Gustavo Coutinho chegou a 9 gols no ano, sendo 4 no Estadual. Foto: Paulo Paiva/Sport.
Num clássico de imposição técnica e mental, o Sport venceu o Náutico por 2 x 0, diante de 13 mil torcedores alvirrubros nos Aflitos, e abriu uma grande vantagem na disputa pelo título pernambucano de 2024. No próximo sábado, na Arena Pernambuco, o leão poderá perder por um gol de diferença e mesmo assim ficará com a taça pelo segundo ano seguido. Ao todo, seria a 44ª conquista do clube, que lidera o ranking local há exatamente 100 anos.
Visitante finalizou muito mais
Esse cenário difícil de ser revertido aconteceu num jogo no qual o timbu sequer acertou a meta de Caíque França. Numa formação retraída, sem marcar a saída de bola do visitante, o Náutico só finalizou 4 vezes no jogo de ida da final, todas sem direção. Quanto ao Sport, que teve mais de 60% de posse de bola durante toda a partida, foram 6 finalizações certas, fora as duas bolas na trave – que para fins estatísticos não contam como “certas”. Dos chutes efetivos, 5 foram no segundo tempo, quando o domínio de Soso sobre Aal escancarou.
O Sport balançou as redes em duas cabeçadas, do zagueiro Rafael Thyere e do atacante Gustavo Coutinho – veja abaixo. Isso apenas em 20 minutos. Depois, com o Náutico visivelmente abatido, e com a torcida sem paciência com o time, incluindo cenas de violência na arquibancada do Eládio de Barros que paralisaram o jogo algumas vezes, o rubro-negro seguiu tendo chances para golear. Até chegou marcar o terceiro gol, mas Zé Roberto estava adiantado por um triz, num lance de VAR. A impressão é de que o placar ficou barato.
Na volta, apenas rubro-negros na Arena
Este foi o terceiro Clássico dos Clássicos nesta temporada. Até então, uma vitória do Náutico (1 x 0 no Estadual) e um empate (2 x 2 no Nordestão), com o Sport jogando com escalações alternativas – a segunda, é verdade, sem justificativa alguma. Com as principais peças em campo, ainda que a performance no ano seja inconstante, o Sport foi bastante superior.
Assim, a 20ª decisão de título estadual com o Clássico dos Clássicos começa quase definida. Daqui a uma semana, será a vez da torcida rubro-negra, com expectativa de 45 mil em São Lourenço – antes de a bola rolar nos Aflitos o clube já havia vendido 33 mil. Num cenário de torcida única, inteiramente do rival, e de futebol abaixo da crítica, o Náutico precisará fazer a sua melhor partida em muito tempo para proporcionar uma reviravolta. A conferir.
Escalação do Náutico, 0 (melhor: Vágner; piores: Barcia, Marcos Júnior e Evandro)
Vágner; Arnaldo, Guilherme Matos, Rafael Vaz e Diego Matos; Marco Antônio, Marcos Júnior e Patrick Allan; Luiz Paulo (Kayon), Leandro Barcia (Thalissinho) e Evandro (Kauan Maranhão). Técnico: Allan Aal
Escalação do Sport, 2 (melhores: Thyere, Felipe, Ruiz e Romarinho)
Caíque França; Pedro Lima, Rafael Thyere (Alisson Cassiano), Luciano Castán e Riquelme (Rosales); Felipe, Fabricio Domínguez (Fábio Matheus) e Alan Ruiz; Lucas Lima (Barletta), Romarinho e Gustavo Coutinho (Zé Roberto)
Histórico geral do Clássico dos Clássicos
566 jogos (todos os mandos)
218 vitórias do Sport (38,5%)
163 empates (28,7%)
184 vitórias do Náutico (32,5%)
1 placar desconhecido (em 1931)
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Abaixo, assista ao primeiro gol rubro-negro no sábado, na cabeçada de Thyere, aos 9/2T.
GOL DO CAPITÃO! RAFAEL THYERE ABRE O PLACAR NA FINAL! ! pic.twitter.com/Kx4QZDSeIP
— Sport Club do Recife (@sportrecife) March 30, 2024
Agora, veja o segundo gol rubro-negro, novamente de cabeça. Desta vez com Coutinho, aos 20/2T.
GOL DO NOVE NA FINAL! PRA AMPLIAR O PLACAR NOS AFLITOS! pic.twitter.com/e3JnTnY324
— Sport Club do Recife (@sportrecife) March 30, 2024