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Boca Juniors x Fluminense, a final da Libertadores

Os atacantes Cavani e Cano foram peças importantes na semi. Imagem: Conmebol/Twitter.

Com perfis completamente distintos na Taça Libertadores da América, tanto em desempenho nesta edição de 2023 quanto no histórico copeiro, Boca Juniors e Fluminense decidirão o título continental em 4 de novembro, no Rio de Janeiro. Nesta era da “final única”, é a primeira vez que um clube vai à final no estádio em que manda os seus jogos.

No Maracanã, o tricolor carioca terá a segunda chance obter a “Glória Eterna”, para enterrar os fantasmas de 2008, diante da LDU. Desta vez, avançou após a virada sensacional contra o Inter, com 4 x 3 nos 180 minutos da semifinal. Foram 3 gols e 1 assistência de Germán Cano, que aos 35 anos vai se candidatando a “Rei da América” nesta temporada. Durante os três mata-matas, contando com os duelos contra Argentinos Juniors e Olimpia, o Flu de Fernando Diniz teve 4 vitórias e 2 empates, com 12 gols marcados e apenas 5 sofridos. Mostrou organização, frieza e poder de decisão. Chega azeitado e com muita capacidade técnica.

Boca chegou nos pênaltis

Na final, o Flu irá encarar uma camisa que parece jogar só, ainda que tenha nomes que resolvem, como o goleiro Sergio Romero, pegador nato de pênaltis, e o experiente Edinson Cavani, que já virou líder da equipe em campo. Embora o Boca Juniors tenha somado mais pontos que o Fluminense na fase de grupos, com 13 x 10, nas disputas eliminatórias o tradicionalíssimo clube de Buenos Aures passou sempre no limite. Eliminou Nacional de Montevidéu, Racing e Palmeiras nos pênaltis. Foram 6 empates no mata-mata!

No Allianz Parque, na semifinal, segurou o 1 x 1 com um jogador a menos e despachou o verdão – segue 100% contra o Palmeiras, com quatro classificações, somando ainda 2000, 2001 e 2018. Ao todo, o Boca disputará a 12ª final, recorde absoluto na Libertadores. Tentará pela terceira vez chegar ao heptacampeonato. A tentativa de igualar o recorde do rival Independiente ficou por um triz em 2012 e 2018, quando foi vice-campeão.

Equilíbrio no histórico, mas Flu joga mais

Até hoje foram 6 jogos entre os finalistas da Liberta, com 2 vitórias do Flu, 2 empates e 2 vitórias do Boca. Pelo mata-mata foi uma classificação do tricolor, na semifinal de 2008, e uma do time xeneize, nas quartas de 2012. O “tira-teima” será em jogo único, com a possibilidade de prorrogação e pênaltis. Tudo sob os olhares de 70 mil pessoas no Maracanã. Apesar de o Flu jogar em “casa”, não se engane. A presença argentina deverá passar de 20 mil, respaldada pelo regulamento, que garante uma carga considerável de ingressos para os dois times. Vejo o Flu com mais chances de terminar campeão, mas contra o Boca é bronca…

Mais finais na Libertadores entre os brasileiros
1º) 6 vezes – São Paulo (3 títulos) e Palmeiras (3)
3º) 5 vezes – Grêmio (3) e Santos (3)
5º) 4 vezes – Flamengo (3) e Cruzeiro (2)
7º) 3 vezes – Internacional (2)
8º) 2 vezes – Fluminense (0*) e Athletico-PR (0)
10º) 1 vez – Vasco (1), Corinthians (1), Atlético-MG (1) e São Caetano (0)
* Título a disputar em 2023

Os maiores campeões da Libertadores (+3)
1º) 7 títulos – Independiente-ARG
2º) 6 títulos – Boca Juniors-ARG*
3º) 5 títulos – Peñarol-URU
4º) 4 títulos – Estudiantes-ARG e River Plate-ARG
6º) 3 títulos – Nacional-URU, Olimpia-PAR, São Paulo, Santos, Grêmio, Palmeiras e Flamengo
* Título a disputar em 2023

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Abaixo, veja os caminhos dos finalistas no mata-mata da Libertadores de 2023.


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