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Dos 24 clubes profissionais filiados à FPF, apenas 6 registraram superávit em 2017. E ainda assim sob ressalvas. A partir da publicação dos balanços oficiais no site da federação, com o prazo encerrado em 30 de abril, analisei todos os números, enumerando-os em três rankings distintos (abaixo). Entre as receitas divulgadas, chega-se a R$ 148.021.053, com o Sport representando 71%. Nas despesas, um acumulado de R$ 171.558.352 – o leão gastou 72%.

Em relação ao superávit, o maior resultado no último ano foi do Porto, com R$ 172 mil, mesmo disputando a segundona local. Porém, ao contrário do seu histórico de revelações, o gavião caruaruense não faturou um real sequer com vendas – em 2016, por exemplo, recebeu R$ 746 mil em direitos econômicos. Então, a receita do clube – que proporcionou este resultado positivo – veio a partir a alienação do patrimônio imobilizado. Algo que dificilmente se repetirá.

Em seguida vem o Ypiranga, com saldo de R$ 2 mil. Ocorre que o clube de Santa Cruz do Capibaribe nem entrou em campo, pois pediu uma licença na temporada – o faturamento foi obtido através do seu clube social. Completando o pódio, com pouco menos de R$ 1 mil, acredite, o Íbis. Durante a ‘campanha histórica’ na segundona, com três vitórias seguidas, o clube conseguiu equilibrar as contas, num feito raríssimo em seus 80 anos.

A lista positiva ainda tem o Barreiros, outro licenciado na Série A2, Vitória e Afogados, sendo esses dois os únicos presentes na elite pernambucana – cuja exigência de investimento é bem maior, ao menos se comparada à segunda divisão. Seguindo a lista, sete clubes com saldo ‘zero’. Receitas e despesas idênticas. Em todos os casos, balanços precários e poucos detalhes, com dados oficiais, embora questionáveis. Por fim, os nove clubes que terminaram no vermelho, incluindo o trio de ferro. O Náutico quase zerou o seu caixa – o que seria bem relevante, já que aqui pulamos para uma escala de milhões de reais. E se o Sport teve a maior receita e a maior despesa, também acabou tendo o maior déficit, na ordem de R$ 18 milhões!

Sobre este levantamento, é preciso ressalvar duas ausências. Embora tenha disputado a A2, o Chã Grande não teve o seu relatório fiscal publicado no site da federação. Já o Central só apresentou o balanço do último trimestre. O parecer trouxe receitas e despesas idênticas: R$ 701.565. Aqui, optei por desconsiderar a patativa, devido à clara distorção na análise. Em contato com a FPF, obtive a resposta de que a nova direção só conseguiu levantar os dados do momento em que assumiu o comando – ou seja, em outubro.

Região Metropolitana do Recife (7 clubes)
América, Cabense, Ferroviário do Cabo, Íbis, Náutico, Santa Cruz e Sport
Receita total: R$ 141.470.642 (95,5%)

Zona da Mata (5 clubes)
Atlético-PE, Barreiros, Timbaúba, Vera Cruz e Vitória
Receita total: R$ 612.599 (0,4%)

Agreste (7 clubes)
Belo Jardim, Centro Limoeirense, Decisão, Pesqueira, Porto, Sete de Setembro e Ypiranga
Receita total: R$ 2.604.919 (1,7%)

Sertão (3 clubes)
Afogados, Flamengo de Arcoverde e Salgueiro
Receita total: R$ 3.332.893 (2,2%)


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