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Foi o último jogo de Erick, peça importante do timbu lá no Rei Pelé. Foto: Tiago Caldas/Náutico.

No Rei Pelé, valendo pela 8ª rodada, o Náutico deu início a um rodízio de jogadores para dosar as energias do time principal na Série B. Até porque o cansaço muscular chegaria de toda forma, ainda mais no ritmo da equipe, que emendou o título pernambucano à ótima arrancada no BR. Assim, Hélio preservou o zagueiro Camutanga e o atacante Kieza no jogo diante do CRB. Era um compromisso difícil e, por ser fora de casa, talvez fosse o melhor momento, sim.

Isso não significa compor um time menos competitivo. Talvez menos capacitado, mas não a ponto de ficar inferiorizado ao adversário. Marcando bem a saída do CRB e trabalhando passes rápidos, o timbu finalizou bastante na noite. No scout, 21 x 13! Considerando os chutes certos, 9 x 6 para o visitante. Efetivamente, um chute foi para as redes, com Erick aos 14 do segundo tempo. O lance era a “história” da partida, com a possível despedida do atacante de 23 anos. No lance, ele recebeu de Hereda na área, fintou o zagueiro Romão e bateu de chapa – assim, o CRB manteve a escrita de sofrer gols em todos os jogos do Brasileiro.

A vantagem do Náutico, sustentada mesmo com um volante improvisado na zaga, durou até os 45 minutos. Com a pressão natural do alvirrubro de Maceió, as chances foram aparecendo mais na reta final, até outro chute certeiro nesta terça, este de Caetano. Numa visão pré-jogo, o empate em 1 x 1, com nomes importantes poupados, seria interessante. Pelo roteiro, ficou bem amargo. E mais ainda com a entrevista de Erick logo após o apito final. Confirmou a saída, uma vez que o Náutico não chegou a um acerto com o Braga de Portugal. Nas duas passagens nos Aflitos, fez 22 gols em 109 jogos. Vinha sendo titular absoluto no bom trio de ataque.

O nível técnico alcançado pelo time de Rosa e Silva nesta largada da Série B faz com que seja natural sondagens e até saídas do tipo. Talvez não tão cedo. Portanto, agora é a parte mais complicada na gestão do futebol, com a reposição imediata de um titular nesta forma. Ao menos o cartaz do clube segue chamativo no mercado, com a liderança e a invencibilidade mantida, construída com cinco vitórias seguidas e, agora, com três empates seguidos.

Náutico em 8 rodadas na Série B de 2021
Mandante (4 jogos, 10 pts e 83.3%): 3V, 1E e 0D
Visitante (4 jogos, 8 pts e 66.6%): 2V, 2E e 0D

O desempenho do timbu nos 8 primeiros jogos na Série B (pontos corridos)
1º) 2021 – 18 pontos (5V, 3E e 0D; 1º lugar)
2º) 2010 – 17 pontos (5V, 2E e 1D; 1º lugar)
2º) 2015 – 17 pontos (5V, 2E e 1D; 2º lugar)
4º) 2016 – 16 pontos (5V, 1E e 2D; 4º lugar)
5º) 2006 – 14 pontos (4V, 2E e 2D; 3º lugar)*
6º) 2011 – 10 pontos (2V, 4E e 2D; 11º lugar)*
6º) 2020 – 10 pontos (2V, 4E e 2D; 12º lugar)
8º) 2014 – 8 pontos (2V, 2E e 4D; 16º lugar)
9º) 2017 – 2 pontos (0V, 2E e 6D; 20º lugar)**
* Subiu de divisão
** Caiu de divisão

Escalação do CRB (melhores: Caetano e Hyuri; piores: Romão e Claudinei)
Diogo Silva; Reginaldo, Gum, Caetano e Guilherme Romão; Jean Patrick (Carlos Jatobá, 35/2T), Claudinei (Wesley, 23/2T) e Diego Torres; Alisson Farias (Ewandro, 30/1T), Erik (Nicolas Careca, 35/2T) e Hyuri. Técnico: Allan Aal

Escalação do Náutico (melhores: Erick e Jean Carlos; pior: Marciel)
Alex Alves; Hereda, Yago (Marciel, 31/1T), Wagner Leonardo e Bryan; Matheus Trindade, Rhaldney (Luiz Henrique, 35/2T) e Jean Carlos; Erick, Paiva (Matheus Carvalho, 23/2T) e Vinícius (Vinícius Vargas, 35/2T). Técnico: Hélio dos Anjos

Histórico geral de CRB x Náutico (todos os mandos)
63 jogos
30 vitórias pernambucanas (47,6%)
16 empates (25,3%)
17 vitórias alagoanas (26,9%)

A análise do Podcast 45 Minutos sobre a partida (do tempo 0h04 até 1h00):

Abaixo, assista aos gols da partida, através do perfil oficial da Série B no Twitter.


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