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Aos 2 minutos do segundo tempo da prorrogação, Malcom decidiu. Foto: Conmebol/divulgação.

Após doze participações batendo na trave no torneio de futebol, um presente vencedor nos Jogos Olímpicos. Medalha de ouro no Rio de Janeiro, a Seleção Brasileira repetiu a conquista em Tóquio, em outra final de 120 minutos contra um adversário europeu. No Maracanã, bateu a Alemanha nos pênaltis. Em Yokohama, o palco do pentacampeonato mundial, vitória sobre a Espanha na prorrogação num jogo apertadíssimo.

No tempo normal, o Brasil desperdiçou um pênalti com Richarlison, o artilheiro do torneio com 5 gols, mas abriu o placar com Matheus Cunha e teve a chance de ampliar numa bola no travessão. Porém, depois tomou o empate e viu o time espanhol acertar a trave duas vezes depois dos 40. E o técnico André Jardine passou 90 minutos sem mexer no time, mesmo com a pressão e o cansaço. Só mudou na prorrogação, e valeu. Acionou Malcom no lugar de Matheus. De goleador para goleador, 2 x 1.

Com o bicampeonato, o país igualou o feito dos vizinhos Uruguai e Argentina. Ao todo, esta foi a 7ª medalha do Brasil em 14 participações, com cinco finais, sendo três seguidas nas últimas edições. É a seleção masculina com mais medalhas, embora (ainda) não seja a líder do quadro, pois Hungria e Grã-Bretanha já obtiveram três ouros cada – o último deles em 1968.

Vale lembrar que dos 306 eventos nas 28 modalidades dos Jogos Olímpicos de 2020, somando todas as categorias, só o torneio de futebol masculino tem idade restritiva, a partir da antiga disputa política entre o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Fifa, que criou a barreira para valorizar a Copa do Mundo. Com isso, a disputa é limitada ao “Sub 23”, que sequer tem a garantia dos melhores na idade, pois há a necessidade de liberação dos clubes – o Brasil, por exemplo, não contou com o atacante Pedro, chamado por Jardine e vetado pelo Flamengo.

Com o fim do “trauma” sobre o título olímpico, hoje o futebol pode seguir ajudando bastante ao Time Brasil visando o desempenho olímpico geral. Por sinal, o triunfo de Daniel Alves e companhia foi o 7º ouro da campanha no Japão, que já é a melhor da história do país.

Curiosidade
Na preparação das campanhas douradas, a Seleção Olímpica venceu amistosos em PE. Pré-2016, 2 x 1 nos EUA, na Ilha do Retiro. Pré-2020, 4 x 1 na Venezuela, nos Aflitos. Já fica a dica para 2024…

O top ten no torneio olímpico de futebol (ouro, prata e bronze; e os títulos)
1º) 3-1-1 – Hungria (1952, 1964 e 1968)
2º) 3-0-0 – Grã-Bretanha (1900, 1908 e 1912)
3º) 2-3-2 – Brasil (2016 e 2020)
4º) 2-2-0 – Argentina (2004 e 2008)
5º) 2-0-3 – União Soviética (1956 e 1988)*
6º) 2-0-0 – Uruguai (1924 e 1928)
7º) 1-3-1 – Iugoslávia (1960)**
8º) 1-3-0 – Espanha (1992)
9º) 1-2-0 – Polônia (1972)
10º) 1-1-1 – Alemanha Oriental (1976)
* Títulos herdados pela Rússia após a dissolução
** Título herdado pela Sérvia após a dissolução

Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos
1952 – Quartas de final (2v, 0e, 1d)
1956 – n/d
1960 – 1ª fase (2v, 0e, 1d)
1964 – 1ª fase (1v, 1e, 1d)
1968 – 1ª fase (0v, 2e, 1d)
1972 – 1ª fase (0v, 1e, 2d)
1976 – Semifinal (2v, 1e, 2d)
1980 – n/d
1984 – Prata (4v, 1e, 1d)
1988 – Prata (4v, 1e, 1d)
1992 – n/d
1996 – Bronze (4v, 0e, 2d)
2000 – Quartas de final (2v, 0e, 2d)
2004 – n/d
2008 – Bronze (5v, 0e, 1d)
2012 – Prata (5v, 0e, 1d)
2016 – Ouro (3v, 3e, 0d)
2020 – Ouro (4v, 2e, 0d)

Olimpíada x Copa do Mundo
Em 14 participações olímpicas desde 1952, sempre com equipes restritivas, o Brasil disputou 66 jogos, com 38 vitórias, 12 empates, 16 derrotas. Considerando três pontos por vitória, um aproveitamento de 63,6%. Já no Mundial, com força máxima, exceção feita a 1930 (base carioca), foram 109 jogos em 21 participações, com 73 vitórias, 18 empates e 18 derrotas. Índice de 72,4%.


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