Após a vitória, o apoio dos jogadores ao Rei Pelé, hospitalizado no Brasil. Foto: Fifa/Twitter.
Pela 8ª vez consecutiva, o Brasil disputará as quartas de final da Copa do Mundo. Desde 1994 o time verde e amarelo é a única seleção a ficar entre as oito melhores em todas as edições. No Catar, a classificação foi, com sobras, a mais fácil nas oitavas. Diante da Coreia do Sul, a Canarinha fez 4 x 0 ainda no primeiro tempo.
Foi um domínio completo das ações, com gols de Vinícius Júnior, Neymar, Richarlison (o 3º no Mundial) e Lucas Paquetá, com vaga pra mais – houve até uma certa displicência pouco antes do intervalo. Atropelo a tal ponto que deixou no ar a possibilidade de superar a maior goleada da Seleção no torneio, o 7 x 1 sobre a Suécia em 1950. Mas o volume ofensivo arrefeceu em parte, com o freio de mão puxado no segundo tempo, sem surpresa até – com algum espaço cedido ao adversário. Num confronto já definido, Tite substituiu Danilo, voltando de lesão, e Militão, amarelado desde a 1ª fase.
O treinador promoveu até a entrada do goleiro Weverton, o último dos 26 convocados que ainda não havia sido acionado nesta Copa. Com tantas mudanças no Estádio 974, evitou um resultado ainda mais categórico, mas a escolha foi bastante racional considerando a sequência da edição, com as quartas daqui a quatro dias. No caso, contra a seleção croata, que mais cedo tirara o Japão nos pênaltis. A vitória do Brasil terminou em 4 x 1, quase o mesmo placar do amistoso em junho, em Seul, quando fez 5 x 1.
Concordei com essa prudência de Tite, pensando a longo prazo na Copa, como já havia concordado com os reservas diante de Camarões, independentemente do mau resultado colhido. Tanto que, hoje, até estranhei a continuidade de Casemiro até o fim. Peça-chave neste time, o volante poderia ter recebido um amarelo, pressionando a sua próxima atuação – inclusive, ele foi a grande ausência na eliminação contra a Bélgica, em 2018. Agora, já observando o duelo pelas quartas, o Brasil tentará quebrar o ritmo recente nesta fase, com apenas uma classificação nas últimas quatro tentativas. Nesta agora, o favoritismo parece considerável, sobretudo caso tenha foco nos 90 minutos…
Escalação do Brasil (melhores: Vinícius, Neymar e Paquetá)
Alisson (Weverton); Éder Militão (Daniel Alves), Marquinhos, Thiago Silva e Danilo (Bremer); Casemiro e Lucas Paquetá; Raphinha, Richarlison, Neymar (Rodrygo) e Vini Júnior (Gabriel Martinelli). Técnico: Tite
O Brasil nas quartas de final da Copa (8 seguidas)
1994 – Venceu (3 x 2 na Holanda)
1998 – Venceu (3 x 2 na Dinamarca)
2002 – Venceu (2 x 1 na Inglaterra)
2006 – Perdeu (França 1 x 0)
2010 – Perdeu (Holanda 2 x 1)
2014 – Venceu (2 x 1 na Colômbia)
2018 – Perdeu (Bélgica 2 x 1)
2022 – A disputar (vs Croácia)
Seleção Brasileira no Mundial (1930-2022)
22 participações
113 jogos (236 GP e 107 GC; +129 SG)
76 vitórias (67,2%)
18 empates (15,9%)
19 derrotas (16,8%)
72,5% de aproveitamento