O nome do jogo, acionado de última hora por Dado Calcanti. Foto: Lucas Figueiredo/CBF.
Num jogo parelho, como se esperava, Fortaleza e Bahia empataram sem gols no Castelão, com poucas oportunidades durante os 90 minutos. A melhor chance foi do visitante, numa bola na trave de Rossi ainda no 1T. Assim, a definição da vaga na final da Copa do Nordeste de 2021 acabou se estendendo às penalidades, onde o leão parecia bem melhor.
Afinal, o mandante contava com Felipe Alves, um pegador de pênaltis – tanto que, nos minutos finais, o time segurou a bola no campo defensivo para garantir o empate em 0 x 0. E o “homem de gelo” até fez a sua parte, espalmando a cobrança de Juninho Capixaba. No entanto, a história do dia estava reservada ao outro goleiro, ao jovem Matheus Teixeira, de 22 anos.
De última hora, o reserva virou titular, pois Douglas testou positivo para a Covid-19. Disputando apenas a sua 6ª partida oficial pelo clube, o goleiro de 1,88m tornou-se a peça decisiva sobre o classificado de um duelo truncado, disputado até o limite. Matheus defendeu as cobranças de Bruno Melo (no lado direito) e Robson (no lado esquerdo) e possibilitou ao zagueiro argentino Conti a cobrança decisiva. Certeira, 4 x 2.
Assim, o Bahia está novamente na final do Nordestão. Pela 4ª vez nos últimos cinco anos. Pela 9ª vez na história, um recorde absoluto. Porém, o clube ainda segue em busca do tetra, que vem batendo na trave. Em 2021, mais uma tentativa. Novamente diante do Ceará, algoz na edição passada. Novamente um confronto pesado, com os dois melhores times do Nordeste. Na semifinal, o tricolor baiano, dono do melhor ataque do torneio, também mostrou potencial embaixo das traves. De forma surpreendente, algo importante em campanhas copeiras…
Escalação do Fortaleza (melhor: Felipe Alves; piores: Crispim, Bruno Melo e Romainho)
Felipe Alves; Tinga, Quintero, Benevenuto e Carlinhos (Bruno Melo); Éderson, Jussa e Gustavo Blanco (Matheus Vargas); Robson, David (Lucas Crispim) e Wellington Paulista (Romarinho). Técnico: Enderson Moreira
Escalação do Bahia (melhores: Matheus, Thaciano e Rossi; pior: Juninho)
Matheus Teixeira; Nino Paraíba, Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia (Juninho Capixaba); Patrick (Jonas), Thaciano (Lucas Araújo) e Daniel (Matheus Galdezani); Rodriguinho, Rossi (Óscar Ruíz) e Gilberto. Técnico: Dado Cavalcanti
1) Presente pela 9ª vez, o Bahia chegou às seguintes finais no Nordestão: 1997 (2º), 1999 (2º), 2001 (1º), 2002 (1º), 2015 (2º), 2017 (1º), 2018 (2º), 2020 (2º) e 2021 (a definir). Em 2021, a campanha tricolor é a seguinte: 10 jogos, com 5V, 2E e 3D; 20 GP e 9 GC.
2) A contrário das quartas e da semifinal, a final será realizada em dois jogos. Considerando a soma geral, o Ceará ficou à frente (22 x 17). Por isso, o jogo de ida será em Pituaçu, em Salvador, com a volta no Castelão, em Fortaleza.
3) A classificação nos pênaltis desempatou o histórico de mata-matas entre os dois tricolores. Agora, Bahia 4 x 3 Fortaleza. O Baêa avançou três vezes vezes na Copa do Nordeste (2001, 2016 e 2021) e uma na Taça Brasil (1961).
Histórico geral de Fortaleza x Bahia (todos os mandos)
52 jogos
23 triunfos do tricolor baiano (44,2%)
16 empates (30,7%)
13 vitórias do tricolor cearense (25,0%)
A análise do Podcast 45 Minutos sobre a partida (do minuto 59 ao 105):
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