Titular, o “pombo” fez 2 gols em seu primeiro jogo numa Copa. Foto: Fifa/Twitter.
No último jogo da primeira rodada, a Seleção Brasileira fez uma partida para justificar o seu cartaz nesta Copa do Mundo. Com o controle das ações, sobretudo no segundo tempo, quando jogou muita bola, o time verde e amarelo venceu a Sérvia por 2 x 0 diante de 88 mil torcedores. As camisas amarelas marcaram forte presença na arquibancada do Lusail. No Brasil, o jogo chegou a 50 pontos de audiência na televisão nas principais metrópoles. No Recife a medição chegou a 56,8 pontos! Explicando: na prática, todo mundo assistiu ao jogo da Canarinha.
Numa ousada formação com apenas um volante, Casemiro, tendo um trio ofensivo e Neymar como quarto homem, mais recuado, o Brasil precisava ter muita intensidade para fazer valer esta opção tática de Tite, incomum neste ciclo de preparação – pra não dizer inédita. Pois aconteceu. Brigando por todas as bolas e atacando com força na maioria das vezes, a Seleção teve mais posse de bola que os sérvios durante todo o jogo e finalizou muito mais. Alisson, francamente, foi um espectador. O scout apontou 24 x 4 para os brasileiros, com 10 x 0 em chutes certos. Além das duas bolas na trave, em chutes de fora da área, a Canarinha mandou bem mesmo dentro da área, com Richarlison de “9”.
Após o sofrível desempenho de Gabriel Jesus em 2018, zerado, havia a expectativa sobre o novo centroavante em 2022. Preso no “ônibus vermelho” no 1T, o carismático atacante, campeão olímpico e artilheiro em Tóquio, se achou no 2T, em lances com a participação de Vinícius Júnior, levinho em sua estreia em Mundiais. No primeiro gol, Richarlison pegou a sobra como homem de área que é. No segundo, a qualidade técnica num voleio que já vinha sendo preparado nos treinos. Achei o gol mais bonito nesses 16 primeiros jogos no Catar.
Seguindo com a opinião pessoal, esta foi a melhor estreia da Seleção, com lembranças a partir de 1990 – no geral, o Brasil já não perde na largada há 88 anos. Das que eu vi, considerando a postura do Brasil numa relação com o desafio técnico em campo, esta foi a apresentação mais segura, mais dominante e mais vistosa. Como comparação, a vitória sobre a Rússia, em 1994, pelo mesmo placar. Ali o scout de finalizações foi de 16 x 11. No penta, em 2002, o Brasil precisou virar o jogo, com 23 x 8 em tentativas. Enfim, a caminhada para tentar o hexa segue longa, segue difícil, mas começar assim é animador. Sobre a pergunta do post, a referência vai àqueles tiveram o prazer de ver o time de Pelé em 1970…
Escalação do Brasil (melhores: Richalison, Vinícius Jr. e Casemiro; pior: Raphinha)
Alisson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Lucas Paquetá (Fred) e Neymar (Antony); Vinícius Júnior (Rodrygo), Raphinha (Martinelli) e Richarlison (Gabriel Jesus). Técnico: Tite
Assista ao golaço numa câmera atrás da barra, num vídeo divulgado pela Fifa.
Richarlison! What have you done?! 🤯#FIFAWorldCup | @richarlison97 pic.twitter.com/kCKFdlINXq
— FIFA World Cup (@FIFAWorldCup) November 24, 2022
Seleção Brasileira no Mundial (1930-2022)
22 participações
110 jogos (231 GP e 105 GC; +126 SG)
74 vitórias (67,2%)
18 empates (16,3%)
18 derrotas (16,3%)
72,7% de aproveitamento
As 22 estreias da Seleção (17V, 3E e 2D)
1ª) 1930 – Brasil 1 x 2 Iugoslávia (D)
2ª) 1934 – Brasil 1 x 3 Espanha (D)
3ª) 1938 – Brasil 6 x 5 Polônia (V)
4ª) 1950 – Brasil 4 x 0 México (V)
5ª) 1954 – Brasil 5 x 0 México (V)
6ª) 1958 – Brasil 3 x 0 Áustria (V)
7ª) 1962 – Brasil 2 x 0 México (V)
8ª) 1966 – Brasil 2 x 0 Bulgária (V)
9ª) 1970 – Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia (V)
10ª) 1974 – Brasil 0 x 0 Iugoslávia (E)
11ª) 1978 – Brasil 1 x 1 Suécia (E)
12ª) 1982 – Brasil 2 x 1 União Soviética (V)
13ª) 1986 – Brasil 1 x 0 Espanha (V)
14ª) 1990 – Brasil 2 x 1 Suécia (V)
15ª) 1994 – Brasil 2 x 0 Rússia (V)
16ª) 1998 – Brasil 2 x 1 Escócia (V)
17ª) 2002 – Brasil 2 x 1 Turquia (V)
18ª) 2006 – Brasil 1 x 0 Croácia (V)
19ª) 2010 – Brasil 2 x 1 Coreia do Norte (V)
20ª) 2014 – Brasil 3 x 1 Croácia (V)
21ª) 2018 – Brasil 1 x 1 Suíça (E)
22ª) 2022 – Brasil 2 x 0 Sérvia (V)
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