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Sabino esteve bem no jogo, mas o time criou pouco à frente. Foto: Anderson Stevens/Sport.

O Palmeiras venceu o Sport na Ilha e chegou ao 3º triunfo seguido, se inserindo de vez na disputa pela liderança da Série A. Um papel esperado ao atual campeão da Libertadores. Não exatamente com o roteiro visto no Recife. Sobre o jogo, falo já já. Antes, a situação do leão, cujo resultado nesta 9ª rodada não foi fora da curva. A soma dos resultados, sim. Com o revés por 1 x 0, o time tem apenas 22% de aproveitamento. Sendo direto: somou 6 pontos em 27 disputados.

Em onze participações na primeira divisão na era dos pontos corridos, esta já é a pior largada do clube. Ou seja, mesmo no cenário de permanência mais difícil até hoje, o clube tinha um desempenho melhor, caso de 2016, quando chegou a este recorte da tabela com 8 pontos. Também tinha 8 pontos em 2009, quando fez a sua pior campanha, acabando na lanterna.

Portanto, o time atual, que joga pouco futebol e parece mal treinado, terá que ensaiar uma recuperação inédita para evitar a queda. Para começar, precisa melhorar o rendimento ofensivo, hoje o pior do Brasileirão, com apenas 4 gols. Isso mesmo num setor com reforços interessantes, mas que não vêm entregando resultado. Sobre o jogo contra o Palmeiras, a falta de mobilidade no 1T e falta de pontaria evitaram qualquer chance de obter algo diferente diante de um time tecnicamente melhor, que marcou forte e foi mais perigoso – no gol de Scarpa, apesar do vacilo de Marcão, a velocidade foi algo que dificilmente ocorre no Sport.

No 2T, com o recuo excessivo do verdão, o leão passou a ter mais posse e conseguiu arriscar mais, mas basicamente na bola aérea e quase sempre com uma barreira na frente – Felipe Melo, improvisado na zaga, jogou muito. Dos 13 chutes leoninos no jogo, só um foi na barra de Jailson, que defendeu a finalização de Thiago Neves. Pouco para quem precisa de tanto…

E o VAR? Sem consulta direta
O árbitro de vídeo é essencial para a condução de resultados mais justos no futebol, mas essa leitura vale mesmo para os lances objetivos. Para os subjetivos, que dependem de interpretações, ainda é algo bem aleatório. Do jogo na Ilha, dois lances poderiam ter mudado a história. Primeiro, a falta duríssima de Marcos Rocha em Everaldo, logo no comecinho. Ficou no amarelo. Depois, aos 41, a mão na bola de Veiga. Nada de pênalti. Nos dois lances, o árbitro Caio Max Augusto, do RN, sequer foi à cabine do VAR, acatando a visão Daniel Nobre, do RS – na minha opinião, equivocada.

Sport em 9 rodadas na Série A de 2021
Mandante (4 jogos, 4 pts e 33.3%): 1V, 1E e 2D
Visitante (5 jogos, 2 pts e 8.3%): 0V, 2E e 3D

O desempenho do leão nos 9 primeiros jogos na Série A (pontos corridos)
1º) 2015 – 19 pontos (5V, 4E e 0D; 1º lugar)
2º) 2018 – 15 pontos (4V, 3E e 2D; 6º lugar)*
3º) 2014 – 14 pontos (4V, 2E e 3D; 9º lugar)
4º) 2012 – 12 pontos (3V, 3E e 3D; 11º lugar)*
5º) 2008 – 11 pontos (3V, 2E e 4D; 14º lugar)
5º) 2007 – 11 pontos (3V, 2E e 4D; 15º lugar)
7º) 2020 – 10 pontos (3V, 1E e 5D; 14º lugar)
8º) 2017 – 9 pontos (2V, 3E e 4D; 17º lugar)
9º) 2009 – 8 pontos (2V, 2E e 5D; 16º lugar)*
9º) 2016 – 8 pontos (2V, 2E e 5D; 17º lugar)
11º) 2021 – 6 pontos (1V, 3E e 5D; 16º lugar)
* Caiu de divisão

Escalação do Sport (melhores: Thyere e Sabino; piores: André, Tavares e Marcão)
Maílson; Hayner, Rafael Thyere, Sabino e Júnior Tavares; Marcão, Zé Wellison (Thiago Lopes, 28/2T) e Thiago Neves; Neilton (Paulinho Moccelin, 11/2T), André (Maxwell, 35/2T) e Everaldo (Tréllez, intervalo). Técnico: Umberto Louzer

Escalação do Palmeiras (melhores: Scarpa e Felipe Melo; pior: Breno)
Jailson; Marcos Rocha, Luan, Felipe Melo e Renan; Danilo, Zé Rafael (Gabriel Menino, 32/2T) e Raphael Veiga (Rony, 21/2T); Gustavo Scarpa (Danilo Barbosa, 21/2T) e Deyverson (Victor Luís, 37/2T) e Breno Lopes (Willian, 21/2T). Técnico: Abel Ferreira

Histórico geral de Sport x Palmeiras (todos os mandos)
65 jogos
19 vitórias rubro-negras (29,2%)
12 empates (18,4%)
34 vitórias paulistas (52,3%)

Histórico de Sport x Palmeiras pela Série A (todos os mandos)
41 jogos
12 vitórias rubro-negras (29,2%)
8 empates (19,5%)
21 vitórias paulistas (51,2%)

Curiosidade
Entre os principais clubes do eixo RJ-SP-MG-RS, o Palmeiras é adversário mais recorrente na história leonina, agora com 65 partidas disputadas, entre competições oficiais e amistosos. Fechando o pódio neste recorte, Atlético-MG e São Paulo, com 57 e 55 jogos, respectivamente.

A análise do Podcast 45 Minutos sobre a partida (do tempo 1h55 até 3h04):

Abaixo, assista aos gols dos jogos de domingo, através do perfil oficial do Brasileirão no Twitter.


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