O narrador Sérgio Maurício é um dos principais nomes do canal. Foto: Band/divulgação.
Iniciando um novo contrato de transmissão, a Série B será exibida pela Band pelos próximos dois anos, em 2023 e 2024. Nas últimas 17 edições, todas nos pontos corridos, os direitos da competição pertenceram à Rede Globo, com seguidas renovações. No período, a emissora da Família Marinho chegou a sublicenciar os direitos na tevê aberta para três canais, RedeTV!, Band e TV Brasil – veja a cronologia abaixo. No caso da Band, eram dez anos desde o último jogo transmitido na 2ª divisão do Brasileiro. A definição desta temporada saiu após o acordo do canal sediado em SP com a empresa Brax Sports Assets, a nova dona até 2026.
A venda dos direitos das próximas quatro edições ocorreu em 9 de março, com a CBF confirmando a Brax, que já comercializava a publicidade estática do torneio. A aprovação foi unânime entre os 20 participantes da Série B de 2023. Assim, a Brax adquiriu os direitos dos sinais aberto, fechado e internacional, além do pay-per-view. A partir dali, a empresa passou a conversar com os canais para realizar o sublicenciamento, como a Globo fazia. E se em 2012/2013 a Band foi a emissora secundária, neste novo biênio será a protagonista.
Apesar da longa indefinição, aos poucos o quebra-cabeça do torneio vai sendo montado – a 1ª rodada começará em 14 de abril. Entre os principais pacotes, ainda faltam os anúncios da tevê por assinatura (SporTV, ESPN ou BandSports?) e do PPV (Premiere ou DAZN?).
As transmissões da Série B na TV aberta
2006-2011 – Globo e RedeTV!
2012-2013 – Globo e Band
2014 – Globo e RedeTV!
2015-2016 – Globo, RedeTV! e TV Brasil
2017 – Globo e RedeTV!
2018-2022 – Globo
2023-2024 – Band
* Na era dos pontos corridos, a partir de 2006
Antes da confirmação, o diretor regional da Band NE, Carlo Bastos, já havia dito no programa “Jogo Aberto”, da afiliada do Ceará, que o negócio estava 99,9% fechado. Na ocasião, adiantou que seriam 2 ou 3 jogos por semana. O site Notícia da TV cravou o acerto, informando que serão 4 jogos por rodada. Desses, 2 serão regionalizados, um cenário positivo para os clubes do NE, caso do Sport através da TV Tribuna. Considerando que não serão 4 jogos simultâneos, já é uma grade maior que a da Globo nos últimos anos. Pelo novo contrato, cada clube ganhará uma cota bruta de R$ 10 milhões, valor confirmdo pela CBF.
Portanto, apenas com as cotas fixas, fora as premiações ao G4, o contrato da Série B firmado pela Brax assegurou R$ 200 milhões por edição. Em termos nominais, somando 2023, 2024, 2025 e 2026, o montante dá R$ 800 milhões. Porém, é preciso destacar que há a previsão de correção anual. Assim, a tendência e que no último ano do acordo a cota chegue a R$ 13 mi. Ou seja, a cota fixa deste ano é a maior na história da Série B e o recorde continuará sendo quebrado nos próximos. A projeção do UOL é de um bolo de R$ 279 milhões em 2026.
Evolução das cotas fixas da Série B
2011/2012 – R$ 1,8 milhão
2013/2015 – R$ 3,0 milhões
2016/2017 – R$ 5,0 milhões
2018 – R$ 6,0 milhões
2019-2022 – R$ 8,0 milhões
2023 – R$ 10,0 milhões
2024 – R$ 11,0 milhões*
2025 – R$ 12,0 milhões*
2026 – R$ 13,2 milhões*
* Projeção
Os 20 participantes da Série B de 2023
ABC (RN), Atlético (GO), Avaí (SC), Botafogo (SP), Ceará (CE), Chapecoense (SC), CRB (AL), Criciúma (SC), Guarani (SP), Ituano (SP), Juventude (RS), Londrina (PR), Mirassol (SP), Novorizontino (SP), Ponte Preta (SP), Sampaio Corrêa (MA), Sport (PE), Tombense (MG), Vila Nova (GO) e Vitória (BA)
Sobre a disputa em 2023, veja as tabelas de Ceará, Sport e Vitória.