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A torcida alvirrubra esgotou a carga de ingressos à disposição. Foto: Tiago Caldas/Náutico.

O reencontro da torcida alvirrubra com o time foi, de fato, nos Aflitos. Embora o torcedor tenha ido há uma semana, na Arena, em sua casa a atmosfera foi completamente diferente, relembrando a pressão a favor que uma torcida pode exercer. Em São Lourenço, tendo ainda um problema na checagem das pessoas vacinadas ao longo do dia, foram apenas 649 espectadores. No Eládio foram 2.500, o limite autorizado pelo governo do estado nesta volta do público.

Com a arquibancada central reunindo a maior parte, o jogo seguiu no embalo da torcida, terminando na 2ª vitória seguida do Náutico na Série B, que vai ensaiando uma recuperação para manter vivo o sonho do acesso. Inclusive, fez um confronto direto contra o Goiás, que hoje fecha o G4. Assim, com o suado 3 x 2, o time de Hélio reduziu a diferença de 10 para 7 pontos. Ainda é bastante coisa, sobretudo faltando apenas nove rodadas. Para voltar ao grupo de acesso o time precisará subir bastante o aproveitamento, o que tende a acontecer em caso de superioridade na maioria dos jogos. Nesta noite, em termos ofensivos, foi assim.

O 1T do Náutico foi muito bom, com um volume de jogo visto em seus melhores momentos na temporada, antes das saídas de peças importantes. Embora o alviverde tenha marcado primeiro, num erro de Rafael Ribeiro, o mandante era melhor. Naquele instante, aos 7 minutos, o scout de finalizações apontava 7 x 1 para o timbu. Até o intervalo essa estatística chegou a 15 x 4! O goleiro Tadeu trabalhou bastante, mas não evitou a virada, com Caio Dantas, repetindo a dobradinha num cruzamento de Júnior Tavares, e com Matheus Jesus tentando duas vezes na cara do gol. Entretanto, vale a observação que mesmo assim o goleiro Anderson foi um dos melhores em campo, com duas defesaças, justamente pelo espaço cedido pelos alvirrubros.

Ou seja, as chegadas ao ataques ocorreram sem tanta segurança. Porém, havia uma diferença embaixo trave. Destaque em Ponta Grossa, o goleiro emprestado pelo Athletico justificou de novo – ficando a lamentação por ter demorado tanto. No 2T, mais recuado, o empate ficou a um triz, mas Camutanga salvou em cima da linha, como já havia feio diante do próprio Goiás lá em Goiânia – sem contar o jogo-chave contra o Paysandu. Aquele lance balizou o resultado, pois o mesmo zagueiro ampliou para 3 x 1. Ainda assim, o gol de Dadá Belmonte, ex-Náutico, aos 40, elevou a pressão, dentro e fora do campo.

O lance relembrou a insegurança defensiva ainda visível, apesar do esforço geral, como Vinícius terminando como lateral. De fato, a evolução dificilmente viria de forma uniforme. Um setor já melhorou, com 20 x 10 em finalizações nos 90 minutos. O outro, com a percepção de Hélio dos Anjos, precisa acompanhar este ritmo. Apoio terá.

Náutico em 29 rodadas na Série B de 2021
Mandante (15 jogos, 23 pts e 51.1%): 6V, 5E e 4D
Visitante (14 jogos, 18 pts e 42.8%): 5V, 3E e 6D

A comparação da campanha com os acessos do timbu na Série B após 29 jogos
1º) 2006 – 49 pontos (14V, 7E e 8D; 2º lugar)
2º) 2011 – 49 pontos (13V, 10E e 6D; 4º lugar)
3º) 2021 – 41 pontos (11V, 8E e 10D; 9º lugar)

Escalação do Náutico (melhores: Vinícius, Camutanga e Tavares; pior: Rafael)
Anderson; Hereda (Jeferson), Rafael Ribeiro (Yago), Camutanga e Júnior Tavares; Rhaldney (Djavan), Matheus Jesus (Matheus Trindade), Jean Carlos e Jailson; Vinícius e Caio Dantas (Álvaro). Técnico: Hélio dos Anjos

Escalação do Goiás (melhores: Alef Manga e Tadeu; pior: Ivan)
Tadeu; Ivan (Caio Vinícius), David Duarte, Reynaldo e Artur; Dieguinho, Fellipe Bastos (Bruno Mezenga), Elvis (Albano) e Luan Dias (Dadá Belmonte); Nicolas (Weliton) e Alef Manga. Técnico: Marcelo Cabo

Histórico geral de Náutico x Goiás (todos os mandos)
30 jogos
9 vitórias alvirrubras (30%)
6 empates (20%)
15 vitórias goianas (50%)

A análise do Podcast 45 Minutos sobre a partida (a partir do tempo 0h36):

Abaixo, assista aos gols da partida, através do perfil oficial da Série B no Twitter.


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