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O lance decisivo em Pituaçu, com a cabeçada de Mikael aos 43/2T. Foto: Anderson Stevens/Sport.

O Sport viajou para Salvador com o elenco remendado. Além das saídas, sem reposição à altura, jogadores lesionados no Recife. Fora as suspensões do volante Marcão e do meia Gustavo. Neste jogo, Louzer, mesmo com todas as ressalvas sobre o seu trabalho, teria uma missão indigesta. Era montar um time e precisar o mínimo possível do banco de reservas, com oito dos dez jogadores oriundos da base – as exceções foram Carlos Eduardo e Tréllez. Pois neste cenário caótico, obrigado a pontuar para terminar a rodada na zona de rebaixamento, o leão conseguiu ir além.

Venceu o clássico nordestino contra o Bahia, algo até recorrente nos últimos anos na Série A, com seis vitórias em sete partidas. A vitória seguiu o roteiro de Belo Horizonte, com defesa segura e gol no finzinho. No entanto, num desafio técnico bem maior, apesar da crise vivida pelo rival tricolor, que perdeu pela 5ª vez seguida, sendo quatro pelo BR e um pela Copa do Brasil. Neste recorte, o time de Dado não marcou um gol sequer e sofreu doze. Já o leão não foi vazado pela 3ª rodada seguida, dando confiança ao setor, o melhor do time, tanto em organização quanto em desempenho. Inclusive isso influencia no andamento dos jogos.

No 1T, os números do Bahia foram melhores, tanto na posse de bola (56% x 44%) quanto nas finalizações (10 x 6), mas não houve domínio – justamente pela força da dupla de zaga, com o também zagueiro Chico na lateral-esquerda. O visitante pernambucano se fechou bem e conseguiu explorar as jogadas ofensivas mais do que de costume. Teve bola na trave de Moccelin, defesa de Danilo em chute no cantinho de Zé Welison, André mandando nas redes pelo lado de fora, além de outras jogadas na área não finalizadas.

Quando ao Baêa, até o intervalo, duas ótimas chances com Gilberto, no primeiro minuto (cabeçada) e no último (livre na pequena área). Para o 2T a reposição poderia ser decisiva, devido ao desnivelamento das opções à disposição. Antes mesmo disso o Bahia melhorou, explorando bastante as laterais, sobretudo com Nino Paraíba. Foi quando Louzer acionou Juba, com Chico formando um 3-5-2. A pressão continuou, mas sem chances claras, com o Sport errando demais na saída de bola para armar um contragolpe.

Assim como foi contra o América Mineiro, bastava um. Demorou, mas saiu. Rodando bem a bola, o Sport acelerou no lançamento de Moccelin para Hayner, que enfim acertou um cruzamento para Mikael. O centroavante segue sendo cobrado por uma atuação mais coletiva, com e sem a bola. E a cobrança é justa. Contudo, especificamente sobre a finalização, tem potencial demais. Definiu o suado triunfo rubro-negro por 1 x 0, dentro de Pituaçu…

Sport em 14 rodadas na Série A de 2021
Mandante (6 jogos, 5 pts e 27.7%): 1V, 2E e 3D
Visitante (8 jogos, 9 pts e 35.5%): 2V, 3E e 3D

A comparação da campanha com as permanências do leão na Série A após 14 jogos
1º) 2015 – 27 pontos (7V, 6E e 1D; 4º lugar)
2º) 2014 – 21 pontos (6V, 3E e 5D; 8º lugar)
2º) 2017 – 21 pontos (6V, 3E e 5D; 8º lugar)
4º) 2020 – 20 pontos (6V, 2E e 6D; 8º lugar)
5º) 2008 – 18 pontos (5V, 3E e 6D; 12º lugar)
5º) 2007 – 18 pontos (5V, 3E e 6D; 13º lugar)
7º) 2021 – 14 pontos (3V, 5E e 6D; 15º lugar)
8º) 2016 – 12 pontos (3V, 3E e 8D; 19º lugar)

Escalação do Bahia (melhor: Rossi; piores: Gilberto, Matheus e Rodriguinho)
Danilo Fernandes; Nino Paraíba, Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia; Patrick (Maycon Douglas, 30/2T), Jonas (Galdezani, 30/1T) e Daniel; Rodriguinho (Oscar Ruiz, 40/2T), Gilberto e Rossi (Ronaldo, 40/2T). Técnico: Dado Cavalcanti

Escalação do Sport (melhores: Sabino, Thyere e Zé Welison)
Maílson; Hayner, Rafael Thyere, Sabino e Chico; Zé Welison, Ronaldo e Thiago Lopes (Luciano Juba, 13/2T); Paulinho Moccelin (Ewerthon, 43/2T), André (Mikael, 21/2T) e Everaldo (Tréllez, 21/2T). Técnico: Umberto Louzer

Histórico geral de Bahia x Sport (todos os mandos)
95 jogos
28 vitórias rubro-negras (29,4%)
29 empates (30,5%)
38 triunfos tricolores (40,0%)

Histórico de Bahia x Sport pela Série A (todos os mandos)
31 jogos
11 vitórias rubro-negras (35,4%)
8 empates (25,8%)
12 triunfos tricolores (38,7%)

A análise do Podcast 45 Minutos sobre o clássico (do tempo 0h58 até 2h57):

Abaixo, assista aos gols dos jogos de domingo, através do perfil oficial do Brasileirão no Twitter.


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