Fifa/Getty Images
Nervoso em campo e tomando decisões erradas, o Brasil caminhava para mais um empate na Copa do Mundo de 2018. O placar em branco diante da Costa Rica deixaria a Seleção numa situação complicadíssima no grupo E, com o aperreio durando até os 46/2T. Já na primeira etapa a dificuldade foi enorme, com o time vestido de azul sem conseguir infiltrações. Tanto que as cinco finalizações foram de fora da área – sem perigo. A barreira montada pelos costarriquenhos, algo constante nesta edição, surtia efeito.
Após o intervalo, Tite promoveu a primeira mudança efetiva para mudar o futebol da canarinha, com a entrada de Douglas Costa no lugar de Willian, dando mais profundidade às jogadas, aumentando as chances de tabelas rápidas – algo essencial para quebrar a linha defensiva adversária. A equipe melhorou, mas seguiu com poucas chances claras – a maior delas num passe errado do zagueiro, com Neymar batendo pra fora.
Com o relógio andando, já aos 23, veio a segunda troca, essa saindo do roteiro quadrado/quadrado e triângulo/triângulo. O atacante Roberto Firmino substituiu o volante Paulinho, que não teve o efeito-surpresa nem reforçou o meio-campo. O volume de jogo aumentou ainda mais, com a Costa Rica apenas se defendendo – no número de passes, 750 x 288 (!). Na reta final, a maior chance foi o pênalti marcado, e logo desmarcado pelo VAR – não achei falta em Neymar, que valorizou além da conta.
Já nos descontos, com Nyymar e Philippe Coutinho amarelados por reclamação, num sinal de descontrole, o Brasil arrancou a vitória por 2 x 0. Com gols desses dois advertidos, diga-se. Afinal, são os dois mais talentosos. No primeiro, uma jogada bonita, com Firmino ajeitando de cabeça, Gabriel Jesus fazendo o pivô e Coutinho aparecendo de bico. Entre as pernas de Navas, o goleiro do Real Madrid. Com o jogo se estendendo aos 52 minutos, um contragolpe armado por Douglas Costa terminou com Neymar mandando para as redes, no seu primeiro gol na Rússia. O sorriso se transformou em lágrimas, num desabafo emocional. A pressão sobre o resultado realmente é grande, mas a Seleção ainda está na 1ª fase…
Escalação do Brasil (melhores: 1 Coutinho, 2 Douglas Costa, 3 Firmino)
Alisson; Fágner; Miranda, Thiago Silva e Marcelo; Casemiro, Paulinho (Firmino, 23/2T) e Phillipe Coutinho; Willian (Douglas Costa, 1/2T), Gabriel Jesus (Fernandinho, 48/2T) e Neymar
Neymar na Copa do Mundo (2014-2018)
7 jogos
5 gols
1 assistência
Mais vitórias na Copa do Mundo (até 22/06/2018)
1º) 71 – Brasil
2º) 66 – Alemanha
3º) 45 – Itália
4º) 42 – Argentina
5º) 30 – Espanha e França
7º) 27 – Holanda e Inglaterra
9º) 22 – Uruguai
10º) 19 – Rússia
Histórico geral de Brasil x Costa Rica
8 jogos
8 vitórias brasileiras
A análise do Podcast 45 Minutos (participação especial do tetracampeão Márcio Santos):
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