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Thiago Lopes foi um dos piores do leão, atacando e defendendo. Foto: Anderson Stevens/Sport.

O empate sem gols com o Cuiabá, na Ilha do Retiro, após duas derrotas fora de casa, deveria ser considerado um tropeço considerável na Série A – cá pra nós, foi. Porém, observando apenas o desempenho visto nesta 7ª rodada, o time pernambucano saiu no lucro com o pontinho somado. Imerso numa crise administrativa, sem presidente e sem comando, vai vendo o ambiente se deteriorando a cada dia.

Há dez dias, o jovem Mikael havia sido punido por indisciplina. Hoje foi o experiente Patric, um dos líderes do elenco. No meio disso, o técnico Umberto Louzer, um tanto perdido. Após três jogos com três zagueiros, variando do 3-4-3 para o 3-5-2, Louzer foi para o 4-4-2. Assim, o outrora titular absoluto Maidana acabou indo pro banco. No ataque, Moccelin, de aproveitamento ofensivo inexistente, também foi preterido – ao menos de saída. Na prática, contudo, não houve efeito algum.

O 1T diante do Cuiabá foi, de longe, o pior momento do Sport de Louzer – e olhe que o time foi para o intervalo perdendo de Inter, Galo e Corinthians. Equipe pregada, com absoluta incapacidade de criação e tomando pressão do início ao fim. Betinho, Thiago Lopes e Thiago Neves atrapalharam, mas outros estiveram abaixo, como Hayner e Júnior Tavares. Quem se salvou foi Mailson, que garantiu a igualdade. O caçula do BR teve 54% de posse e 8 x 4 em finalizações. E as 4 do Sport, frisando, nem assustaram o goleiro Walter. Pois simplesmente não havia aproximação da área, tamanha quantidade de passes errados. No 2T, a chuva na Ilha apertou, e o técnico acionou Zé Welison (que deu mais segurança que Betinho, mas sem saída de bola – que vinha ocorrendo mesmo) e Neilton (mais seguro que Thiago Lopes).

Do trio supracitado, só Thiago Neves continuou, numa expectativa de algum espasmo técnico. Embora tenha sofrido menos na retomada, o time continuou inoperante. Mandante, o Sport não finalizou uma vez sequer com perigo. No fim, aos 44, ainda contou com a sorte, com Danilo Gomes perdendo o gol debaixo da barra. Numa situação normal o Cuiabá sairia satisfeito com o placar no Recife. Da forma como transcorreu, me parece pouco provável…

Sport em 7 rodadas na Série A de 2021
Mandante (3 jogos, 4 pts e 44.4%): 1V, 1E e 1D
Visitante (4 jogos, 1 pt e 8.3%): 0V, 1E e 3D

O desempenho do leão nos 7 primeiros jogos na Série A (pontos corridos)
1º) 2015 – 15 pontos (4V, 3E e 0D; 3º lugar)
2º) 2018 – 11 pontos (3V, 2E e 2D; 9º lugar)*
3º) 2014 – 10 pontos (3V, 1E e 3D; 10º lugar)
4º) 2012 – 8 pontos (2V, 2E e 2D; 11º lugar)*
4º) 2008 – 8 pontos (2V, 2E e 3D; 13º lugar)
4º) 2017 – 8 pontos (2V, 2E e 3D; 14º lugar)
7º) 2020 – 7 pontos (2V, 1E e 4D; 15º lugar)
8º) 2021 – 5 pontos (1V, 2E e 4D; 15º lugar)
8º) 2007 – 5 pontos (1V, 2E e 4D; 18º lugar)
8º) 2016 – 5 pontos (1V, 2E e 4D; 18º lugar)
8º) 2009 – 5 pontos (1V, 2E e 4D; 19º lugar)*
* Caiu de divisão

Escalação do Sport (melhores: Mailson e Sabino; piores: Betinho, Lopes e Hayner)
Mailson; Hayner, Rafael Thyere, Sabino e Júnior Tavares; Marcão, Betinho (Zé Welison, intervalo), Thiago Lopes (Neilton, intervalo) e Thiago Neves (Paulinho Moccelin, 41/2T); André (Tréllez, 32/2T) e Everaldo (Mikael, 38/2T). Técnico: Umberto Louzer

Escalação do Cuiabá (melhores: Yuri e Pepê; pior: Danlo Gomes)
Walter; João Lucas, Marllon, Paulão e Uendel (Lucas Hernández, 34/2T); Yuri Lima, Rafal Gava (Uillian Correia, 26/2T) e Pepê (Camilo, 26/2T); Jonathan Cafu (Danilo Gomes, 14/2T), Elton e Clayson (Guilherme Pato, 34/2T). Técnico: Luiz Fernando Iubel

Os três confrontos oficiais na história (1V do leão e 2E)
1º) 15/07/2019 – Cuiabá 1 x 1 Sport (Arena Pantanal), Série B
2º) 14/10/2019 – Sport 2 x 0 Cuiabá (Ilha do Retiro), Série B
3º) 27/06/2021 – Sport 0 x 0 Cuiabá (Ilha do Retiro), Série A

A análise do Podcast 45 Minutos sobre a partida (a partir do tempo 1h22):


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