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Ary Borges no Mundial de 2023

Com 3 gols na estreia, Ary repetiu o feito de Pretinha, Sissi e Cristiane. Foto: Thais Magalhães/CBF.

Ary Borges nasceu em dezembro de 1999, em São Luís. Cinco meses antes, as brasileiras haviam conseguido a primeira grande campanha na Copa do Mundo, com o 3º lugar nos EUA. A estrela daquela seleção feminina era a meia-atacante Sissi, que fez 7 gols, sendo uma das artilheiras, e ainda deu 3 assistências. A jogadora tinha 32 anos na campanha, sendo uma das pioneiras do país em termos de competitividade e de desenvolvimento.

Passados seis ciclos mundialistas, chegando à edição de 2023, sediada na Austrália e Nova Zelândia, a também meia-atacante Ary Borges vive, aos 23 anos, a sua primeira experiência numa Copa do Mundo adulta. É preciso frisar isso pois a maranhense esteve no Mundial Sub 20 de 2018, na França, quando inclusive fez um gol. Naquela competição da categoria júnior, ela defendia o Sport, onde deu os seus primeiros passos com a camisa verde e amarela.

Goleada e liderança

Então, chegamos à grande diferença entre Sissi e Ary: o futebol de base. É algo que a geração há 24 anos não teve, com Sissi começando a jogar no interior baiano já na equipe principal. Durante muito tempo foi assim em quase todos os clubes – e aqui me refiro aos times de massa mesmo. Hoje já há um trabalho mais escalonado, implantado na Seleção e nos principais clubes, e que começa a dar resultados. E Ary talvez seja um grande símbolo disso.

Na estreia do Brasil na Copa do Mundo, a jogadora fez um hat-trick na goleada por 4 x 0 sobre o Panamá, diante de 13 mil torcedores em Adelaide. Num jogo com amplo domínio das canarinhas, Ary mostrou presença de área e escorou três cruzamentos aéreos da esquerda. Também deu a assistência para Bia Zaneratto, com a Seleção largando na liderança do Grupo F, com 3 pontos. Nesta primeira fase, o time comandado por Pia Sundhage ainda pega França (29/07) e Jamaica (02/08), ambos os jogos às 7h da manhã.

2 anos na Ilha do Retiro

Influenciada pelo pai a jogar bola, Ary se destacou nos campos logos cedo. Passou no juvenil do Centro Olímpico-SP e de lá foi levada ao Sport pelo técnico Jonas Urias. Campeã pernambucana em 2017 e 2018, Ary Borges passou depois por São Paulo e Palmeiras e hoje defende Racing Louisville, dos Estados Unidos. Nota-se uma construção sólida na carreira, com base, profissionalização, transferência nacional e experiência internacional, num cenário que começou a partir do sucesso de Sissi, antes mesmo do nascimento de Ary. A naturalização deste processo pode ser a chave para um ciclo vitorioso na Seleção Feminina.

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Abaixo, o mural que Ary Borges chegou a ter na Ilha do Retiro em 2017.


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