O Goiás usou escalações alternativas, mas mesmo assim levou o título. Foto: Wildes Barbosa/CBF.
Quando a Copa Verde foi criada, em 2014, a ideia era movimentar 12 estados, com a disputa nas regiões Norte e Centro-Oeste, além do Espírito Santo. Neste cenário, o futebol goiano era o mais forte. Na ocasião, por sinal, o Goiás era o único clube dentro do escopo do torneio a integrar a Série A. Entretanto, os clubes do estado não participaram da primeira edição do inter-regional. E foram quatro ausências nos cinco primeiros anos.
Assim, a tradição da Copa Verde foi sendo construída com outras camisas, sobretudo por clubes do Mato Grosso, com destaque para o Cuiabá, e do Pará, a principal força popular, a despeito dos resultados nacionais da dupla Re-Pa. Foram nove anos sem que o estado de Goiás erguesse a taça. Após começar a participar regularmente, em 2019, chegou perto com o Vila Nova, que perdeu duas finais nos pênaltis, justamente para os paraenses. Agora, numa decisão com o Paysandu, que já tentava o tetra, a história finalmente mudou.
Lá e lô na decisão
Novamente na condição de clube da 1ª divisão nacional, o Goiás venceu o Papão lá e lô e conquistou a Copa Verde de 2023, gravando o nome do estado (o mesmo do clube) no troféu. Durante a campanha, espaçada e paralela ao Estadual e ao Brasileirão, o alviverde passou por União Rondonópolis (3 x 0), Brasiliense (0 x 0 e 1 x 0), Cuiabá (0 x 1 e 2 x 0) e Paysandu (2 x 0 e 2 x 1). Na decisão, encaminhou o triunfo no Mangueirão e celebrou na Serrinha, a sua reformada casa. Ao todo, foram 7 jogos, com 5V, 1E e 1D.
Maior campeão goiano, com 28 títulos, o alviverde já tinha três títulos regionais em sua galeria, através da extinta Copa Centro-Oeste, em 2000, 2001 e 2002 – essa competição surgiu no embalo da Copa do Nordeste, mas teve apenas quatro edições. Se bem que este troféu agora é inter-regional. Neste ano, o campeão da Copa Verde levou uma cota de R$ 400 mil, o dobro da edição passada, além da premiação “indireta” através da classificação para a 3ª fase da Copa do Brasil de 2024. Considerando a cota do torneio nacional deste ano, o Goiás embolsaria mais R$ 2,1 milhões. Já o Paysandu, vice, ganhou R$ 200 mil.
As campanhas dos clubes goianos na Copa Verde
2014 – não participou
2015 – não participou
2016 – Semifinal (Aparecidense) e Quartas (Vila Nova)
2017 – não participou
2018 – não participou
2019 – Semifinal (Goiás) e Oitavas (Iporá)
2020 – Semifinal (Vila Nova), Quartas (Atlético) e Oitavas (Aparecidense)
2021 – Vice (Vila Nova)
2022 – Vice (Vila Nova) e Oitavas (Goiás)
2023 – Campeão (Goiás) e Quartas (Vila Nova)
Participações: 5 Vila Nova, 3 Goiás, 2 Aparecidense, 1 Atlético e 1 Iporá
Ranking de títulos da Copa Verde
3 vezes – Paysandu-PA (2016, 2018 e 2022)
2 vezes – Cuiabá-MT (2015 e 2019)
1 vez – Brasília-DF (2014), Luverdense-MT (2017), Brasiliense-DF (2020), Remo-PA (2021) e Goiás-GO (2023)
* Ao todo foram 7 campeões em 10 edições
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Abaixo, assista ao gol abriu a vitória na volta, logo aos 5/1T, praticamente definindo o duelo.
⏱️1T 5’ Vinícius cobrou o pênalti com perfeição e marcou o primeiro gol esmeraldino! VAMOSSSSSSSSSSSSSSS VERDÃO!💚👊🏻#GOIxPAY (1×0)#CopaVerde pic.twitter.com/aQJi01iM4h
— Goiás Esporte Clube (@goiasoficial) May 31, 2023