Na Fonte, o Grêmio teve mais posse (63%) e finalizou mais (12 x 10). Fotos de Felipe Oliveira/Bahia.
Era o jogo mais importante do Bahia em muito tempo. Num processo de reconstrução administrativa, com forte engajamento da torcida, que atingiu a marca de 40 mil sócios, o tricolor soteropolitano estava a uma vitória simples, em casa, para alcançar a semifinal da Copa do Brasil pela primeira vez. Num clube do porte do Baêa, essa talvez seja a sua grande lacuna esportiva.
A bronca é que do outro lado estava um dos times mais cascudos desta competição, o tricolor gaúcho. Pentacampeão, o Grêmio ampliou o status de carrasco do Bahia e chegou a 4 classificações em 4 duelos – sendo 3 justamente nas quartas. Uma verdadeira barreira para o time de Salvador, que chegou a esta fase pela 7ª vez, somando a 7ª eliminação. Esta última numa noite em que o adversário foi melhor, técnica e taticamente, com o placar de 1 x 0 estabelecido num golaço de Alisson aos 18 minutos do 2T. Do outro lado, Gilberto e Fernandão apagados.
O revés aconteceu diante de 46.341 pagantes na Fonte Nova, com uma renda de R$ 1,3 milhão. De fato, as cifras deste jogo estavam num patamar elevadíssimo, com a cota de premiação chegando a R$ 6,7 mi. Desta vez, o “TED da CBF” vai para Porto Alegre. Ao Bahia, fica uma ótima campanha, com o time sendo o único nesta etapa a ter largado desde a 1ª fase – os outros sete estrearam na 5ª fase, devido à pré-classificação via Libertadores. Ao longo de dez jogos, com 5V, 3E e 2D, foram cinco classificações tricolores e a dura eliminação, acumulando R$ 11,7 milhões em premiações. Receita vital para manter o clube nos eixos, com o foco imediatamente voltado ao Brasileirão, com capacidade de realizar uma boa campanha.
Curiosidade – Em 31 edições da Copa do Brasil, esta foi a 36ª participação nordestina nas quartas de final. Até hoje foram 10 classificações à semifinal, com Sport (4x), Ceará (3x), Vitória (2x) e Náutico (1x). A última delas com o vozão, em 2011, numa campanha já distante.
As eliminações do Bahia nas quartas de final da Copa do Brasil
1ª) 1989 – Vs Grêmio (0 x 2 e 0 x 1)
2ª) 1990 – Vs Flamengo (1 x 1 e 0 x 1)
3ª) 1999 – Vs Juventude (2 x 2 e 2 x 2; 1 x 4 nos pênaltis)
4ª) 2002 – Vs Atlético-MG (1 x 2 e 4 x 3)
5ª) 2012 – Vs Grêmio (1 x 2 e 0 x 2)
6ª) 2018 – Vs Palmeiras (0 x 0 e 0 x 1)
7ª) 2019 – Vs Grêmio (1 x 1 e 0 x 1)
Cotas do Bahia na edição de 2019 (total: R$ 11,3 milhões)
1ª fase – R$ 1,05 milhão (vs Rio Branco-AC, 2 x 2)
2ª fase – R$ 1,25 milhão (vs Santa Cruz-RN, 1 x 0)
3ª fase – R$ 1,45 milhão (vs CRB-AL, 1 x 1 e 1 x 0)
4ª fase – R$ 1,90 milhão (vs Londrina-PR, 4 x 0 e 1 x 2)
5ª fase – R$ 2,50 milhões (vs São Paulo-SP, 1 x 0 e 1 x 0)
6ª fase – R$ 3,15 milhões (vs Grêmio-RS, 1 x 1 e 0 x 1)
Bahia na Copa do Brasil (1989-2019)
136 jogos em 28 participações
Desempenho: 56V, 44E e 36D
73 confrontos: 45 classificações e 28 eliminações