta a mudar num jogo-chave na Série B.

Todo o trabalho técnico/tático visando o jogo acabou comprometido pelo toró devido ao gramado encharcado – para as duas equipes, frisando. Ou seja, era preciso arriscar o chute sempre que possível, mesmo de média distância, e tentar levantar a bola em vez de tocá-la no campo pesado, ou então aconteceria o óbvio, como aconteceu, com a bola parando na água.

Isso deveria refletir até mesmo na escalação – por exemplo, cabia Paiva, um jogador mais forte, desde o início na vaga de Erick, mais veloz. Neste cenário adverso para o futebol, a abertura de contagem costuma ser fatal. E aí vem a cota de azar do Náutico diante do Figueirense, num confronto direto. Após um primeiro tempo criando mais oportunidades (6 x 2), o timbu sofreu um logo na retomada da partida, com Bruno Michel concluindo um cruzamento. A falha de marcação no lance foi evidente, a partir da má recomposição.

A partir dali, o time catarinense, até então num jejum de 8 jogos, se fechou de vez, com o alvirrubro forçando as jogadas de maneira pouco produtiva. Jean Carlos foi o primeiro a entender a necessidade de levantar a bola – a ponto de discutir com Hereda, após mais uma tentativa frustrada do ala na condução. Já na reta final, com o time onipresente no campo ofensivo, o visitante pernambucano até chegou com perigo, mas o goleiro Rodolfo acabou se destacando – foram pelo menos três grandes defesas na etapa complementar.

Para completar, num dos seguidos lançamentos do goleiro Anderson nos acréscimos, para jogar a bola na área, o chute acabou sendo fraco e o atacante Jonathan pegou de primeira, a mais de 60 metros da barra, antes da linha do meio de campo. Golaço, definindo o 2 x 0. E o timbu, que neste encerramento da 26ª rodada tinha a chance de ficar a 2 pontos da saída do Z4, segue a 5 e ainda perdeu uma posição. Para o próprio Figueirense, que agora está a 4 pontos do 16º, o Paraná Clube, sendo mais um concorrente numa luta cada vez mais difícil.

Náutico em 26 rodadas na Série B de 2020
Mandante (12 jogos, 16 pts e 44.4%): 3V, 7E e 2D
Visitante (14 jogos, 8 pts e 19.0%): 2V, 2E e 10D

Escalação do Figueirense (melhores: Rodolfo e Jonathan)
Rodolfo; Everton Santos, Guilherme Thiago, Vitor Mendes e Renan Luís; Patrick, Nonato (Alemão) e Dudu (Guilherme); Diego Gonçalves (Lucas Carvalho), Bruno Michel (Jonathan) e Alecsandro (Geovane Itinga). Técnico: Jorginho

Escalação do Náutico (melhores: Jean Carlos e Kieza)
Anderson; Hereda, Ronaldo Alves, Rafael Ribeiro e Kevyn; Rhaldney (Jorge Henrique), Djavan e Jean Carlos; Erick (Dadá Belmonte), Bryan (Paiva) e Kieza. Técnico: Hélio dos Anjos

Histórico de Figueirense x Náutico (todos os mandos)
17 jogos
7 vitórias alvirrubras (41,1%)
2 empates (11,7%)
8 vitórias catarinenses (47,0%)

A análise do Podcast 45 Minutos (Clauber Santana, João de Andrade e Lucas Liausu):

Abaixo, assista ao gol antes do meio de campo, através do perfil oficial da Série B no Twitter.


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