Assim como os outros recém-filiados, o Águia deve focar na base. Foto: FPF/divulgação.
Embora seja um processo burocrático caro, a filiação de novos clubes em Pernambuco vem ocorrendo com certa regularidade. Já são cinco nos últimos cinco anos, num ciclo retomado a partir do Retrô, o exemplo de clube-empresa mais bem-sucedido no estado e atual vice-campeão da Série A1. Depois vieram Caruaru City, Santa Fé, Torres e agora mais um, o “Águia Futebol Clube de Cumaru”. Sediado em Cumaru, um município agrestino de apenas 15.824 moradores, a 120 quilômetros da capital, o clube surgiu justamente neste período.
O CNPJ foi criado 30 de dezembro de 2019, sendo uma associação privada sem capital social registrado. Mas já está oficialmente filiado à FPF, que confirmou a adesão em 16 de janeiro de 2023, numa nota no site oficial. A reunião contou com a presença do presidente da federação, Evandro Carvalho, do diretor de futebol amador e de representantes do Águia, Eraldo Manoel (presidente) e Valmir Emerson (dirigente). Sim, o departamento presente foi o de futebol amador, pois o clube deve fazer como outros recém-filiados, que começaram a competir em torneios de base. Entretanto, a própria nota trata da profissionalização.
Em contato com o blog, Evandro confirmou o andamento do processo de homologação junto à CBF, fazendo do Águia o 38º clube profissional em vigor no estado. Só que o mandatário já adiantou que mais dois pedidos já foram feitos, sem revelar os nomes. Há limite sobre a quantidade de filiados em PE? Para Evandro, há. O objetivo da FPF é ter 50 clubes! Assim, implantaria, enfim, a antiga ideia de ter a Série A3. Apesar de a taxa de filiação profissional ter subido para R$ 950 mil, na prática os clubes locais vem pagando menos da metade disso, considerando os casos já divulgados. Ainda assim, um investimento de cerca de R$ 400 mil apenas para a regularização do clube é bastante coisa. E tem interessados…
Os últimos clubes profissionais filiados à FPF (e as taxas de filiação)
12/2018 – Retrô (R$ 395 mil); Camaragibe
02/2021 – Caruaru City (R$ 375 mil), Caruaru
02/2022 – Santa Fé (n/d); Recife
04/2022 – Torres (n/d); Recife
01/2023 – Águia (n/d); Cumaru
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Eraldo Manoel, do Águia:
“Viemos até a Federação com o intuito de regularizar o Águia Futebol Clube. A conversa com o presidente foi muito proveitosa, conseguimos o registro definitivo do nosso clube e vamos trabalhar para disputar as competições de futebol profissional do estado”.
Em 2022, considerando as competições profissionais oficiais da FPF, foram 33 clubes pernambucanos em atividade, recorde histórico no estado. E o número poderia ter chegado a 37, mas quatro desistiram da Série A2 antes da 1ª rodada. Em 2023, portanto, o total de filiados aptos a jogo já está em 38, após a filiação do Águia. Isso sem contar os licenciados e os filiados ainda amadores. A seguir, confira a divisão dos clubes aptos nesta temporada.
13 clubes na Série A1 do Pernambucano
Afogados (Afogados da Ingazeira), Belo Jardim (Belo Jardim), Caruaru City (Caruaru), Central (Caruaru), Íbis (Recife), Maguary (Bonito), Náutico (Recife), Petrolina (Petrolina), Porto (Caruaru), Retrô (Camaragibe), Salgueiro (Salgueiro), Santa Cruz (Recife) e Sport (Recife)
20 clubes na Série A2 do Pernambucano
1º de Maio (Petrolina), América (Recife), Atlético (Carpina), Cabense (Cabo de Santo Agostinho), Centro Limoeirense (Limoeiro), Chã Grande (Chã Grande), Decisão (Sertânia), Ferroviário (Cabo de Santo Agostinho), Flamengo (Arcoverde), Ipojuca (Ipojuca), Jaguar (Jaboatão dos Guararapes), Pesqueira (Pesqueira), Santa Fé (Recife), Serrano (Serra Talhada), Sete de Setembro (Garanhuns), Timbaúba (Timbaúba), Torres (Recife), Vera Cruz (Vitória de Santo Antão), Vitória (Vitória de Santo Antão) e Ypiranga (Santa Cruz do Capibaribe)
5 clubes sem divisão no Estadual
Águia (Cumaru), Araripina (Araripina), Barreiros (Barreiros), Olinda (Olinda) e Serra Talhada (Serra Talhada); ainda podem jogar a A2 em 2023