O time tem 1V, 5E e 9D nos últimos 15 jogos no Brasileiro. Foto: Arthur Dallegrave/Juventude.
O resultado positivo obtido pelo Vitória no sábado, pouco antes, pressionou ainda mais o Náutico para o jogo à noite. O time entrou no gramado do Estádio Alfredo Jaconi a 7 pontos do 16º colocado, o primeiro time fora da zona de rebaixamento – no caso, 28 x 21. E nem era mais o rubro-negro baiano, mas o Cruzeiro – o que, na prática, mostra que a distância “real” já estava mesmo em 8 pontos. Fechando a 24ª rodada, o clube estava obrigado a pontuar diante do Juventude. Uma derrota, ainda que fosse o resultado mais provável num duelo G4 x Z4, seria seria catastrófica para a campanha alvirrubra. Em campo, até houve luta.
No terceiro jogo sob o comando de Hélio dos Anjos, o Náutico fez a sua melhor partida. Teve mais posse de bola (57% x 43%) e finalizou muito mais, tanto no geral (15 x 5), quanto levando em consideração os arremates certeiros (6 x 3). Ainda assim, o scout foi insuficiente, com a derrota por 1 x 0, gol do atacante Capixaba no primeiro minuto do 2T, contando com o desvio de Camutanga para tirar o goleiro Anderson do lance. Mais do que o desvio, a lamentação da torcida parte das chances desperdiçadas (Ronaldo Alves na travé, milagre de Carné num voleio de Kieza) e dos erros da arbitragem. Em lances capitais.
Como não há VAR na Série B, as marcações não puderam ser revisadas no jogo – mas sim pela equipe do Premiere, com o replay mostrando que o árbitro Andre Rodrigo Rocha (TO) errou. O primeiro lance foi logo aos 3 minutos, anulando o gol alvirrubro, ao assinalar impedimento de Kieza. Embora tenha sido um lance ajustado, a posição era legal.
Depois, já na reta final da segunda etapa, com o time gaúcho em vantagem, o juiz não marcou pênalti sobre o centroavante alvirrubro, que sofreu uma carga. Pela crescente distância visando a saída da zona, talvez o pontinho nesse jogo em Caxias do Sul seja insuficiente para reverter a situação delicada. Entretanto, é um resultado que mexe com o emocional do time, minando a possibilidade de reação num cenário cada vez mais difícil. O time do Náutico já não ajuda muito, e quando consegue render a arbitragem atrapalha. Bronca.
Náutico em 24 rodadas na Série B de 2020
Mandante (11 jogos, 13 pts e 39.3%): 2V, 7E e 2D
Visitante (13 jogos, 8 pts e 20.5%): 2V, 2E e 9D
Escalação do Juventude (melhores: Capixaba e Carné)
Marcelo Carné; Wellingto Silva, Wellington, Odivan e Eltinho (Igor, 35/2T); João Paulo, Gustavo Bochecha (Gabriel Bispo, 43/2T) e Renato Cajá; Capixaba (Roberto, 35/2T), Rafael Grampola e Rafael Silva (Gabriel Terra, 29/2T). Técnico: Pintado
Escalação do Náutico (melhores: Kieza e Kevyn; piores: Camutanga e Bryan)
Anderson; Hereda, Camutanga, Ronaldo Alves e Kevyn; Rhaldney (Paiva, 40/2T), Djavan (Djavan, 40/2T), Bryan (Dadá Belmonte, 25/2T) e Jean Carlos; Erick (Jorge Henrique, 18/2T) e Kieza. Técnico: Hélio dos Anjos
Histórico de Juventude x Náutico (todos os mandos)
8 jogos
2 vitórias pernambucanas (25,0%)
4 empates (50,0%%)
2 vitória gaúcha (25,0%)
A análise do Podcast 45 Minutos (Clauber Santana, João de Andrade e Lucas Liausu):
Abaixo, assista ao gol da partida, através do perfil oficial da Série B no Twitter.
Foi esse gol do Capixaba que firmou o lugar do @ECJuventude no G4!
🎥 @canalpremiere #JUVxCNC pic.twitter.com/x1ejmT4hjK
— Brasileirão Série B (@BrasileiraoB__) November 29, 2020